segunda-feira, 22 de setembro de 2014

O sexo, as nega e o idiota


Miguel Falabella, fica claro, dia a dia, gosta de escrever. Deveria então, aprender. Não creio que vá, já que só escreve porcarias e já tem uma certa idade o que dificulta uma mudança de rumos pois se experiência acumulada apenas pela idade valesse de alguma coisa, minha bisavó ganharia um Tony Awards caso se colocasse a escrever uma peça teatral.

Tirante "A Partilha", qu não é nada, não é nada, não é quase nada mesmo mas ao menos é digna de menção como texto minimamente correto e palatável, Falabella, não importa sua pretenção de ser o David Mamet brasileiro, (nunca será!) jamais esceveu ago prestável. Suas novelas são todas confusas e desconexas, mbora se pretendam verdadeiras obras de arte, suas séries são todas voltadas para o popularesco, nunca para o popular.

Mal comparando, é mais ou menos como escrever um texto para Abbot and Costello e querer que Woody Alen o represente. Falta de bom senso total.

Pouco me importa quem é e o que escreve Falabella. Me lixo para seus textos e programas furados, mas sua nova investida "O sexo e as Nega" além de ser de gritar de ruim ainda traz uma carga de preconceito poucas vezes vista e me deixa pasmo que uma emissora com a rede esgoto, que embora seja useira e vezeira na arte de criar e aprovar programas imbecis tenha aprovado tamanha parvice permitindo que fosse ao ar.

Segundo Falatrouxa, digo, Falabella, o título que por si só ja é um ultraje, é uma brincadeira com "Sex And The City". Brincadeira? Desde quando Sex And The City, categoriza qualquer grupo que seja para associa-lo ao título da série?  Falabella é um fanfarão de primeira.

O pior foi ve-lo evocar Spike Lee para defender sua série. Não pode ser sério. Um tipico Caucasiano quer se escudar em um negro que sabe muito bem do que está falando ( embora tenha derrapado feio em "A Outra História Americana") para defender as merdas que escreve em uma emissora que não tem o menor cuidado com os textos que manda para o ar? Spike Lee???  Falabella não resiste sequer a uma comparação com Ed Wood, exceto pelos maneirismos e jeito afetado de ser. Spike Lee... Só faltava essa!!!!

E o pior, o mais engraçado (se trágico não fosse) é ser ele, Falabella, o narrador, o fio condutor da história. Um branco narrando as "agruras" de quatro negras??? Se mata né??? Jura que isso foi pensado pra ser algo legal? Tipo: "Deixa eu narrar aqui a  história dessas moças e ta tudo certo!" é pra rolar de rir...

E a Cláudia Jimenez no papel talvez mais interessante da série?  O que uma branca faz como contraponto a 4 negras em uma série que pretende dar visibilidade a raça negra? Cláudia, que ao menos sabe atuar, ao contrário das 4 patetas que se prestaram ao papelão se serem porta vozes das bobagens que Falabella escreve, se sobressai totalmente a estes arremedos de atriz que a rede esgoto escalou para "estrelar" a série.

"O Sexo e as Nega" é um erro por qualquer ponto de vista que se observe.  Um lixo, um prograa para retardados escrito por alguem que é pouco mais que um.

É isso.

Ouvindo:  a trilha sonora de um dos meus filmes favoritos Bagdad Café 

domingo, 14 de setembro de 2014

O porque da demora (uma pequena carta de amor)


Eu obviamente gosto de escrever.Só não sei, mas gosto. Não sou Edgard A. Poe, Não sou Cervantes muito menos para ficar em dois dos que mais admiro. Não tenho a delicadeza de Cora Coralina nem a fluência de Cecília Meireles e se tivesse ao menos a argúcia  de Florbela Espanca já me daria por satisfeito, mas não tenho nada disso. Tenho apenas vontade,  de escrever e ela me impulsiona Só isso.

O fato de não ter fluência, competência delicadeza e não saber dar a forma mais adequada aos meus textos pouco importa quando o aassunto é escrever sobre as trivialidades do dia a dia ou mesmo sobre personalidades que não conheço e nem faço questão de conhecer ou sobre futebol e religião, temas que no fundo não demandam a beleza estética que tanto persigo.

