segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Francisco, o Papa que podia ficar em silêncio porque as vezes é tapado



Bento16 era conhecido por ser o Papa mais preparado intelectualmente que já existiu. Era claro em suas falas que muitas vezes duras, eram sempre muito bem direcionadas ao público que desejava atingir. Bento era direto e reto. Francisco, o Papa da vez, egresso da Companhia de Jesus, ou seja, um Jesuíta, é desde sempre, um ambíguo.

Francisco disse em viagem ao Sri Lanka que se a pessoa que cuida de sua agenda falar mal de sua mãe, pode esperar um murro na cara. Imbecil demais não? Antes ele havia dito que não se pode matar em nome de qualquer religião e que devemos ter liberdade para adorar o Deus que se quiser da forma que for conveniente.

Mentira. Ele e a igreja ao qual pertencem não pensam assim. Não querem Estado Laico, o Vaticano quer sempre se meter em assuntos que são soberanos a outros países e quer sim, fundir religião com Estado. Até ai, tudo bem. Isso não é exclusividade dele, isso é regra do ocupante do "Trono de Pedro" (Trono de Pedro????? kkkkkkkkkkkkkkkkkk desculpe, mas me racho quando ouço essa expressão sem sentido e absurda) da vez, e como uma religião global com mais de 1bilhão de seguidores, bem mais que isso, acaba sendo até natural que se tente influenciar o destino da humanidade como um todo. Tentar é uma coisa, conseguir é outra.

Acontece que Ratzinger, (Bento16) era antes de mais nada um erudito que se posicionava sem medo de ferir suscetibilidades. Bergoglio (Francisco), quer ficar "de bem" com todo mundo e ninguém fica de bem com todo mundo quando é líder de uma instituição relevante como a Igreja Apostólica Romana.

Então, não dá para  condenar os ataques em uma ponta e sutilmente dizer que se alguém falar de sua mãe, tomará um murro. Isso equivale a dizer que os extremistas podiam sim, dar um murro, no caso deles que são extremistas isso equivale a matar, as pessoas que zombaram de sua fé. A Vitória, mina enteada de 9 anos muito inteligente, mas com 9 anos entenderia isso sem que eu precisasse traduzir. Por pura associação. Bergoglio disse de forma acintosamente clara, embora tenha se pretendido sutil, que violência verbal ou escrita e não vamos nos fazer de bobos os caras da Charlie Hebdo são violentos, virulentos e de vez em quando engraçados, pode sim ser respondida com violência física que pode variar de um murro na boca a perder a própria vida.

Qualquer pessoa de bom senso deveria ficar estarrecida com tal declaração, mas vinda de um velhinho que alega ser o canal entre Deus e os seres humanos (mesmo sendo Argentino) e tem um gestual todo bacaninha, condizente com o que fala, fica difícil, confesso se irritar. Acontece que isto tão pouco é uma blague e pode ser entendida assim. é algo sério, trata-se de um líder mundial se não apoiando, ao menos relativizando e muito a barbárie ocorrida em Paris dias atrás. Francisico, foi, com sua fala, um puco trouxa. Pra dizer o mínimo.

Claro que é muito bom saber que posso chamar o líder máximo dos Católicos de tapado,. trouxa, entre outras palavras pouco edificantes sem esperar retaliação por parte dos seus seguidores, mas vamos combinar que nem sempre foi assim. Basta estudar um pouquinho que seja a história da humanidade para saber que "faltar com o respeito devido" ao Sumo Pontífice poderia dar em cadeia e talvez, em morte.

Sim, o Papado já perseguiu e matou em nome de Deus e talvez tenha dado uns murros na boca de algumas pessoas também, talvez por este motivo, por ter tamanho telhado de vidro, tenha tanta dificuldade de condenar de forma firme e definitiva os atentados. Até porque nunca se sabe o que esperar de um Jesuíta ocupando o trono de Pe...kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk o trono lá.

Bergoglio perdeu a chance de ficar calado. Perdeu a chance de mostrar sua fragilidade intelectual ante  seu antecessor e perdeu sobretudo a chance de mostrar que sua igreja condena mal feitos como o terrorismo. Da forma que falou, pareceu dizer que dependendo do que acontece, pode-se sim, matar em nome de Deus ou de Maomé, ou de Buda, ou de quem quer que seja. Uma pena.

É isso.

Ouvindo: B.J Thomas

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