domingo, 19 de maio de 2013

Eu ainda choro por Whitney Houston


Sim, eu ainda pranteio sua morte. Sei que tempo já se passou, sei que nunca a conheci  pessoalmente e pode parecer insano, mas eu me pego as vezes com uma profunda tristeza por sua morte. Agora, me preparando para ler sua tão esperada biografia, essa tristeza se acentua. Li alguns trechos, li declarações de Clive Davis, o mítico produtor  que construiu sua carreira, sinto que ela partiu cedo demais, que ainda tinha muito por fazer.

Não sou um fão idiota e sei que as drogas acabaram com ela, tanto as químicas quanto algumas da estirpe de  "The Bodyguard", mas tudo isso para mim é absolutamente aceitável, efeitos colaterais na vida de alguém que teve tudo em tão pouco tempo e não soube lidar com isso. Whitney estava acima disso. Era cantora como poucas, muito poucas, compensava a falta de beleza física e dotes sensuais com sua voz cristalina que atingia notas que pareciam não terem sido feitas para serem alcançadas por uma cantora popular (e nisso residia um de seus maiores encantos, ela era sim, popular, mesmo usando arranjos normalmente elegantes e sofisticados em suas canções), tinha um carisma absolutamente insuperável com o público o que na verdade é tudo o que importa, porque artistas são seres humanos e não tem que ser bacanas com todo mundo, mas tem obrigação e o ser com seu público.

Whitney não obstante ser uma cantora secular, a maior delas, nunca abandonou sua origem cristã, e sempre gravava hinos, algumas vezes em dueto com cantoras como Cece Winans, outras vezes em solo, ma sempre de forma linda, emocionante e curiosamente sincera. Cantando standards gospels, Whitney se despia de qualquer mascara e se revelava como uma pessoa que realmente queria viver o que cantava, embora as drogas e o show bussines a impedissem.

Não me importa de forma alguma as circunstancias de sua morte, que se tornou anunciada anos antes a bem da verdade, sendo apenas uma questão de tempo já que desde "I look You" seu último álbum de estúdio, a industria não estava interessada de forma alguma em lhe endireitar a carreira querendo apenas colher tanto dinheiro quanto fosse possível antes de sua morte. Pois bem ela rende até hoje milhões ano após ano para sua gravadora e todos os envolvidos na ideia de fazer a roda da fortuna girar. Whitney morreu em um quarto de hotel, sozinha, e depois não faltaram cretinos para falsamente dizer o quanto ela era bacana e legal, os mesmo cretinos que em entrevistas anteriores decretaram sua morte artística.

Vale lembrar que o seu legado é eterno e jamais se dissipará, ao contrário de cantoras cretinas e feitas sob encomenda de gravadoras como Mariah Carey que com seu intragável "Emancipation of Mimi" conseguiu produzir o álbum mais constrangedor da história da música contemporânea e já está relegada ao ostracismo ainda em vida , ou mesmo idiotinhas que fazem sucesso hoje em dia como Taylor Swift ( gosh!, como alguém se dá ao trabalho de ouvir uma merda dessas?) ou  aberrações como Cristina Aguilera ou Pink (a que pontos chegamos!). Whitney não. Com seus mega hits é eternizada e cultuada quanto mais o tempo passa. Com toda a justiça  gerações posteriores a minha saberão quem foi Whitney enquanto  essas mesmas geração desconhecerão futilidades como Miley Cirus e quetais.

Eu choro quando ouço sua voz potente. Eu choro quando penso na grande serva do Senhor que ela poderia ter sido. Eu choro quando revejo no vocêtubo  duetos como "Bridge Over troubled Waters"  que ela protagonizou com Cece Winans.



Eu choro sobretudo quando olho o panorama musical  atual e vejo o buraco que ela deixou e a clareza de que ele jamais será preenchido. Alicia Keys? Perfeita cantora, mas um trabalho autoral demais a impede de ser uma super star. Beyonce? preferiu ser possuída por Sasha Fierce seja lá o que isso signifique além de se casar comum dos rappers mais idiotas e inúteis de todos tempos o tal do Jay Z, que musicalmente é um Z(ero) a esquerda devendo ser esquecido quando se fala de música séria. Eu choro quando me lembro o quanto essa voz me fez feliz e o quanto suas interpretações me ensinaram sobre como a música deve ser: Recheada de verdade por todos os segundos que ela durar, jamais servir para outro objetivo que não seja emocionar, alegrar, dar suporte ou qualquer outra característica que emocione a quem a escuta.

Whitney era  a verdade musical como poucos artistas um dia foram. Da estirpe de J. Cash, Antonio Marcos, Tom Jobim, Maria Callas,  Montserrat Caballet, Fred Mercury e, bom... são pouco né? Eu choro, e eu choro muito ainda, por Whitney Houston.

Whitney, R.I.P

É isso.

Ouvindo: Escrevendo um post sobre minha querida Whitney, o que mais eu poderia estar ouvindo? As vezes sou muito idiota e redundante!

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