Mas quando o assunto é escrever para quem se ama. Há! Ai todas as barreiras se levantam. Quantas vezes entei enm frente ao notebook e pensei em escrever algo que pudesse demonstrar de forma clara os meus sentimentos?  Não apenas de forma clara, mas de forma também elegante, limpa e fluida e não consegui chegar nem perto disso. Quantas vezes me frustrei e tentando escrever algo que fosse falar ao coração de alguém e não consegui mais do que um monte de palavras bobas e sem sentido encadeiadas de forma absolutamente sem graça?

Escrever para quem se ama é  difícil. é difícil porque quando amamos queremos dar o melhor do que temos e eu não tenho nada de muito bom pra falar a verdade. Tento me esforçar em ser uma pessoa aceitável e até isso as vezes e excruciante. Mas como estou amando, e muito, e este tipo de sentimento não consegue ficar preso no peito quietinho, antes grita  e se agita a todo instante para ganhar a liberdade de voar, eu resolvi fazer o melhor que posso com as parcas palavras que disponho em meu vocabulário sentimental.

Gra, ter conhecido você não foi apenas algo bom, foi fantástico, foi como a sagração de uma Primavera eterna em minha vida. Não foi  algo que se esquece com o passar do tempo, foi e tem sido algo que se molda a minha vida de forma indelével e irreversível por toda a extensão dos meus dias e até o fim deles. 

Sou feliz por estarmos juntos mas sou mais feliz ainda por estarmos juntos e partilhando planos, sentimentos, por termos uma vida pra viver, por termos perspectivas de felicidade e sobretudo por termos encontrado, na maturidade de nossas vidas, no auge delas, o AMOR.

Não este amor de novelas, não este amor de faz de conta que hoje em dia domina o imaginário popular, mas o amor que nos faz sãos, nos faz pessoas melhores dia a dia, que nos fortalece e nos direciona a felicidade. O seu amor me energiza, me faz querer ser melhor para você e para o mundo a minha volta. O seu amor me orienta, me guia e me mostra que sempre terei um refúgio, um refúgio que eu mesmo espero e quero sempre ser para você.

Agradeço este tempo de convivência que temos e te prometo fazer com que se multiplique a nossa felicidade e que nossos dias sejam os mais coloridos possíveis, mesmo que tempestades apareçam. Ne que para isso tenha que comprar um guarda chuva pintado com as cores do arco iris, que nos lembrará que após a chuva, após a ríspida tormenta o Sol brilha novamente sobre nossas cabeças e nos faz feliz com seu calor.

Sou feliz estando contigo e a cada momento eu anseio estar mais longe se perto e mais perto ainda se perto estiver, ou seja, grudado em você!

Por que demorei? Porque todas as palavras, por mais belas que sejam, ficam timidas ante sua presença e não consigo pura e simplesmente achar as mais adequadas e que combinem entre si para expressar o que sinto por ti. Espero que tenha chegado perto ao menos com este humilde texto.

COM AMOR, COM MUITO AMOR.

É isso.

Ouvindo: J. Cash e June Carter Cash

A bunda da Priscila Fantin.

http://revistaquem.globo.com/QUEM-News/noticia/2014/09/priscila-fantin-curte-piscina-com-o-marido.html

Se não clicou no link com a noticia, faça isso antes de ler ou de nada vai adiantar a leitura. e já clicou te convido a refletir em algo que eu nao entendo muito bem e acho que jamais entenderei.

Por que, em nome de Deus o fato de Priscila Fantin ter dado uma "ajeitadinha" no biquini se trnasforma em "noticia"??? Que tipo de sociedade somos? E detalhe: Segue-se a noticia um festival de fotos do corpo da atriz, algumas focando especificamente em sua bunda (muito bonita por sinal), que ficariam melhor na Playboy do que em um site que qualquer criança pode acessar.

Priscila Fantin não é o que se pode chamar de atriz. é uma daquelas belas mulheres que ganharam uma chance na tv mais por seus dotes do que por sua capacidade dramática, mas isso nem vem ao caso. O que vem ao caso é esta ânsia que temos em saber até se uma atriz do segundo escalão ajeitou seu biquini e onde e porque. E se estava com o marido. E se mais pessoas viram. E se estava chovendo ou fazendo Sol. Patético demais!

