sexta-feira, 17 de junho de 2016

E se?


E se ao invés de tanto ceticismo o mundo fosse povoado por pessoas de uma fé inabalável, independente da crença? Ter fé realça o caráter e não falo aqui de ter fé em Deus, Buda, Maomé, ou qualquer outra divindade, falo em ter fé,  em não se deixar tomar pelo ceticismo ou pior, pelo cinismo. O mundo precisa de pessoas que tenham fé, que ousem proclamar a sua fé. Ainda que essa fé seja na ciência, pois fé não se refere apenas ao sobrenatural.  Mas o mundo precisa de pessoas de fé. Se mais delas existissem,teríamos um mundo melhor.

E se ao invés  de uma vontade louca de impormos nossa opinião, aceitássemos a de outras pessoas senão para substituir a nossa própria opinião, ao menos como referência elegante de que opiniões contrárias podem coexistir? Quem disse que não afinal? Por que pessoas com pensamento diferentes não podem andar lado a lado,  irmanadas e descobrir outras similaridades ao invés de apegarem-se a uma ou outra opinião diferente e fazer dela a cerca de espinhos que as divide? Um mundo sem diversidade de opiniões não é um bom lugar para se viver.

E se por um momento que fosse, minha religião não importasse para quem descorda dos dogmas que a permeiam? Se esses dogmas fossem vistos apenas meros diferenciais não de posicionamento sobre a vida, mas da forma de como eu conduzo a minha vida privada e ficasse claro que minha crença não me faz pior nem melhor que ninguém e muito menos diferente? Minha religião apenas fala de minha crença sobrenatural e sim reflete em meu estilo de vida e em como me relaciono com o mundo, mas jamais me faz superior por te-la. Importar-se com minha religião, é deixar de importar-se com minha essência, que vai muito além dela.

E se minhas roupas, meu carro, meus bens materiais enfim,  falassem menos a meu respeito do que quem de fato eu sou? Talvez fosse um exercício interessante este, o de não nos importarmos com aparência, com o exterior de quem quer que seja. Aceitarmos com naturalidade  tanto anões, como pessoas extremamente altas. Acreditar que ser gordo não é crime e nem diz nada negativo de ninguém. Ser magro não é padrão de conduta e apenas biotipo. Entender que ruivo ou negro, o sangue é o mesmo e a sombra projetada pelo Sol tem a mesma cor. Sol este que não se recusa a aquecer quem quer que seja independe de como seja a pessoa.

E se a forma com a qual me conduzo diariamente, minhas ações práticas, minha forma de posicionar-sempre buscando o que é correto e em caso de erro reconhecendo-o e buscando corrigi-lo, se fossem esses os parâmetros com que eu e você encarássemos as pessoas, não seria este um mundo muito melhor para se viver? Se ser "diferente" fosse tão irrelevante como ser "normal" importando mais sermos humanos de bem o do bem talvez o mundo tivesse menos choro, menos infelicidade, menos terror, menos preconceito, menos inveja e tivesse mais o que ele tanto precisa: Amor!

Qualquer mudança começa sempre por mim. Sempre. E por este motivo é tão difícil. Mas nada é tão difícil que não possa ser executado.

É isso.

Ouvindo: Brooklyn Tabernacle Choir

Nenhum comentário: