Vender um imóvel, no sentido de fazer o cliente gostar e comprar a ideia de possui-lo é sem dúvida alguma a parte mais fácil do nosso negócio. A parte difícil consiste em fazê-lo entender que existem regras para a aquisição, existem caminhos burocráticos a serem percorridos e acredite a maioria das vendas se perdem nesses caminhos.
Nem falo da parte de documentação necessária para o financiamento, mas sim de certas exigências que variam em cada umas das construtoras e fazem o ato da compra tornar-se um calvário muitas vezes insuportável.
Exemplificando todo este blá, blá, blá esta minha última venda, uma unidade do Premium Tamboré.
Minha cliente possui uma empresa para comprar e vender imóveis e para ela isso é fantástico, mas nem tanto para a construtora pois o capital social da empresa para fugir dos altos impostos cobrados em nosso País é muito baixo.
Como explicar para minha cliente que apesar de eu saber que ela é rica a construtora tem dúvidas quanto a isso? Ou pior ainda, como explicar que a fobia que ela tem por impostos que entre outras coisas a faz não emitir muitos cheques ao ano preferindo trabalhar com dinheiro vivo pode ser entendida como lavagem de dinheiro?
Como explicar para a construtora que nada é como aparenta ser e sim, minha cliente tem capacitação financeira para a compra?
E eu coloquei aqui apenas dois aspectos dos muitos que surgiram para dificultar a compra a questão comercial nem foi evocada pois a compra foi mediante tabela.
As questões foram sanadas é claro, afinal meu trabalho consiste primariamente em sanar questões que travam as vendas que tenho que fazer, mas garanto uma coisa: Não é fácil. Não mesmo. Se fosse apenas vender o conceito de cada edifício, eu estava milionário. E como todos que me conhecem sabe, não estou.
Caminho das Índias acabou. Seu final conseguiu ser ainda mais patético do que todo o seu desenrolar. Todos foram redimidos, a loucura foi ridicularizada mais uma vez, e Maria Betânia se prestou a um papel ridículo!
É isso
Ouvindo: Felipe Valente.
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