Estamos  a cada dia que passa abrindo mão de certos pudores, de certos limites que não deveriam ser ultrapassados. Privacidade  é algo que não cabe mais nos dias de hoje. A qualquer argumento minimamente razoável se interpõe o frágil e vazio argumento de que pessoas "públicas" não podem querer ter privacidade. Como assim? Pergunto como se sentiria a repórter que escreveu esta nota para a revista "Quem" se a personagem da foto fosse ela. Ou a editora que aprovou a publicão da mesma, como se sentira se fosse ela o alvo dos clicks? E se fossem seus respectivos filhos ou filhas? Iriam dizer o que? Que fotografar anonimos não pode por não serem eles mesmo famosos? Quer dizer que famosos não podem ter sossego e ir a uma piscina, mas anonimos podem?

Muitas vezes tendo a compreender porque artistas são por vezes grosseiros com estes ditos "paparazzis". Como reagir ao ter sua bunda exposta desta maneira? Priscila Fantin pode não ser alguém que faria "Lady Macbeth" por pura falta de competência, mas não precisa deste tipo de foto para consolidar sua carreiracomo atriz de produções" Globais", então creio eu, não se explica esta foto como promoção da mesma.

O texto cita que ela estava no ES para sessões da peça teatral que está encenando " A Besta", mas não diz qual o teatro e muito menos os horários das sessões, ou seja, se era para divulgar a peça o resultado não vai ser dos mais positivos. Por outro lado, Fantin já foi capa desta famigerada revista, o que mostra que de certa forma estes artistas se alimentam destas publicações para o seu próprio bem e a simbiose esta formada.

Mas o ponto central é que estas revistas só existem porque existem obviamente pessoas ávidas por compra-las para saber detalhes inuteis e imbecis como este. Se Fantin deu uma ajeitada no seu biquini o que tem demais? Mudará a ordem dos acontecimentos mundiais? Ajudará na descoberta de uma vacina contra o HIV? Não, não fará nada disso e um leitor mais desencanado poderá argumentar que isso traz distração, que em um mundo tão violento e blá,blá,blá é um refrigério ver Fantin ajeitando seu biquini. Bom, se alinha de raciocínio de alguém for realmente esta, eu prefiro não ter o desprazer de conhecer tal sujeito.

Vivemos em um mundo em que a privacidade (dos outros)é cada vez mais deixada de lado como conceito e vira uma abstração. Um mundo em que saber quem fez o que com quem quando e porque é considerado fundamental em detrimento ao que importa que são ao meu ver as reais necessidades de uma pessoa ou mesmo de uma comunidade. O glamour, o sex appeal, afutilidade estão ganhando terreno e uma velocidade nunca antes vista e fazendo com que deixemos de lado tudo o que nos foi ensinado como fundamental.

O culto a futilidade, a superficialidade é hoje introjetado em  nossa sociedade de uma forma a deixar poquissímas escolhas a quem dele quer fugir. Nossos valores estão sendo substituidos por outros bem diferentes, que encolhem nossos limites e tolhem nossa capacidade de absorver informações de uma forma a entender e separar o certo do errado, o válido do inaceitável o bem do mal.

Aceitamos este novo estilo de vida e nos congratulamos de viver desta forma porque não queremos saber de limites, queremos apenas viver da forma mais intensa, louca e rápida possível, ainda que isso nos traga uma falsa felicidade e demande uma dose cada vez maior de exposição a um material altamente vazio a cada dia.

Fomos apresentados ao lixo e, ao que parece, gostamos dele.

É isso.

Ouvindo: The Strokes


sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Lembranças...


Quando você toma consciência da sua própria finitude, tudo ganha uma outra dimensão. Lembranças que até então estavam esquecidas,  voltam a tona, aqueles pensamentos do tipo "e se eu tivesse feito diferente?" tendem a ganhar força e a vida como um toda ganha uma perspectiva diferente.

Hoje, ou melhor, agora, acabei de ver uma foto com minha eterna turma. Estavam quase todos lá, em Itanhaém, praia de Cibratel 2, casa da Paula, onde iamos de tempos em tempos, em um tempo que a vida era outra, as preocupações idem e ser feliz era mais fácil.Era um dia nublado, frio na verdade como se pode ver na foto, mas estavamos lá, pós almoço de Sábado, pós ida a Igreja pela manhã, celebrando apenas o fato de estarmos juntos.

