quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

Meu Celular Quebrou e o Que isso Me ensinou



Sou corretor de imóveis. Posso ficar sem muitas coisas, mas sem celular, não. Uso meu celular para três coisas: Fazer ligações, ouvir música (muita música) e aplicativos de conversa, Messenger, Whats (nunca me verão falando ou escrevendo Zap, derrota total para mim isso). Mas ai, exatamente na véspera de Natal, meu telefone quebrou. Quebrou? Como assim? Assim. Simplesmente quebrou.

Levei na assistência técnica da Aplle aqui em Alphaville, não, não levei, em Iplace, Iarrumo, IeumanjodeIphone, nada disso, Levei na autorizada da empresa. Como fui atendido? HAHAHAHAHAHAHAHA!!!!!! A atendente me garantiu que o problema é na antena interna de recepção e que não tinha sido causado por mau uso, por uma avaria de algum tombo que o telefone tenha levado, nada disso. Ela simplesmente me disse que acontece, quebra mesmo e não tem como arrumar. Ou melhor, tem como arrumar sim: Pagar 1.500,00 dinheiros brasileiros e pegar um telefone novo. Claro que ri da cara dela, dei meia volta e fui embora.

Não contente, porque sou um trouxa daqueles que quer ser feito de trouxa duas, três vezes, decidi levar o celular a loja da Aplle no Morumbi Shopping. Como definir a loja? Festa estranha com gente esquisita. O vendedor/atendente me disse com pequenas variações a mesma coisa da atendente. Fato é que meu celular tem dois anos e não tem mais garantia. Consigo entender que não me deem outro aparelho se eu voluntariamente quebrar o aparelho, mas quando eles mesmo admitem que a culpa não foi minha, fico pasmado. Aplle agora, só se for pra fazer uma performance pública de destruição de aparelhos da marca, fora isso, nem de graça. E quando falo nem de graça, é nem de graça mesmo. Se me derem um, vendo e compro outra marca.

Mas o que me ensinou a quebra do meu aparelho, que por sinal ainda esta quebrado funcionando apenas como receptor de Whats quando estou em um ambiente Wi Fi (o que é uma grande ironia, pois meu plano de telefonia tem 10.000 minutos e 10g de internet.) é que a vida não é feita e nem pode ser levada como se fosse feita de certezas absolutas. E em relação ao meu telefone eu tinha algumas certezas que para mim eram mais que absolutas e caíram por terra.

1. Se eu não estivesse com meu telefone do lado, seria exatamente o momento que algum cliente me ligaria e eu perderia uma venda. Mentira. Hoje ninguém consegue me ligar e eu não ligo para ninguém, mas o whats das 8:00 as 18:00 tem resolvido bem meus contatos profissionais. Não existiram até o momento, cliente me ligando desesperados as 22: em busca de um imóvel. Perdi algum contato neste sentido? Um ou outro com certeza, mas a vida continua fluindo e não morri por não falar com as pessoas. Na verdade me sinto mais leve falando menos ao telefone.

2. Whats, não existe vida fora dele. Existe sim! Não falo a noite com mais ninguém e continuo vivo e são. O que existe na verdade é um ganho de qualidade absurdo no meu tempo. A noite, conversas nem sempre são as mais produtivas, as respostas sempre são baseadas em uma mente que já esta cansada de raciocinar o dia todo e no meu caso ao menos não tem a mesma objetividade. Quem  quer falar com você, ou melhor, quem precisa falar com você, fala em outro horário, com toda certeza.

Assim que eu conseguir comprar um outro aparelho pretendo continuar a usar o telefone e o Whats com moderação. Não preciso estar colado o tempo todo ao aparelho e conversas mais objetivas e curtas são sem dúvida muito mais produtivas que longos tratados sobre o nada que muitas vezes eu escrevi. Não, o telefone celular não é uma extensão do meu corpo e nem deve ser. A Aplle, como qualquer outra empresa tem práticas deploráveis que visam apenas o lucro.  Quanto a música, há que falta ela me faz no celular! Quanta falta ela me faz!!! Preciso vender logo pra comprar um celular.

É isso.

Ouvindo: Rita Lee

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