segunda-feira, 6 de abril de 2015

Poema Meu

Só posso estar maluco, sou um trouxa completo, um abestado sem limites. mas vou publicar um poema meu que se chama exatamente "Poema Meu"

                                                           Poema Meu

E então, houve uma noite, e as vezes me parece que ela existe até hoje.

A Lua, esta traidora minha, não estava esplendorosa. Estava além de pálida, em seu 1/4 preguiçoso, tomando coragem para crescer novamente.
E eu, ali, olhando para ela, esperava por você. Que não veio. Que não me avisou, que não se deu conta, que fez meu coração sangrar e o sangue borrou a Lua, que se zangou.
E choveu. mas nesta noite que não acaba, a mim é incerto se chove de fato ou se são minhas lágrimas torrenciais, que desabam tristes ante sua ausência. O choro, a chuva, o sangue, a falta de estrelas a lua preguiçosa e pálida.  Que quadro patético e tão adequado.

Eu te esperei e me preparei para a espera. Eu me vesti de homem, deixei o menino em casa. Eu comprei flores, coloquei um bom perfume, lustrei os meus sapatos para que eles refletissem a luz da Lua aquela traidora que foi a primeira a não aparecer como deveria. Eu te esperei e te espero e não arredo o pé do ponto de encontro, pois é claro, algum problema tiveste que impede tua chegada mesmo depois de tanto tempo. E se não vens e não te encontro, não posso te levar pra dançar como era o plano inicial. E se não dançamos até cairmos cansados, não senti o teu perfume, não ouvi tuas gostosas risadas, não te tive minha ainda que pelo tempo que duram algumas canções que uma orquestra qualquer embala, do que valeu viver até esta noite? Percebes porque não posso ir embora? Porque esperançoso te espero?  Essa noite que dura até hoje e já não sei quanto tempo dura é tudo o que tenho.

Me pergunto onde esta o Sol. A noite não acaba. E então, houve uma noite. E na verdade, ainda há.

É isso.

Ouvindo: Marcelo Jeneci

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