E sim, estavamos juntos. Eramos unidos, quase irmãos, tinhamos um grupo musical, partilhavamos afinidades, partilhavamos amor em doses praticamente sem medida, pois não nos interessava sermos naquele momento aenas meio amigos, ou gostar mais ou menos de alguém. Eramos jovens, intensos e gostavamos de todos a nossa volta.

Eu estou ficando velho, careca e definitavmente já fiquei gordo. Na foto, eu era jovem (16) anos, cabeludo e arrisco dizer, bonito. Já maluquinho, mas não conhecia ainda o cinismo do mundo. Acho que nenhum de nós ali ainda o conhecia de fato. Pecavamos pela sem cerimônia de nos tratarmos de forma sincera. Mas o fato é que seguimos os nossos caminhos, muitas e muitas outras tardes se passaram, muitos invernos, acho que a casa ainda existe, acho que ainda existem traços de felicidade em todos nós e mesmo a felicidade plena em alguns.

Acho que nos tornamos menos tolerantes com tudo (todos), acho que alguns envelheceram com sabedoria, alguns permanecem ainda  carecendo dela, e outros infelizmente devem estar se perguntando o que foi feito de suas vidas. Normal.  Em uma foto com esta quantidade de pessoas, os destinos de cada uma delas já mais serão lineares e jamais serão vividas histórias que foram imaginadas nas cabecinhas ainda cheias de sonhos e ilusões que foram flagradas naquela tarde fria.

Eu lembro que depois daquela foto, choveu. Eu lembro que ficamos todos dentro de casa, conversando,interagindo. Não existia whats, face, nada disso. Não tinhamos outra saída além de conversarmos entre nós e nós conversavamos. O Paulão, pai da Paula, o dono da casa, tinha um Jipe. Não lembro se foi desta vez, acho que sim, mas nos divertiamos a bessa com ele e o Jipe. O Daniel, o que era meu melhor amigo e agora por algum motivo que não consigo compreender depois de tantos anos me ignora, estava namorando a Paula e confesso, nada me deixava mais feliz do que ver a felicidade deste meu amigo. Ele era pleno. Eu, sempre as voltas com minhas eternas meninas que eu queria namorar e não namorava. Não importa. Aquela tarde ficou gravada em minha existência.

Eu creio que cada um de nós que estavamos lá, tenhamos memórias muito particulares deste fim de semana, o que pode levar a uma divergência de informações. Mas o fato é que foi sim, um final de semana como poucos, um final de semana para ficar na memória. Ao menos naminha ficou.




É isso

Ouvindo: Commissioned

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Cara, eu vou morrer!


Aos que me conhecem não soltem ainda os fogos de artifício. Calma lá! Eu vou morrer sim, mas por enquanto isso é só uma constatação, não uma noticia consumada. Desculpem frustra-los com uma noticia tão impactante e creio ( e espero eu) ainda um pouco distante, mas o fato é que eu vou morrer e tenho tomado uma consciência cada vez maior disso.

Não queria morrer, este é o fato. Queria ser um Highlander e viver sei lá, 238 anos. Mas quer saber? Que graça teria ver todas as pessoas que amo morrendo e eu ficando? Qul o sentido de ver minha filha, meus netos futuros e os filhos dos meus netos e até os filhos deles morrendo? E eu lá, vivão da Silva? Não faria muito sentido para mim. Eu quero sim viver o máximo possível mas sempre dentro de uma normalidade. Mas o que tem me assustado é esta percepção cada vez mais palpável de que a morte está ali, a espreita, pensando  em maneiras de me pegar e que em algum momento ela vai pegar.

Hoje se tenho uma dorzinha qualquer no peito me desespero. Sou gordo, amo picainha e outras coisas gordurosas e sei que posso ter um enfarte a qualquer momento. Sim, a qualquer momento e isso é que é o assustador. Estou aqui escrevendo e de repente posso não terminar sequer este post, ( o que seria bom pra quem ainda se enfia na excruciante tarefa de ler as bombas que escrevo). Tenho Diabetes. Posso a qualquer momento também ter uma subida tão implacável das taxas de açucar no meu sangue que pode nao dar tempo de tomar remédio algum e BANG! morri.

