domingo, 5 de junho de 2016

Morreu Muhammad Ali.


"Não tenho nada contra nenhum Vietcongue, nenhum deles nunca me chamou de Crioulo"
Muhammad Ali

O Boxe, goste o caro leitor ou não, é para mim um esporte elegante. Sim, elegante. Ao contrário do barbarismo do UFC, o  Boxe tem regras bem definidas, é preciso mais do que um golpe de sorte para derrubar o seu oponente. Há que se estuda-lo, mapear seus pontos fracos, temer seus pontos fortes, ser corajoso tanto para atacar como para recolher-se a defesa ainda que a malta ensandecida peça para que o boxeador ataque. O Boxe é a espada. O UFC, a clava.

E dentro do Boxe, Ali foi foi o maior entre os maiores. Foi o chefão, o único e incomparável. Ali se instalou no panteão dos vencedores no lugar destinado ao Rei entre eles e soberanamente entre eles ficou. Flanava como uma Borboleta e socava como um torpedo. Antes que seus oponentes pudessem dar conta estavam "beijando a lona" enquanto ele, implacável e impassível deleitava-se pleno por mais uma vitória.

"Tento ser modesto, mas dai, me falta assunto"
Muhammad Ali

Ali foi dominante no Boxe, mas muito mais do que isso, foi uma das personalidades contemporâneas mais influentes não apenas nos EUA, mas no mundo. Quando ganho sua Medalha de Ouro nas Olimpíadas de Roma, a devolveu por questões de racismo dentro de seu próprio país. Mudou seu nome de batismo por considera-lo "o nome de escravo ao qual não escolhi" e deixou de ser Cassius Clay, o negro descendente de escravos para ser Muhammad Ali, o recém convertido ao Islamismo. Tem que ter muito peito para sendo negro em um tempo em que os EUA era claramente uma sociedade que segregava o seu povo sendo negro se declarar adepto do Islã. Ali não estava nem ai para as convenções.

Lutou pelo direito dos negros, pelos direitos humanos em geral, sendo portador do Mal de Parkinson,  destinou grande parte de seus ganhos para pesquisas que encontrassem a sua cura. Ali foi o melhor lutador que já existiu no ringue. E foi o melhor sobretudo, fora dele.

"O silêncio vale ouro, quando não se acha uma boa resposta"
Muhammad Ali

Encerro com esta frase simplesmente genial. Muhammad Ali era um dos pouco heróis de verdade no Planeta Terra. Ele se foi. O seu legado, no entanto, permanecerá.

É isso.

Ouvindo: Davi Bowie


sábado, 4 de junho de 2016

Considerações Sobre a Morte


Quando os olhos se fecham, o que acontece? É só a escuridão? O silêncio total? O vazio? Nada além? Nada no Além? Um sono imperturbável  e ao mesmo tempo tão perturbador e é só? Tudo tão solitário mesmo? E, ao mesmo tempo, para ser solitário é preciso se ter a consciência de que se está só, e ao morrer, não temos tal consciência. Então, quem somos nós ao morrer além de nada, de corpos  se decompondo, adubando a terra?

E quando o coração cessa os seus batimentos? As emoções, sejam alegres, tristes, ou de que espécie for, que por anos ficaram armazenadas, para onde vão? Sentimentos que permearam uma vida se vão no segundo seguinte a morte física? Voam para longe ? Ou se esvaem nas brumas de uma tarde fria e chuvosa? O coração, bombeando sangue ininterruptamente, ao parar serve para que? Dissecação com fins científicos?  Me parece tão pouco... Salvar outra vida?  Apesar de nobre, é de outra vida que se está falando, não da que morreu e perdeu o direito de emocionar-se.

O sangue, de que vale se esta frio, sem circular, reduzido a uma massa pastosa e sem utilidade alguma? Se ele não pode ferver por qualquer motivo que seja, se ele não pode ser bombeado com mais força e rapidez por um coração apaixonado, é tão inútil...

A morte no final das contas é o que nos mostra como a vida é linda. Como é sublime amar e ser amado. Como é maravilhoso ouvir e poder apreciar na plenitude uma linda canção. Observar a morte de perto, é celebrar a vida em sua plenitude. Respeitar a morte é não colocar-se em risco de obte-la, pois ela jamais será um presente, sendo sim, uma condenação, o opróbrio final.a

A morte nos afasta de quem amamos, nos afasta as vezes de nós mesmos tal a falta de conexão que ela provoca. A morte é nosso pior inimigo e ainda sim, existem muitos que com ela simpatizam, esperando que ao encontra-la novos portais existenciais se abram. A morte, para mim não pode existir como catalisador de vida, ou de novas vidas, novas percepções, como alguns propõe. A morte é o frio e impessoal silêncio. é quando tudo cessa, toda atividade,  se torna impossível, quando a festa acaba por que a vida deveria ser, ao menos em meu entender, uma festa.

