quinta-feira, 10 de novembro de 2011

O Palhaço (ou como ir ao cinema e sair de alma lavada)

A primeira cena de "O Palhaço" evidencia duas coisas: Primeiro, Paulo José não é apenas um dos melhores atores do Brasil: É um dos melhores do mundo! A segunda é que Selton Melo vai ser um dos maiores do munto também.

Como diretor sua estréia já havia sido muito boa, mas o tema árido não ajudou e agora, nessa comédia com lances de drama e interpretações sublimes da grande maioria do elenco, ele se coloca na vanguarda dos grandes diretores nacionais.

"O Palhaço" me fez rir me fez chorar me fez sobretudo refletir. E um filme quando consegue fazer o expectador refletir, seja sobre qualquer referência que traga a mente, cumpre seu papel.

Não se dispara um tiro sequer durante o filme, também não é um filme de dialogos densos, pretensamente intelectual, nada disso. é um filme simples, com um argumento igualmente simples e porisso toca tão fundo no coração.

O desfile de artistas de ontem e hoje é comevente. Ver Teuda Bara, Jorge Loredo, Moacir Franco,(este simplesmente sublime na pele de um delegado de policia) Ferrugem (apenas ok) e tantos outros é um capitulo a parte no todo que compõe este grande filme.

A história é simples e de tão simples comovente. Uma jornada em busca do eu, em alguns momentos até rasa, porque falta tempo e estofo no roteiro para aprofundar as tristezas do trágico Benjamin (Selton Melo) ainda sim a mensagem final (que não entregarei, of course) é de uma singeleza impar, lava a alma de qualquer pessoa com o minimo de senssibilidade a últma cena deste filme.

Não tem como contar o filme sem entrega-lo então o melhor que posso fazer é recomendar a quem lê aqui, que assista "O Palhaço" de longe, a melhor produção do cinema nacional neste 2011.

É isso.

Ouvindo: Queen

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