A perspectiva de morrer me deixa mais alerta mas principalmente está me transformando aos poucos. Sei que é lugar comum isso, sei que é clichê da pior espécie mas é isso mesmo. Me sinto cada vez mais no dever de mudar posturas, atos, de medir palavras, de pensar para falar, de ser uma pessoa diferente do que venho sendo.

E ai começam minhas angustias pois me sinto aos poucos me auto domesticando. Não quero virar um  Teddy Bear. Mas aos poucos sinto que é o que vai acontecer.Não pelo medo da morte apenas mas pelas consequências que este medo traz. Não quero morrer mal com ninguém, não quero morrer sendo tão incompreendido, não quero morrer sendo alguém de quem não se gosta de estar perto. Por outro lado, não quero muita gente perto de mim, não quero suavizar o meu discurso pra ser compreendido por todos, Gosto de ter uma certa impulsividade. 

Sim, contradição é meu sobrenome e ao me ver no limiar da vida, já que os meus primeiros 41 anos passaram voando, e sei que o restante também passará da mesma forma o que me faz pensar se não vale a pena uma mudança de atitude.

Acho que cresci finalmente, sei lá.  Acho que talvez ver minha filha crescer e ter que tomar decisões por ela mesmo, mu,itas das quais ela não está pronta embora se ache plenamente capaz,  seja para mim como olhar um espelho que me reflete com cabelos longos e roupas curtas e me deixou com uma visão clara sobre minha finitude. Eu vou morrer. Pode ser amanhã, pode ser daqui a 40 anos, mas eu vou morrer.

E quando eu morrer, a vida vai continuar para as outras pessoas. Os plantões de vendas continuarão a funcionar, as pessoas ao saírem do meu enterro irão continuar seus afazeres e isso é o que se espera mesmo, pois a roda da vida não para de rodar para os que ainda estão dentro dela.

Sei que esta reflexão ficou bem xoxinha, mas falar sobre a nossa morte não é um assunto que force suamente a ser criativa, afinal eu quero mais é estar vivo. Quando eu morrer tudo o que escrevi, tudo o que eu disse, tudo o que eu vivi se dissipará nas brumas do esquecimento. Nao é o pior dos mundos ser esquecido. O pior dos mundos é não ter feito nada. Pois se algo feito, ainda que não reconheçam, foi feito e mérito não se pede, mérito não se compra, mérito é algo que simplesmente está ali, implicito ao que foi executado. Tenho ainda quem sabe uns bons 40 anos para fazer algo digno de mérito e é isso que quero fazer, esta é minha meta, este é o sentido que norteará a minha vida de hoje em diante.

Mas eu vou morrer. E pode ser amanhã.

É isso.

Ouvindo: Soul Parsifal

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Todos Contra Silas Malafaia

Silas Malafaia. Como pregador, imbativel. Como pessoa, não conheço e posso conviver muito bem com este fato. Como polemicista, bom, ai eu questiono: É Malafaia um ser polêmico ou apenas tem opiniões em um mundo onde ter opinião é cada vez mais raro?

Fico com a segunda opção. Malafaia paga o preço por ter opiniões firmes, que vão contra o politicamente correto tão tacanho de hoje em dia. Não, não se trata de defende-lo, até porque ele deve ter ótimos advogados para faze-lo. Mas trata-se de ser minimamente justo. Mafalaia apenas fala do que acredita e falando do que acredita e teimando em não ceder um milimetro que seja em sua crença original acaba atraindo ódio e amor na mesma medida.

Malafaia fala sem medo, sem papas na língua, sobre aborto, casamento gay, defesa da família entre outros assunto, inclusive, politica. Não concordo com sua abordagem politica que é absolutamente direcionada a este ou aquele candidato que melhor lhe convém. Mas vamos ser honestos, ele não é o cara que finca pé no lado vencedor, escolhe um candidato que lhe apresente a melhor agenda no momento para os evangélicos e com ele fica. Ganhando ou perdendo. O ruim disso é usar de sua imensa popularidade para angariar votos. Acho isso errado, influenciar  pessoas que deveriam pensar por si só e acabam indo na idéia dele por ser um lider espiritual. Mas quer saber? Até isso ele faz com transparência, sem ficar com meias palavras e isso é admirável no mundo de hoje.

