terça-feira, 10 de abril de 2018

Fernanda Brum e Seu "Som Da Minha Vida"






É necessário tecer loas a quem faz o que é bom e Fernanda Brum, fez. Seu novo álbum, Som da Minha Vida, lançado em Out/17 é para mim, o melhor de sua carreira. Seu timbre firme, com um  grave que envolve mas que percorre bem pelas paragens agudas, soa cristalino, sem variações, sem falhas, amparando interpretações corretas, que mesmo transitando entre vários estilos que vão da intimista "Rosa Cheirosa" (que sim, poderia ter outro nome) ao pop/rap de "Caiu Babel" não perde o pique e mantém o álbum sempre em alta performance.

Li algumas críticas em sites especializados e o álbum parece ter trazido sentimentos bem diversos entre os críticos e mesmo entre o público de Fernanda. Alguns afirmam que é o pior álbum de sua carreira, como o infame "O Fuxico Gospel" (desse site não da pra esperar muita coisa) outros como o site "Super Gospel" que o CD colocou a carreira de Fernanda novamente nos trilhos. Como assim? A carreira dela estava parada?  De qualquer forma,  Som Da Minha Vida para mim é um trabalho para ser ouvido muitas e muitas vezes e em todas quem ouvir vai deliciar-se com as mensagens diretas, sem meias palavras sobre o amor, a justiça, a compaixão e sobre a vida que o Eterno espera que cada um de nós tenha até que o seu retorno se consume. As letras das canções de Fernanda não fazem concessões, você entende exatamente o que ela quer dizer, sem espaço para interpretações.

Em que pese o fato de Fernanda ser hoje juntamente com seu Marido e produtor líder de uma igreja no Rio de Janeiro e obviamente levar dois ministérios que são o musical e o de líder espiritual de uma comunidade, isso não afetou ao menos de maneira negativa sua forma de lidar com a música e da qualidade que dela se espera. Fernanda e seu produtor não inventam a roda, de forma alguma, não há nada em seu álbum de que seja revolucionário (e vamos ser sinceros, quem está revolucionando a música Cristã hoje em dia? houve alguma revolução após o Jesus Moviment lá nas décadas de 60/70?) mas há uma honestidade musical, uma verdade necessária que permite com que faixas como "Caiu Babel" soem  absolutamente naturais em sua interpretação, sem parecer forçada ou coisa do gênero.

Fernanda lançou um álbum sem baboseiras teológicas, simples, lindo de se ouvir, sinceramente não vejo nada que o desabone, o torne enfadonho, muito pelo contrário, passa no teste de ser ouvido de ponta a ponta sem ficar pulando músicas. Claro que como gosto é algo absolutamente individual, muitos vão preferir uma ou outra música, isso é absolutamente normal, mas uma música que tem uma letra que diz entre outras coisas "na cenas dos vitrais, nas telas de Van Gogh, não consegui te achar" merece meu mais profundo respeito porque perto das bobagens que tenho ouvido...

Parabéns, Fernanda Brum e toda a equipe de produção. Meio tardio, já que o Album foi lançado a 6 meses, mas enfim, lindo de se ouvir!

É isso.

Ouvindo: Fernanda Brum


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