Não penso no dia que vou morrer e nem como. Só sei que um dia isso vai acontecer e minha existência enfim, findará. Não sei também se existe como ficar pronto para morrer, mas sei que a vida é bonita de ser vivida e enquanto der pra ficar por aqui, eu vou ficando.

É isso.

Ouvindo: Bach

sexta-feira, 27 de maio de 2016

30 Homens Contra Uma Garota.



Bandidos a espera de uma oportunidade. Simples assim. Esses 30 salafrários que enxovalham aos homens, são nada mais que 30 bandidos que esperaram pacientemente por uma oportunidade de mostrar o quanto são maus e merecedores da máxima pena possível para um caso como esse.

Não me interessa o que a garota estava fazendo, como estava vestida, se provocou os rapazes, se bebeu, se drogou-se, se pediu pelo estupro, enfim. A barbárie ocorreu porque 30 marginais quiseram que ela ocorresse. Não há outra explicação. Se alguém  me der uma pistola e disser "me mate!" Não matarei. Por que então se alguma garota disser me estupre, eu irei estupra-la?

Se alguém se joga na frente do meu carro, o que eu faço? Atropelo? Ou faço o máximo possível para desviar? Por que então se uma garota me convidar a estupra-la eu deveria faze-lo? Que cultura mais distorcida é essa que prega que mulher sem controle, alcoolizada ou drogada, ou indefesa pelo motivo que seja merece ser estuprada? Merece? Por que?

Nossas filhas, irmãs, tias, sobrinhas, primas, amigas, pessoas quer gostamos enfim, se derem um passo em falso e encontrarem um grupo de párias merecem ser barbarizadas? É isso? E se é isso que espécie de sociedade estamos nos tornando? Eu fico chocado sim, mas fico chocado com algumas coisas que apesar de parecerem periféricas me chamam muito a atenção.

Minha mãe como qualquer pessoa sempre teve seus defeitos, mas sempre, sempre me ensinou a tratar uma mulher com respeito. A ouvir o seu não, a valorizar o sim que ela me desse, a perceber o valor que a mulher tem na sociedade. Não acredito que existam muitas mães que façam o contrário da minha, incentivando seus filhos a estuprar mulheres sempre que a chance aparecer. Isso não acontece. Então, dizer que somos criados em uma cultura que valoriza e até aplaudo o estupro é uma insanidade e mais do que isso uma forma mal caráter de se aproveitar da dor de uma família toda.

Mesmo estes 30 animais travestidos de seres humanos eu duvido que foram "ensinados" a estuprar uma mulher nem sozinhos e muito menos coletivamente. Simplesmente sua índole má os fez agir assim. É evidente que o momento que vivemos onde o recrudescimento de um machismo cada vez mais virulento alimentado por figuras patéticas como Bolsonaro que diz não estuprar uma deputada por ela ser tão feia a ponto de não merecer tal atitude aliado a um desemprego galopante que faz com que homens fiquem desocupados a maior parte do seu tempo (e todos sabemos que pessoas desocupadas tendem a tomar atitudes que não tomariam caso ocupação houvesse), são fatores que podem em alguma medida levar pessoas a fazer o que não fariam em outras circunstâncias. Mas qual a medida? Qual a a entre a maldade pura e simples e a influência de fatores externos?

Vivemos em um mundo mal, vivemos em uma sociedade em que a busca por destaque é feroz. Tão feroz ao ponto de levar esses 30 desocupados a postarem em redes sociais o malfeito que cometeram.
Não existe respostas fáceis. Talvez não exista nem sequer uma reposta para tamanhã maldade.

Só posso pedir para que Deus nos proteja, que existam ainda pessoas de coração bom, de índole do bem que possam, fazer frente a 30 vagabundos pervertidos como os que de forma brutal, cruel e inapelável destruíram uma vida que mal começou.

Deus seja conosco.

É isso!

Ouvindo: Vencedores por Cristo

domingo, 22 de maio de 2016

Não Existe Amor em SP (Criolo, você tem toda Razão, Mas Creio ainda em Transformação.)


