quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

"o que eu posso dizer é que lá não tinha santo. só ladrão, estuprador, traficante..." e na cadeira de governador do amazonas, temos um boçal que diz coisas como essa.



o titulo do post foi pinçado de uma declaração que é tão esdruxula quando esdruxulo é quem a deu: o governador do estado do amazonas. nem vou citar o seu nome, pois palavrão limite aqui é "caralho". mais que isso, fere o decoro e citar o nome do bobalhão quer governa o amazonas é falar palavrão demais.

este senhor deu tal declaração ao explicar o inexplicável sobre a morte de 60 presos que estavam sobre a custódia do estado que ele governa em uma rebelião que teve todos os ingredientes de negligência estatal para que acontecesse. esse senhor, além de tudo é um parvo. só uma personalidade encharcada de insensatez permitiria que o estado do amazonas pagasse 5.000 dinheiros por detendo, você não leu errado, são 5.000 dinheiros por detento a uma empresa privada para que ela gerisse o presídio onde ocorreu o descalabro.

alguns dirão que bandido bom é bandido morto. eu obviamente discordo. primeiro porque não existe bandido bom, em nenhum cenário, nem no de sua morte. para mim bandidos são todos ruins e precisam cumprir suas devidas penas, até a de morte se as leis do país em que vivem assim determinar. não é o caso do brasil, então versar sobre a pena de morte e porque eu não concordo com ela seria proselitismo barato

para mim, basta que se cumpra a lei. mas no país da imoralidade e da falta de cumprimento das mesmas, eventos como a barbárie que aconteceu no amazonas são comuns a uma população cada vez mais anestesiada que toma por natural uma fala tão imbecil como a proferida pelo (des)governador do amazonas. presos não são mesmo santos, anjos ou nada que evoque a candura celeste, mas uma vez que o estado optou por ter a custódia dos infratores e não fuzila-los e acabar com o problema, eles tem que ser protegidos sim, ainda que deles mesmos. vira obrigação do estado que os trancafia garantir a sua segurança, não importa o que a "bancada da bala" tanto a nível federal quanto estadual pense a respeito deste tema. uma vez que um infrator se transforma em preso e o estado passa a ser o responsável por sua vida intra-muros não pode permitir nem regalias (as quais uma casta privilegiada de  presos tinha acesso) e nem que benefícios que são de direito de todos os presos virem  também regalias apenas para alguns.

o governo do amazonas e sua secretária de administração penitenciária agiu e ainda age de forma completamente equivocada tentando imputar aos presos ou a empresa que geria os presos uma responsabilidade que é sua. o governador do estado bem faria a todos os cidadãos de seu estado se renunciasse, pois se não consegue gerir os presos de seus sistema penal, o que mais ele conseguiria gerir para o bem de seu estado?

a perfídia desta situação é ainda maior por conta da completa inação dos governantes, mas é claro que os presos tem a maior parcela de culpa em todo o acontecimento.afinal eles se organizam em facções, lutam pelo controle dos presídios e de dentro deles querem controlar o tráfico de drogas entre outros crimes. é inaceitável que  nós os cidadãos de bem vivamos em paralelo com estes parâmetros que fazem com que nós, cumpridores da lei, fiquemos com cara de palhaços, pois vemos os fora da lei terem uma vida aparentemente melhor que a nossa, ainda que muito mais breve pois há sempre um acerto de contas esperando na próxima esquina na vida desses bandidos.

nós os de bem, não podemos mais aceitar este nível de situação escorchante que acaba com o moral do trabalhador e o empurra para lentamente para a ilegalidade, uma vez que ele percebe não haver mais punição para os corruptos que governam os estados e o país e não estão nem ai para nada do que acontece com nosso povo tão sofrido.

sem querer ser messiânico, dia chegará em que o povo não mais aguentará tanta desfaçatez e os que hoje zombam de nós, terão o seu merecido fim. tomara que o governador do amazonas seja um dos que estarão puxando a fila.

é isso

ouvindo: oficina g3

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