terça-feira, 22 de novembro de 2016

sobre a paz que buscamos



onde esta a paz? em igrejas? monastérios? a paz esta nos confins do mundo? nos polos inabitados? ou estaria a paz dentro de nós, mas tão bem escondida que não a achamos? a paz esta em mim? esta em você que lê? a paz existe? e se existe, porque é tão difícil encontra-la? e que paz buscamos, afinal de contas?

a paz de um mundo sem guerras? a paz interior também chamada de paz de espírito? a sorte de uma amor tranquilo para muitos é a mais genuína forma de paz. como diz a canção, pode cair o mundo se eu estiver em paz ou a minha paz apenas não basta se meu semelhante estiver em turbulências? eu posso ajudar a paz coletiva se tiver minha paz individual? ou a paz de um independe da paz do outro?

nunca se falou tanto sobre a paz e nunca a paz pareceu estar tão longe. guerras, guerrilhas, grupos terroristas tocando o terror como nunca se viu, países se armando ante a possibilidade ínfima de uma agressão por parte de outro país. tratados comerciais suscitando rumores de guerra, protecionismo extremo, xenofobia, práticas medievais voltando a tona em um mundo cada vez mais tecnológico onde as fronteiras praticamente inexistem e ainda sim mulheres são massacradas nos rincões e esquinas do planeta como se isso fosse comum por questões religiosas e culturais.

o mundo clama por paz mas não nos enganemos: a paz que se busca não é a que visa o bem coletivo. tem muito mais a ver com nosso bem estar pessoal e no máximo o de nossa família. não queremos ceder em nossas demandas paras termos paz. não queremos nos doar para termos paz. queremos a melhor paz que o dinheiro possa comprar, essa é a verdade. o bem comum é menos interessante que a tranquilidade de um condomínio de muros altos e cercas eletrificadas. a paz, que queremos é a nossa.

até onde estamos dispostos a ceder para a paz se instalar? seja nas relações familiares, a base de todas as outras, ou ao menos a que deveria ser a base de todas as outras, seja nas relações em geral? até onde vamos ceder e aceitar coisas minimas que atreladas a outras coisas não tão minimas que se conectam com as grandes coisas e formam a imensidão de coisas que no final das contas é a nossa vida e a vida do outro também? aceitando o outro como ele é, a paz se torna mais próxima. a intolerância é o que nos separa, o preconceito igualmente nos divide e a falta de uma noção concreta do que é a paz que realmente buscamos torna esta busca obtusa, quase impossível de se concretizar.

a paz que buscamos no meu entender depende muito mais de nossos gestos, de nossos pequenos gestos diários e cotidianos do que dos grandes tratados que são escritos para fazer da paz algo palpável entre os povos e nações. se entre nossos relacionamentos conseguirmos infundir a paz, se ensinarmos para os nossos filhos os conceitos básicos do amor e do bem viver e ensina-los a sermos pessoas do bem a paz talvez não nesta, mas nas próximas gerações seja um sonho  mais próximo de se realizar. a paz não esta em ensinamentos religiosos e muito nenos na falta deles. ela está na boa vontade entre os homens e no desejo puro e simples de sermos bons. ser bom, ou buscar ser bom é buscar a paz.a gir como uma boa pessoa é alcança-la  dia a dia. difícil, porém possível.

é isso.

ouvindo: estevam queiroga

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