Não existe amor em SP e nem em lugar algum, esta é mais cruel verdade. O amor coletivo que deveria unir as pessoas e leva-las ao céu ou ao menos  a algum tipo de fruição básica e satisfatória da emoção de estar entre iguais. Não existe o senso de iguais. Todos nos achamos diferentes. Melhores que os outros. Seja por ter mais cultura, mais dinheiro, mais inteligência, seja lá o que for, nos achamos melhores e quando nos achamos melhores, não é possível existir amor. Seja em SP, seja em Calcutá.

A vaidade nos mata lentamente. O olhar no espelho e sentir-se melhor, mais bonito, mais bem preparado, sentir-se aquele que vai encontrar-se com aquele outro ou aqueles outros que não são nada porque nada tem e ter hoje significa ser todos sabemos. A vaidade de ter o que quer que seja, se ser dono, possuidor, do dinheiro, do poder, dos dois juntos, isso tudo embriaga, ainda que o dinheiro e o poder nem sejam tanto assim quanto parece a quem os detém, a vaidade os infla.

O amor se esvai diante de nossos olhos. O amor é como um buquet de flores que na verdade são flores mortas como brilhantemente Criolo  definiu. Ninguém quem ir para o céu, que no máximo se dar bem na Terra, e se dar bem é pisar em que indefeso é. Dar-se bem é tripudiar na condição miserável de alguém que é seu igual só que é bem diferente por que pela visão oca e inepta nos parece menor. O amor, há o amor!!! Onde ele está?

O Amor esta em frases lindas, ditas por casais apaixonados. O amor está em pequenos gestos, atitudes inesperadas que alguns ainda teimam em ter para com outras pessoas. O amor esta na família, e exatamente por isso ela, a família é tão atacada. O amor esta no nosso sentimento mais puro  e escondido e por este motivo mais valioso. Escondemos o nosso amor, escondemos os nossos sentimentos nobres para sermos duros, duros como estátuas Romanas  e suas feições garbosas, imponentes, que assustam e mantém a distância pessoas com quem não queremos dividir quem realmente somos, seja por medo, seja por puro egoísmo.

Não existe amor em SP mas ele pode existir em mim e em você. O amor pode triunfar ainda, eu creio nisso. Por mais que a Ganância grite, a ( a minha ao menos) grita mais alto. A esperança que podemos ainda olhar com doçura para o outro, que podemos ter compaixão, que podemos ter atitudes positivas para com o mundo que nos cerca por que ser positivo, ser bom, no final das contas é melhor que ser mal. Se o amor em SP acabou, ainda pode florescer no meu e nos seu coração.

Se o amor se foi, que volte, mais colorido, um Arco-Iris pleno, que viva e grite a sua vida para os quatro cantos, que encharque a minha pessoa e transborde que eu queira ou não para as outras em minha volta, Que o amor seja tão soberano que volte a SP, que volte ao coletivo, não se restrinja a poucas e selecionadas pessoas. Que amemos, todo dia, o dia todo que sejamos capaz de amar, que sejamos capaz de tolerar, que sejamos capaz de aceitar, e aceitando, possamos aceitar. Que a oração de São Francisco, um hino ao amor, se faça persente em nossas vidas, que ela nos guie, nos ilumine que a decoremos e a recitemos todos os dias. Ser instrumento de paz e automaticamente ser instrumento de amor.

Espalhar o amor, aqui, lá e acolá é o que deveríamos querer fazer. hoje e sempre. Porque o amor é bem melhor, mil vezes melhor, que o desamor. Boa semana a quem chegou aqui nesta noite fria de Domingo.

É isso.

Ouvindo: Criolo, o lúcido!

sábado, 21 de maio de 2016

Ana Paula Valadão. Santa Indignação ou Burrice Profana?


Quando o ministério diante do trono nasceu, anos atrás, foi saudado como uma novidade bastante positiva no meio cristão brasileiro. Arranjos que não eram espetaculares eram ao menos corretos, letras que evidentemente não eram escritas por João Alexandre ou Stênio Marcius fato facilmente comprovado pela repetição extrema de refrões pobres e sem criatividade, mas enfim, ainda sim conseguia ser melhor que a porcariada "gospel" que ainda é produzida no Brasil.

Acontece que evidentemente o negócio começou a ser tratado como o que de fato é: Um negócio. Uma fábrica de salsichas que se repete e se repete e se repete de forma monocórdia, feita apenas para vender mais e mais cds. Enquanto tem bobos pra comprar, beleza, que comprem, que gostem, até porque a comunidade evangélica brasileira, uma das mais manipuláveis do mundo, aceita todos os modismos que lhes enfiam goela adentro, sejam eles musicais, comportamentais ou o que mais a mente enlouquecida de algum "líder" obtuso possa imaginar.

