Chaves sempre foi de longe um dos piores programas da TV brasileira e mundial. Umas multidão de descerebrados sempre deu risada a toa das piadas toscas e nada ingênuas escritas por "Chespirito" (chamar um escritor menor como Roberto Bolanos de Pequeno Shakespeare é no mínimo imbecilidade, mas enfim...) e mesmo após o fim do programa ainda enlouquece cada vez que um dos integrantes da trupe vem recolher uns caraminguás fáceis aqui por estas plagas.
Chega a beirar a patetice o status de estrelas internacionais que se dá no Brasil a pessoas de tão precários talentos como esta turma, mas cada um é livre para gostar do que quiser e verdade seja dita no Brasil, Chaves é unanimidade. Como toda unanimidade é burra por definição, me conforta estar no front contrário.
Chaves sempre contava a mesmíssima piada em todos os seus episódios e pior , tentava comover o público com a história do menino triste e famélico que era sistematicamente ridicularizado pelo menino mimado da mamãe e nutria uma cumplicidade meio doentia com a amiguinha chamada Chiquinha, ou Chilindrina, ou a porra de nome que for, tanto faz.
Fato é que Chaves sempre foi programa para pessoas incapazes de ler um bom livro ou compreender a vida além do raso. Claro que pessoas com estofo cerebral suficiente para raciocinar de forma mais aguda também vez ou outra assistiam ou assistem ao programa, mas a real é que Chaves não vale uma Pataca furada e suas reprises intermináveis mostram apenas que independente do grau de tecnologia e informação que uma sociedade alcance com o passar dos anos, tudo o que é detestável tem ainda sim, mercado garantido.
Depois da morte de Chespirito (hahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahaha!!!!!) um personagem veio a tona de forma muito constante nos noticiários que dedicam seu tempo a cobrir o mundo das celebridades. Trata-se de Florinda Meza, a Dona Florinda, personagem dos mais emblemáticos do fenômeno Chaves por ser talvez o pior de todos. Florinda era esposa de Chesperito (hahahahahahahahahahaha!!!) e tida por muitos com a mão que coordenava as cordas as quais Chesperito (hahahahahahahahaha!!!!) estava atado.
Meza vem ao programa do Ratinho e não podia se esperar que ela viesse a outro. O SBT foi o difusor de Chaves no Brasil, e foi graças ao canal de Silvio Santos que o programa se tornou o mito que é em nossas terras. E dentro deste contexto não há pior programa na grade do SBT do que o programa do roedor e é nele, que como entrevistador beira a debilidade mental, o que não é de todo ruim pois o coloca no mesmo patamar de seus expectadores que Florinda promete contar todos os "segredos" do programa.
Me sinto realmente enojado com pessoas que dedicaram suas vidas a fazer crianças sorrirem, (ainda que crianças com algum grau de retardamento mental) cheguem próximas ao fim de suas vidas atirando uma contra as outras. O programa trouxe fama e em alguma medida fortuna para seus participantes de forma direta ou indireta e eles insistem em falar mal um dos outros, em dizer como todos são ou foram em algum momentos mal caráter, como apenas a pessoa que fala é que era realmente legal e como em suma, ninguém prestava no final das contas.
Florinda Meza é a cereja do bolo no universo de Chaves no Brasil. A mulher do mito, de Chespirito (hahahahahahahahahahahaha!!!) a detentora de todas as verdades a que pode contrapor de forma definitiva as palavras de Maria Antonieta de Las Neves, Carlos Villagrán e Edgard Vivar e contornar qualquer dano que essas pessoas possam ter causado a imagem de Chespirito (hahahahahahahahahahaha!!!) no Brasil.
Dona Florinda protagonizará um espetáculo infeliz de louvação a seu marido morto, não enfrentará perguntas que possam de fato esclarecer qual dos lados fala a verdade, será honrada e em boa medida glorificada pelo bando de doentes travestidos de fãs que estarão na claque feita sobre medida para que ela se sinta confortável e adorada e quem se dispuser a assistir o programa verá um festival deprimente de palavras de adoração a um programa que nunca valeu nada.
Chaves é uma grande piada de mal gosto de nunca para de ser contada. Azar o nosso. Ou melhor, o meu, que nunca a entendi.
É isso
Ouvindo: Jay Vaquer
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