domingo, 18 de agosto de 2013

sete meses no purgatório (embora ele não exista!!!)


Dizem que o tempo passa voando. Nem sempre. Quando se está no purgátório, (purgatório aqui é apenas uma metáfora ok?) ele passa bem devagar. Você pode ouvir Madredeus, você pode ler e reler os clássicos da literatura, você ficar bolando  mil textos incríveis, pode enfim, fazer o que quiser, porque ele, o tempo, se recusará a passar.

Tive meu purgatório. Pessoas invejosas, mal amadas e incompetentes conseguiram o inflingir a mim. Foram exatos 7 meses e 4 dias sem trabalhar. Vivendo de bicos eventuais, em plantões que eram na verdade circulos do Inferno tal qual Dante os descreveu (Dante Aliguieri, a Divina Comédia, se não leu, o que está esperando?) foram dias de dor, sofrimento, lágrimas, indagações sobre mim mesmo, sobre competência, sobre quem eu sou e porque sou como sou. Tive meu  "To be or not to be" ( A tragédia de Hamlet, Principe da Dinnamarca, de William Shakespeare, não leu também? o que você lê? Paulo Coelho? pare de ler meu blog então, as referências não estão a sua altura intelectual)  foram dias em que pensei que finalmente viraria gari e me aterrorizei mais ainda ao me lembrar que talvez minha escolaridade não fosse suficiente para tanto.

Pessoas  riram de mim, comentaram sobre meu ocaso, celebraram minha ausência, congratularam-se com meu sofrimento e só o Creci ficou triste por não poder mais me autuar e ganhar dinheiro as custas de quem quer trabalhar e nada mais. Eu realmente achei que era meu fim como corretor, meu fim como pessoa, meu fim, enfim. ( Eca!!! meu fim enfim? você é burro Miranda?)

Mas, (sim, tem um mas), o CRECI foi bacana comigo e me regularizou. A empresa que trabalho agora, foi mais bacana ainda comigo e me acolheu. Me deu um plantão. Tudo que eu precisava era um plantão e a Lil (Lopes interios e loteamentos, empresa do Grupo Lopes, a imobiliária do coração) me deu.

Em uma semana, foram exatos 3 atendimentos. Foram exatas duas vendas. Foram vendas lindas. Tecnicas, sem sorte, só com argumentação, perícia e muita, muita vontade. Eu tive garra, eu batalhei, eu estava com fome. Eu estava faminto na verdade e eu precisava acima de tudo mostrar quem eu era. Se o  plantão que me fosse oferecido fosse no Saara, eu iria e venderia. Se fosse em Macau, também. Meus 7 meses de infelicidades chegaram ao fim. Hoje eu posso sorrir. Eu posso bater no peito e dizer que quem eu era nunca deixei de ser. Eu pude finalmente mostrar a quem queria minha ruína que ela esta longe de acontecer.

Eu revivi. Eu estou melhor que nunca, mais motivado do que jamais estive, com o estoque de energia praticamente ilimitado, como se tivesse me dopado para correr os 100metros rasos 12 vezes e ganhar 14. Esquece, eu retornei, eu triunfei. O purgatório ficou pra trás, a tristeza, nem me lembro dela.

Chamem agora um matador de aluguel pra me frear, porque o CRECI não pode mais. Chamem a Cavalaria, vão a mesa branca e chamem o Marcelo Pesseguini para me matar ou melhor, chamem de fato quem matou a família, (ele incluso) porque pra me frear, só me matando.

Eu nãoa ceito ser mais ou menos. Eu não aceito ser mediocre. Eu não aceito o conformismo. Eu só aceito estar na ponta. Sempre. Esse sou eu. Não gostou? Entra na fila dos que me odeiam, mas prepara as mãos pra bater muita palma, vai ser inevitável. E lá, no seu intimo, aprenda comigo!

É isso.

Ouvindo: Palpitação, obra de arte do Madredeus

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