domingo, 1 de março de 2015

25 copos de Vodca


Ter a vida ceifada quando ela mal começou por 25 copos de Vodca me parece algo tão estúpido que jamais poderia acontecer. Se alguém me contasse, eu não acreditaria a menos que houvessem provas contundentes. Mas as provas existem. Isso de fato aconteceu, foi em Bauru, interior de São Paulo Outros três estudantes estão em coma, na UTI, e podem, caso sobrevivam, ter graves sequelas de sua atitude irresponsável. Mas o rapaz que morreu e agora tem uma família que o pranteia, nem sequelas terá, posto que ao pó esta voltando de forma de finitiva.

Não, não sou moralista. Não advogo que festas universitárias  tenham que ser como encontros monásticos. Seria imbecil de minha parte pensar algo assim. Mas advogo que responsabilidade para se tomar certas atitudes é o mínimo que se espera de pessoas que frequentam uma universidade e por definição, não deveriam ser tão estúpidas.

Esses malditos 25 copos de Vodca, que provariam sabe-se lá o que, para sabe-se lá quem,  conseguiram provar que o álcool como droga socialmente aceita seja talvez muito mais nocivo que as drogas proibidas, pois beber e beber muito, é um comportamento não só tolerado como incentivado, ainda mais entre a comunidade jovem, que em busca da afirmação natural da idade, encontra na bebida uma "muleta" que ajuda na aceitação pelo grupo e faz com que pessoas tímidas se tornem as mais descaradas do mundo quanto mais o teor etílico aumenta em seu corpo.

Uma vida interrompida de forma tão abrupta e principalmente estúpida como essa jamais deveria deixar de levantar um clamor social no sentido de que se esclareça as circunstâncias exatas em que esta "festa" se deu, se existia apoio da Reitoria que as vezes quer ficar "de bem' com os alunos, se existia autorização legal para que a festa acontecesse, enfim, é preciso que se investigue e se chegue aos responsáveis por tamanha tragédia, afinal uma vida interrompida antes der começar é triste por demais.

A palavra "LIMITE" é hoje colocada em segundo plano, pois falar em limites é falar em tolher a juventude e colocar freios onde não se deve. A juventude anseia por descobrir os seus próprios limites, seja no sexo, na quantidade de bebidas ou drogas que cada jovem consegue consumir, mas se esquece que isso pode colocar um limite na própria vida. Ou se não esquece, não se importa, quer o desafio, quer a adrenalina. Pais, mães, demais parentes ou qualquer pessoa que ame um jovem  com este perfil são nada perto da sensação de  enfiar o pé na jaca o mais fundo que esta jaca permitir.

Um jovem morreu. Meus pêsames a família enlutada e sobretudo minha mais profunda tristeza precisa ser expressa aqui, pois ver os caminhos que alguns jovens tomam sem nem pensar por um segundo sequer entristece demais o meu coração, uma vez que a vida é tão bonita para quem aceita vive-la dentro de um panorama de equilíbrio e lucidez. Uma pena, mas a vida segue. Próximo assunto.

É isso.

Ouvindo: Michael English

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