Mas é no campo dos direitos homossexuais que Malafaia mais compra brigas. Ele é contra o casamento  entre pessoas do mesmo sexo, pos entende que familia é composta de  homem mulher e filhos. Nada de homem x homem, mulherx mulher. Concordo com ele? Sim e não.

Do ponto de vista estritamente historico da Biblia, Malafaia está coberto de razão. No mundon contemporâneo, não. A mensagem do evangelho não será absorvida por todos, isso é um fato. As pessoas tem o direito de não aceitar a mensagem de Cristo ou mesmo  de adapta-la para o contexto que melhor lhes aprouver. Elas se entederão com Deus no Juízo Final, assim como eu e você que lê, então bradar impropérios contra elas não ajuda em nada, apenas a fomentar o ódio.

Nem todos os seguidores e Malafaia conseguem absorver suas palavras com equilibrio e principalmente serenidade. Ao contrário, as utilizam como validação para atitudes preconceituosas e que geram conflitos onde eles não são necessários. Malafaia deveria atentar para isso e se nõ abrandar seu discurso, coisa que jamais fará, ao menos deixar claro que todos tem direito de pensar e agir conforme querem e ser gay, é direito de cada um, não cer em Deus, idem, em suma, pensar diferente do que ele pensa e orienta seus fieis a pensarem não é errado é saudável, pois sem debate a vida não se desenvolve.

Malafaia acaba atraindo para si os holofotes  e desconfio que ele adore isso, com sua postura e discurso. Não tenta atenuar,  e atenuar aqui não é mudar a mensagem já que ele crê, tem mesmo que pregar sobre ela, mas a forma como prega.  Acontece que embaixo desses holofotes ele atrai um sem número de pessoas que o veem e  não somente a ele, mas de tabela a todos os cristãos, como fundamentalistas tolos. Isso é péssimo para toda a comunidade cristã que é composta por pessoas com um pouco mais de equilibrio para expor suas opiniões e acabam tendo como porta voz involuntário pessoas como Malafaia, Feliciano (dete nem ale a pena escrever) entre outros. E se todos ficam contra Malafaia, ficam de certa forma, contra os cristãos em geral.

O último acontecimento que se deu com Malafaia é lapidar sobre como suas palavras acabam trazendo de forma desnecessária uma imagem de intolerância e ódio sobre ele e os outros cristãos. Estava Malafaia em um voo da Gol partindo sei lá de onde para chegar não faço idéia  também em qual destino quando uma moça resolveu fazer uma "selfie" esta famigerada forma de auto retrato tão vazia quanto comum no mundo de hoje. Pois bem  a moça só fez a foto porque atrás dela estava Malafaia e sua esposa. A moça espertamente aproveitou para colocar em uma folha uma "mensagem de tolerância" segundo ela embora na verdade não tenha pasado de provocação barata ao qual Malafaia segundo todos os relatos caiu ao chama-la de estúpida. Um lider cristão não precisa chamar quem quer que seja de "estúpida" apenas deve  agir como seu mestre maior, Jesus, agiria. Malafaia sabe bem como Jesus agiria em uma situação dessas afinal, eu, com muito menos conhecimento biblico o sei, então seu destempero se deu apenas para lustrar  e fixar sua imagem de homem inflexivel. Triste, porém é a verdade.

Malafaia deveria ao meu ver como lider inconteste que é, lutar por um mundo onde cirstãos, ateus, e praticantes de outras vertentes religiosas pudessem conviver em paz, não marcando posição tão contrária ao entendiento como faz ultimamente. Não creio de forma alguma que Malafaia o faça por mal ou tenha alum grande plano de dominaão mundial via religião, apenas acho que se perdeu  em suas crenças a ponto de não se importar de ser visto como um intolerante o que eu acredito que ao final das contas, ele não é, por mais que se tente se parecer com um.