Neste contexto, Ana Paula "Idiotinha" Valadão tem se esforçado ao máximo para se superar. Já falou que irmãs gordas são relaxadas e não se cuidam e Deus não se agrada disso. Coitadas das que tem problemas de Tireoide, Diabetes e mais coitadas ainda das que gostam de ser gordinhas, que não se vinculam a padrões estéticos específicos preferindo antes ser quem são e como são sem dar bola para torcida.

Cristãos hoje, em sua maioria, acham que precisam ter opinião sobre tudo. Não precisam. E muito menos precisam se envolver em polêmicas seculares, agir como se estivessem em defesa da fé quando estão buscando apenas auto promoção da forma mais torpe possível. Agem como se fossem participantes de uma cruzada destinada a "higienizar" o mundo todo e livra-lo de suas práticas imundas. Revestem-se do que com orgulho chamam de "Santa Indignação" ou algo parecido, quando o que os move é apenas o desejo de aparecer e vender mais discos, ou qualquer outro badulaque licenciado com suas respectivas marcas.

Investir contra uma coleção de roupas unissex como fez agora Ana Paula, se dizendo "indignada" com a campanha da C&A é de uma falta de bom senso e mesmo de falta de lógica acachapante! A anos e anos as empresas de moda lançam coleções unissex de suas roupas e posicionar-se contra elas apenas porque a C&A toca na questão da identidade de gênero e de uma pequenez que assusta qualquer ser humano.que tenha um mínimo de bom senso.

O que ganha um "líder" Cristão ao entrar em um assunto como este e com tamanha virulência? Dizer que a empresa quer testar os limites dos cristãos e ver até onde eles suportam a questão da identidade de gênero? E desde quando cristãos tem que suportar isso??? é uma inquisição as avessas o que se quiser? Fica evidente para qualquer pessoa com o o mínimo de bom senso que Ana Paula Valadão nada fez além de proselitismo barato ao jogar seu texto embebido de "Santa Indignação" nas redes sociais. Quis aparecer para seu rebanho de desvalidos intelectuais, quis mostrar que a dona do "curral" se importa, mas na verdade tudo o que conseguiu foi demonstrar uma burrice de dar dó.

Conclamar um boicote a C&A? Jura?? Participar do Festival Promessas da rede esgoto pode? Ficar anos no casting da Som Livre, gravadora da Globo, não tem problema algum?Chega a ser patética a forma de se portar deste crentes desmiolados...

Vivemos um tempo onde tudo esta se esfacelando muito rapidamente e a justa noção de cristianismo já se perdeu em um passado remoto. Agora vivemos um imenso mercado onde vale mais a pena vender noções de fé e de comportamentos ditos cristãos a incautos que buscam um sentido para suas vidas do que propriamente viver uma vida que seja ela por si só exemplo a ser seguido.

Ana Paula Valadão é uma pateta em forma de liderança cristã, isto esta claro. Se expressa de forma atabalhoada, não consegue concatenar idéias de forma razoável e inteligente mas tem uma legião de seguidores que creem em suas palavras. Prestará contas ao Eterno por cada uma das bobagens que profere e faz seus seguidores proferirem juntos com ela. Isso é certo. E isso, me conforta.

É isso.

Ouvindo. Stênio Marcius

quinta-feira, 19 de maio de 2016

Os Cabelos de Dana Scully


Como assim Dana Scully não é 100% Ruiva? Como assim usa, (ou usava) tonalizante para manter as madeixas lindas? O que acontece com as mulheres? Sempre nos ludibriando com algum truque que quando revelado lhe faz a pretensa beleza cair por terra... Por que? Para que? Que deselegância de Gillian Anderson! Depois reclama porque ganhava menos que David Duchovny...  Merecidamente!!! Enganava seus fãs com seu pretenso ruivo pretenso que agora descobri ser mantido a base de tonalizante.

Comprei as temporadas de Arquivo X. Todos os boxes. Assistia com real deleite e satisfação até que Graziela me alertou para as variações de cor entre um episódio e outro no cabelo de Scully e me disse que seu tom ruivo meticulosamente pensando para enganar trouxas como eu era conseguido a base de tonalizantes específicos. Oi? Como assim? Tonalizantes? Para que? Porque?

