domingo, 4 de dezembro de 2011

O menino de olhos tristes

Eu que gosto de falar, de ouvir, de barulho enfim, me emocionei com uma apresentação de um um grupo de Libras hoje. Libras, a linguagem dos surdos mudos, que eu não sei e nem tenho vontade de aprender a bem da verdade.

É engraçado também porque estuo numa fase de me emocionar com noticia do Jornal Nacional, mas o motivo da minha emoção sendo especifico foi um menino inseguro, de no máximo 12 anos, e de olhos muito tristes.

Ele poderia ser filho do Apu personagem dos Simpsons, parecia realmente um Indiano e na apresentação entrou com seu grupo de olhos baixos, com medo da audiência no ginasio de esportes cheio.

Quando a música começou ele olhava para o lado, tentando copiar os movimentos de seus companheiros como se aquilo fosse muito dificil de ser executado. Quando errou um movimento seus olhos encheram de água e tive vontade de correr até ele e dizer que estava tudo bem, que errar era humano, normal, mas ele se encheu de uma tal dignidade após seu erro que sem olhar para mais ninguém terminou seus movimentos com perfeição, mostrando para ele mesmo e para todos que sim, ele merecia estar naquele grupo.

Me senti orgulhoso de um garoto que unca vi mais magro na minha vida e derepente me vi nele. Há muitos anos trás, eu deveria ter uns 14 anos, fizemos uma peça em um teatro grande também e também lotado em que encenavamos alguma coisa sobre os Fenincios, não me lembro exatamente o que.

Colocamos o que seria uma embarcação Fenincia simulamos um mar para que ela pudesse navegar e eu que sempre gostei de organizar, nunca ser linha de frente, fui colocado como um dos "remadores" da embarcação.

Pois, devo confessar que minha cordenação motora é e sempre foi prejudicada e enquanto tods remavam para a direita, eu remava para o lado oposto. A grande pergunta é: E dai? A peça foi um sucesso, todos gostaram, mas lá átras, longe dos olhares do público, fui ridicularizado por todos por ter remado para o lado oposto. Eram meus amigos ali... Pra que isso? Sempre fui explosivo e minha reação aquele dia inexplicavelmente foi sair acuado, com medo de todos e com uma vergonha destruidora sobre mim mesmo. Chorei e chorei e chorei.

Hoje, vendo aquele meninho errar seu movimento, tive medo de que ele chorasse ali também e se isso acontecesse eu com ele choraria, mas ele me vingou e vingou também a tantos outros meninhos que erram por serem apenas isso, meninos, sem experiência, sem traquejo do que lhe é pedido.

Sua dignidade recuperada me fez feliz, me fez ver que sempre é possível corrigir uma rota, (embora isso meu GPS me ensine diariamente quase)me fez ver que erros podem nos preparar para acertos e me fez brotar um sorriso de pura emoção.

Ia cumprimenta-lo mas fiquei com vergonha e também a Débora tinha que cantar em seguida, mas esse menino de olhos tristes fez com que os meus voltassem a sorrir e porisso meu muito obrigado ao "filho do "Apu".

É isso.

Ouvindo:Laura Morena

Um comentário:

Anônimo disse...

algumas vezes vc é inteligente até, mas fútil, vc faz questão de mencionar nos seus "textos" seu materialismo, por exemplo onde janta, que deve ser uma vez por ano, seu gps, só pra dizer o que tem, que tal deixar de futlidades, ficaria mais interessante.