segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Saudades de ser Adventista do Sétimo Dia


Não, não vou escrever em tom de critica. Não sou capaz, tanto no sentido de coragem para criticar uma instituição que amo como no sentido de eu ser um mega blaster pecador que não tem moral para apontar o dedo para ninguém, muito menos para a igreja que frequento desde minha infância.

Mas sinto saudades de ser Adventista Sinto falta dos cultos nos Sábados pela manhã, dos cultos jovens nas tardes de Sábado, no futebolzinho que jogava com a galera no Domingo pela manhã, dos cultos nos Domingos a noite, acampamentos, semanas de oração, enfim, saudades de um tempo em que eu ia a igreja e me sentia pleno e feliz dentro dela.

Talvez tenha sido meu excesso de pecados.E quando falo que sao muitos aqui, não é para fazer graça, é porque realmente são toneladas deles, um em cima do outro o tempo todo todo o tempo. E isso foi me afastanod de Deus embora de tempos e tempos eu sinta uma necessidade imensa de estar com Ele. Algo que mexe com minha alma, coraçao e mente. Mas sinto que hoje, a igreja que tanto amei e amo se tornou em uma instituição que eu não reconheço mais. Não como aquela que me acolhia não importando a quantidade de pecados, que me acolhia por ser a casa de Deus, me acolhia por ser esta a função de uma igreja, me acolhia apenas por ter suas portas abertas.

É claro que com o passar do tempo eu também mudei. A pessoa que fui na minha mocidade e mesmo na minha vida adulta mudou e mudou muito. Inclusive mudou mais nesses últimos 4 anos do que nos outros 36 que eu vivi. Acho que é natural, afinal a idade vai chegando e a gente vai amadurecendo mais rápido, vai assimilando lições de vida com mais rapidez que antes. A gente vai , em suma,se descobrindo e é uma pena que isso aconteça quando passamos da metade de nossa vida útil.

Fato é que hoje percebo minha amada igreja de forma diferente. Ao contrário do conselho biblico que diz para nos reconhecermos "pobres, cegos e nus", percebo uma igreja que cada vez mais se sente no dieito de julgar ao seus semelhantes, que cria regras e mis regras, esquece o amor, abraça a punição, não aceita o diferente e quer se fechar em um clube de iguais, restrito e para poucos. Sinto que quando muitos conseguem ser iguais, os cabeças sobem a barra para poder expulsar alguns que não conseguem acompanhar a mudança de status.

Mas pode ser também que eu tenha me degenerado tanto que não esteja vendo a igreja pela ótica que deveria, mas é evidente para mim, quando vou a outras denominações, que sou aceito sem julgamentos, criticas, apenas com amor e com uma vontade de que eu lá permaneça por parte dos que me acolhem. O ar "blasé" de minha igreja é algo que me entristece demais. Algo como " Se quiser vir, vem, se não paciência, tanto faz" me faz pensar se é assim que a igreja que aguarda a volta de Cristo deveria se portar.

Sinto saudades de ser Adventista, porque certamente hoje não posso me denominar como um. Me sinto meio perdido no mundo, sem eira nem beira, porque é ali, em uma igreja Adventista que a sensação de pertencimento me é mais clara. Me sinto filho tanto de Deus como da igreja que amo e quando vejo a igreja tomando certas atitudes, sua liderança se equivocando de forma tão acintosa me sinto com com vontade de chorar.

Amo minha igreja embora a ela não mais pertença como membro regular.  Hoje aos Sábados eu trabalho ao invés de prestar culto ao SENHOR. M esinto péssimo. Só eu sei o quanto isso é uma violência ao que creio e ao que considero correto. Mas sinto que minha igreja não me ama mais, não precisa de mim, não precisa que eu esteja lá para existir e eu ainda acho que se cada pessoa, cada individuo não estiver lá, de nada vale os nossos esforços para sermos a igreja para quem Deus sorri na terra.

Me sinto triste, que Deus tenha misericórdia de mim!

É isso. Ouvindo: Priscila Barcellos

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