quinta-feira, 14 de maio de 2015

Amores edulcorados


Antes de mais nada a MPB caminha para a falência. É um tal de endeusar gente sem talento como Maria Gadu a lesbiana de de boutique que é apenas a ponta de lança de uma safra de cantoras ruins de dar dó mas que lotam casas de espetáculos e são onipresentes na programação das emissoras especializadas em MPB.

Além da esquadra  feminina (pero no mucho) tem também algo muito, mas muito pior. Uma banda, (eu disse banda?) chamada Vanguart que tem um trouxa como vocalista que canta gemendo, parece que estão enfiando alguma coisa muito grande por um orifício muito pequeno e isso lhe causa uma dor excruciante ao cantar.

E em uma de suas canções o vocalista afirma que enquanto "houver saúde, enquanto ele estiver de pé", vai continuar amando a pessoa a quem a música se destina. Como assim? Abandonemos esses trouxas que destroem a MPB e entremos no assunto do post propriamente dito.

O amor, hoje em dia esta exatamente associado ao que diz esta canção. é um conceito edulcorado. Amores em estado bruto, sujos, são raros. Sempre se quer edulcorar o amor, liga-lo apenas ao que é nobre, o que é estéticamente belo, o que é clean, por assim dizer. Bobagem. O amor, pode ser  e é tudo isso, mas também é e sobretudo se destina,um lenitivo a ser usado em momentos de tristeza, um curativo para feridas expostas, um sedativo para dores extremas. O amor não é açucar embora possa ser doce algumas vezes, o amor é fel, que engolfa a nossa boca e nos faz ver a realidade com os olhos bem abertos e atentos. 

Fácil é amar quando se tem saúde, quando se tem dinheiro, quando se tem posição, enfim, quando nada falta. O "eu te amo" sai macio e suave da boca.´No entanto quando problemas nos assolam  a ponto de quase nos destruir, é ai que o amor se prova. Em tempos de guerra e dificuldade o martelo ser revela. O que é o martelo? Imagine o amor como uma esfera translucida,  bonitinha como peça de decoração. Agora imagine um martelo golpeando esta esfera. Se for amor é Diamante e é o martelo que se quebra muito provavelmente, se for um simulacro de amor, algo comodo, porém estéril, algo fácil de se levar no curto prazo e impossível e sufocante de viver no longo, é vidro e se quebrará no primeiro golpe. Amor, se vive a frio, não no conforto do aquecimento.

Edulcorar o amor é quase que infantilizar a relação. Querer que ele funcione somente dentro de parametros confortáveis é querer uma relação que não existe, ou que no minimo não se sustenta por muito tempo, porque tirante pouquíssimos casos, não se vive em uma zona de conforto o tempo todo. Isso não existe.

O amor se torna pleno nos piores momentos de um relacionamento. Quando tudo esta dando errado e ainda sim um casal tem forças para continuar, a isso pode-se chamar amor. Amor não é confete, amor é construído dia a dia, lado a lado, sem reservas, sem medos, sem meias palavras, mas com muita dor, para que a redenção venha e venha em forma de amor, para que a canção possa dizer que quando a saúde se for e ainda que eu não tenha mais força alguma, ainda sim eu te amo!

É isso.

Ouvindo: J. Cash


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