Todos os nao cristãos nao simpatizam com sua imagem, e não se fala no seu caso de mal versação dos recursos de sua igreja o que no panorama de hoje já é uma tremenda vitória, pois os telepastores de hoje em dia são tão descarados neste quesito que enojam a todos os que minimamente querem ser semelhantes a Cristo, mas suas palavras contra gays, contra o aborto ( falar sobre este último tema estenderia o post demais) acabam fazendo com que Cristo acabe ficando escondido atrás de sua catilinária desnecessária e por vezes mais raivosa que o aceitável.

É isso.

Ouvindo: Minha nova paixão musical, o CD "Pedaços" do Pastor Fernando Iglesias" Gente, é excepcional!!!!

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Desafio da foto sem maquiagem. ou de como a futilidade é o motor da humanidade


Houve o desafio do balde de gelo. Uma bobagem. Bem intencionada para alguns, mas uma bobagem. Agora temos o desafio das fotos sem maquiagem para as mulheres. Futilidade em estado puro. Falta do que fazer.  Mas vamos perder alguns minutos pensando a respeito. Isso se você quiser é claro. Se não quiser, pare de ler e vá fazer algo útill. Eu mesmo faria isso. Ler o que eu escrevo é pior do que tirar foto sem maquiagem, uma perda de tempo maior ainda. Mas como sou muito inteligente as pessoas acabam lendo. Coitadas.

Vivemos em uma sociedade, (e digo isso a nível global, around the word) em que as mulheres são reduzidas a pouco mais que serviçais de seus homens ou de homens estranhos. Raras são as que rompem este círculo em que ganham 30% - em média que os homens para funções análogoas,  ou trabalham muito mais para sustentar filhos que tiveram com homens irresponsáveis e os abandonaram ou ainda aceitam se sensualizar (para não dizer outra palavra) para granhar uns trocados ou apenas a atenção dos homens. Lamentável.

Claro que algumas como Carly Fiorina, que chegou a CEO  da HP, ou a Brasileira Debora Wrigth que chegou a General Manager na Kraft Foods  mostram que é possível sr mais que um rostinho bonito, seja com maquiagem ou sem, mas quantas outras podemos citar? Quantos "cases" de sucesso de construção de carreira podemos usar aqui para falar que as mulheres galgaram a posição que merecem na nossa sociedade?

Quando eu era adolescente lembro de uma jornalista, Claúdia Vassalo que chegou a Editora da Revista Exame, do Grupo Abril, a mais importante publicação sobre negócios  do Brasil. Adora ler suas matérias. Com uma linguagem clara, porém sem abrir mão de um estilo próprio de escrita que me faz perceber na hora quando o texto é dela, fugindo da padronização canhestra de tantos jornalistas que vomitam palavras na frente do notebook. Sinceramente? Não consigo imaginar que Claúdia, Debora, ou Carly tenham tempo para postar fotos sem maquiagem para suas amigas e ainda "desafiarem" (veja bem, elas dizem isso, "eu desafio" como se isso fosse realmente um desafio, MY GOSH!!!!) outras executivas ou jornalistas  a fazerem o mesmo. 

Claro que todos temos direito a momentos de descontração, mas isso é bobagem mesmo. Quando as mulheres entenderem a força que elas tem, farão algo mais util para as suas próprias vidas do que simplesmente  postarem fotos em maquiagem. 

Dou aqui, humildemente, algumas sugestões:

1. Desafio as mulheres a exigerem equiparação salarial quando não houver. Desafio que elas obriguem seus empregadores a serem "gente" e pagarem o mesmo para funções análogas.

2. Desafio as mulheres  a exigirem o fim das piadas sexistas nas redes sociais. Piadas que as humilham e são curtidas por elas prioritariamente.

3. Desafio as mulheres a exigirem creches para seus filhos por parte de seus empregadores. Hoje menos de 20% das mulheres qu trabalham CLT tem tal direito. Ou que tal auxilio creche?

4. Desafio as mulheres a denunciarem todos os homens que maltratam a elas e seus filhos. Seja com agressões físicas ou verbais. Desafio a todas que quebrem o silêncio.

5. Desafio as mulheres a exigerem andar com a roupa que bem entenderem sem serem chamadas de putas, vacas ou vadias. Se imponham, mostrem que quem vocês são  independem da roupa que vocês vestem.

Depois destes cinco pequenos exemplos acho que poderiamos brincar todos de postar fotos das mais varias formas.

É isso.

Ouvindo: Hole