Scully, o contraponto  nem tão contraponto assim de Mulder era a verdadeira razão para eu assistir The X Files. Eu gostava de sua segurança titubeante, de suas certezas tão incertas, de sua total dependência de Mulder  e  do amor incondicional que nutria por ele. Scully o questionava, mas o seguia. Era protegida, mas protegia, era falante, mas sempre o ouvia.

Mas eu gostava também de seus cabelos ruivos. Pessoas ruivas chamam a atenção,. isso é fato e quando são agentes do FBI, Médicas legistas e  se chamam Dana Scully (que nome do cacete, de legal, vamos falar a verdade) ficam ainda mais chamativas. Hoje, após saber a dura realidade dos tonalizantes (seria um Tonaligate?) comecei a rever a segunda temporada com um travo de amargura boca. O primeiro episódio, icônico, fantástico, um dos melhores de todas as temporadas (Little Green Man) se tornou ontem a noite em uma perturbadora sessão de desconstrução do seriado. Me senti o tempo todo enganado, falseado, como se a verdade estivesse lá fora o tempo todo e eu não quisesse me confrontar com ela. Como poderia, afinal de contas, Scully ter cabelos tão perfeitos sem os malditos tonalizantes?

Sem eles ela seria apenas mais uma ruiva normal, sem gracinha que se perde na multidão e pode no máximo ser chamada de "menina fogueira". A verdade, meus caros é que os cabelos de Dana Scully foram a maior farsa de The X Files. Só falta agora descobrir que William B Davis não era fumante e seus cigarros eram todos cênicos para a série ser a maior mentira da história recente da TV.

Estou revendo de forma emputecida a segunda temporada de The X Files. Oa que seria um prazer se tornou em ruína, pois só  penso no tonalizante fajuto que Scully usa para os seus cabelos se manterem com um ruivo perfeito. Mulheres sempre tem seus truques de beleza, admito. Mas mulheres agentes do FBI deveriam se preocupar mais com a verdade que esta lá fora.

É isso.

Ouvindo: Foo Fighters


Textos ruins


Tenho escrito textos ruins e apenas textos ruins. A inspiração parece ter me abandonado. Me sinto triste, desmotivado e sem vontade de escrever. Escrever sem vontade é tão ruim como comer sem estar com fome. O texto não é elegante, acaba sendo apenas expelido de forma forçada e não reflete o que eu quero dizer.

Palavras não podem ser encadeadas uma atrás da outra de forma ignóbil como venho fazendo. Escrever requer elegância, fluência, um requinte que raríssimas vezes possuo e sobretudo inspiração. Tudo isso tem me faltado e nem um calmante, um excitante e um bocado de Gim resolveriam a fuga que as palavras empreenderam de mim. Sei exatamente o que quero escrever, meus textos ficam dançando na minha mente, todos parecem que serão brilhantes e quando saem, me envergonham. Que lástima.

Não leio meu blog. Não releio nada do escrevo porque tenho vergonha das merdas que saem. Fico pensando como pode ter pessoas que perdem tempo vindo a este espaço, ler as bobagens que escrevo,  Porque em sua maioria, são bobagens. Sim, já escrevi textos emocionantes, pungentes, verdadeiras pinturas, mas são a minoria da minoria. Meus textos são apenas rascunhos que deveriam ser descartados sem dó. São uma miscelânea de palavras que se perdem em si mesmas por pura  falta de cadência, de ritmo.

Quanto mais leio, mais um verme das palavras me sinto. Claro, que entre editar as merdas em forma de palavras de Paulo Coelho, J.K Rowling entre outros fanfarrões da escrita eu se editor fosse, editaria as minhas mesmo, mas qual o mérito que existe em escrever coisas mais interessantes que as que Paulo coelho ou a autora de Harry Potter escrevem? Qualquer ser humano que queria ter um blog tem obrigação que escrever melhor que esses ai e infelizmente não tenho escrito nada a altura. Infelizmente essa é a verdade.

Textos medíocres e insípidos desprovidos de criatividade de assombro, tudo isso me fazem lastimar esta minha ânsia em escrever. Escrever porcarias para que? Para quem? Deveria fazer outra coisa, deveria ficar dormindo, ou deveria ler mais. É isso! A mim, o que resta é ler mais. tentar aprender com quem sabe escrever, humildemente buscar melhorar as divagações de bostas que eu escrevo. Não é fácil, mas tentarei. Por enquanto, quem for trouxa o suficiente para perder tempo lendo essas babaquices que escrevo, sinta-se a vontade. Tenho pena de mim. E sobretudo, de você.

É isso.
 
Ouvindo: Cauby Peixoto