segunda-feira, 6 de março de 2017

eu não sei


da vida, eu não sei nada. aprendo todo dia algo novo e tudo o que eu sei é que eu não sei de nada. sei também que eu gostaria de saber de muita coisa, gostaria de ser muito mais sabido, mas a minha sabedoria é tão pífia e me envergonho tanto de não saber nada que as vezes poso de sabichão apenas para disfarçar a minha falta de conhecimento.

eu não sei por exemplo, amar. e por não sabe amo tudo errado e muitas vezes causo dor e mágoa em quem amo não por vontade mas por falta de tato, de jeito, de sabedoria enfim, para amar. amar requer sim a sabedoria que poucos tem, não é de forma alguma algo intuitivo apenas, que se resolve na hora. requer planejamento, estruturação, emocional em dia, entre outras coisas. e quanto a mim, não sou versado em nada disso. meu amor é  farelento por não saber torna-lo consistente.

eu não sei também lidar com as pessoas. e talvez por este motivo meu amor seja complicado. eu digo o que acho que devo dizer, sem avaliar, sem pensar se deve mesmo ser dito, sem medir consequências. caso clássico de a boca ser mais rápida que  cabeça. não saber lidar com as pessoas é algo negativo, e por mais que eu tente aprender, uma espécie de burrice atávica me aprisiona e me impede de ser lido e sabidona arte de lidar com outrem.

também não sei jogar futebol. eu queria ser goleiro saca? mas daqueles bons, que fecham o gol, mas toda vez que me aventuro, há! que lástima!!!! frango atras de frango. eu não sei jogar futebol é isso eu jamais aprenderei. também não sei jogar pôquer, basquete ou futebol americano. sou um completo fracasso nos esportes em geral. deprimente para quem passa todo tempo que tem a frente da tv vendo espn. ou seja, ama esportes.

eu não sei muita coisa afinal de contas. mas o que eu menos sei e mais me dói por não saber é escrever. não faço ideia de como esc rever um bom texto, são todos enganações, uma linguagem que de tão empolada se torna espúria no sentido de que engana a quem lê induzindo-o a achar que meu vocabulário é requintado e a escrita idem. mentira. é uma escrita frouxa, a qual falta estilo, fluência, elegância entre outros requisitos básicos do bom escritor. sou uma fraude ao escrever e isso é triste. porque meu desejo sincero é produzir bons textos, não enganações em forma de escrita. mas decididamente, eu não sei.

é isso.

ouvindo: arcade fire

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