segunda-feira, 10 de novembro de 2014

"Eu que te amo tanto" mas poderia chamar: "Eu que te aborreço tanto"


Mariana Ximenes é evidente, nunca foi uma atriz no sentido estrito da palavra, isso é um, fato. Rostinho bonito, corpo sedutor, Mariana no máximo tinha lampejos de alguém que poderia ter sido, quase uma Lindsey Lohan só que mais bonita e um tantinho só mais talentosa, o que no frigir dos ovos, não é lá grande coisa.

Claro que há de se admirar sua coragem em  atuar sob a direção de uma não diretora, Amora Mautner, que de direção mesmo deve entender apenas quando se trata de um automóvel, caso seja habilitada para tanto. Suas obras, sejam novelas, sejam qualquer outra coisa, carecem de personalidade, de um toque pessoal que qualquer diretor por pior que seja deve ter e ela, não tem.  No entanto, não sei se devo categorizar o ato de Mariana como corajoso ou subserviente, afinal é a Globo chamando e que não ator, jogaria fora a oportunidade de aparecer no Fantástico, por mais decadente e sem conteúdo que o programa global esteja.

"Eu que te amo tanto" é baseado nos depoimentos que a sempre ótima Marilia Gabriela recolheu e transformou em livro e que desafortunadamente a maquina da globo resolveu destruir ao entregar para a adaptação rasa e sem tempo hábil enxertada no Fantástico algo que mereceria uma mini série ao estilo "Carandiru, outras histórias", não poucos minutos de suplício como foi apresentado ontem.

Posto que o texto é ótimo a adaptação é horrível e a direção uma vergonha, sobraria a Mariana Ximenes e a Marcio Garcia, (deste ser, nunca tive qualquer esperança de ver algo que preste), tentarem salvar o quadro, mas foi ai que Mariana se desconstruiu.

Porque o que era apenas uma atriz sem sal virou uma não atriz, incapaz  de qualquer lampejo  que seja de uma atuação digna. Usar o recurso da maquiagem mínima como forma de tentar dar uma dimensão mais humana e real a personagem falhou fragorosamente ante a total incompetência tanto como narradora ( a narração é um capítulo a parte em sua incompetência, de gritar de ruim), e principalmente como atriz. Uma atuação tão fora de esquadro que era difícil para mim ontem sequer continuar assistindo até o fim após dois minutos apenas de sua miserável presença em cena. Talvez a pior atuação que já vi em minha vida e se levarmos em conta que sou Brasileiro e os atores aqui tirante poucos que podem se equiparar aos melhores do mundo são todos um lixo, é certo que Mariana teve que se esforçar para conseguir ser a pior.

"Eu que te amo tanto" prometia ser algo novo, um sopro de revitalização na combalida grade de atrações do Fantástico. Conseguiu ser apenas um arremedo muito mal ajambrado de algo que talvez pudesse ter sido bom mas foi pateticamente mal concebido e executado. Uma pena.

É isso.

Ouvindo: Arcade Fire


Nenhum comentário: