quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

A maldita obrigação de vender


A pirataria matou o CD. Isso é ruim? Não acho. Acho maravilhoso. Pena que os artistas ainda não tenham entendido isso. Pouco me importa neste post, os artistas seculares, pois depois de J. Cash, pouca coisa se fez prestável no mundo da música, mas falo aqui dos artistas ditos Cristãos. São eles, que cada dia mais tem essa maldita obrigação de vender.

Hoje, cada dia mais a música Cristã está igual e guiada pelos mesmos parametros da música secular, que é o parametro da venda. Claro que o artista tem que vender seu trabalho, afinal vive dele, isso é obvio e só menciono porque tem muito retardado sem compreensão de texto que insiste em ler meu blog, então tem que deixar explicadinho para essa patota também.

Mas antes de vender, antes de pensar em vender, o artista Cristão tem a OBRIGAÇÃO de buscar a sua identidade e fazer um trabalho que transpire verdade e sobretudo Cristo, por todos os poros. Sim, OBRIGAÇÃO, nada menos que isso.

Não falo de genero musical a ser seguido e muito menos que só se fala de Cristo de forma verdadeira se a mpusica for do tipo A, B ou C. Nada disso. Mas seja um Rock, um Rap, algo mais tradicional, instrumental ou o que quer que seja, o trabalho de um músico que trabalha a música dita Cristã deve refletir o motivo maior de sua mensagem, ou seja o próprio Cristo. Então tanto faz o que se canta ou se toca, desde que o alvo seja mostrar a figura e o carater de Jesus de forma fiel.

As grandes gravadoras entraram no mercado evangélico por ser o único em que os números ainda apontam no minimo para uma estabilização em número de CDS vendidos, pois o secular só cai e os artistas estão entendendo que podem ter com isso total controle sobre o que produzem desde que consigam canais eficientes ( que estão obviamente na internet sobretudo) de distribuição. Muitos destes artistas na verdade já partiram para o que eu considero ser o futuro da música ao distribuir gratuitamente seu conteúdo e cobrar pelas performances ao vivo em shows.

Isso traz duas questões importantes: Ao vivo é muito mais difícil enganar as pessoas, ou seja, artistas mediocres tendem a sumir do cenário seja ele secular e muito mais ainda no cenário Cristão que conta com um público mais exigente. Segunda questão, esta mais espeicifica para o contexto dos evangélicos: é necessário encontrar um equilibrio saudável e aceitável entre o que se  quer cobrar e o que se é justo cobrar por um show Cristão.

Muitos crentes tem urticárias só de ouvir em uma mesma frase a palavra "show" e a palavra "Cristão", mas não, não são elas palavras rivais, muito pelo contrário, uma apresentação de artista do meio evangélico deve ser toda ela um show que exalte a Cristo. Só um tolo não vê a clara lógica por trás deste raciocínio.

Acontece que os artistas cristãos estão cada vez mais correndo atras das "grandonas" Sony, Som Livre, IMI,  entre outras buscando contratos que garantam distribuição nacional de seu trabalho e muitas vezes um orçamento que garanta um bom produtor e obviamente uma boa produção. Claro que se o artista é talentoso, carismático ou ambos as gravadoras oferecerão contratos, mas ai entra o título do post, pois estes contratos vem antes de mais nada com a maldita obrigação de vender!

Elas estão erradas? Sim e não. Não porque são gravadoras, dependem da venda de seus produtos para fazerem mais produtos, pagar salários e gerar valor para seus acionistas, isso é inquestionável, mas o artista Cristão não pode se guiar por esta obrigação. Porque a música Cristã. querendo estes mesmo artistas ou não e suas gravadoras respectivas tem sim um cenário abarrotado de questões muito particulares que fazem com que a música que eles escolheram executar seja muito mais que um produto, seja benção ( ou maldição) as vezes, na vida de quem as escuta.

Seria muto melhor que tais artistas se vinculassem a gravadoras conduzidas por pessoas que partilhassem sua fé, e entendessem as questões particulares que cercam este tipo de negócio ( sim, é um negócio. apenas que é um negócio que deve ter Cristo como sócio, só isso), que não coloque pressão comercial e entenda que muitas vezes um artista precisa  de dois, três álbuns para amadurecer seu potencial, para ser o grande músico que dele se espera e sem este respaldo talevz ele naufrague no primeiro trabalho.

Por outro lado é visivel a olho nú que as grandes estão sufocando as gravadoras com DNA 100%  cristão e absorvendo seus melhores artistas e por este motivo, advogo a idéia que músicos que escolheram o caminho de propagar a mensagem do evangelho devem ser indenpendentes, buscando apoio na Internet entre outros possíveis para distribuir seu material e treinar e capacitar empresários também cristãos que saibam negociar cachês e contratos para apresentações que garantam uma boa parte de sua renda mensal.

A maldita obrigação de vender, não pode se aplicar de  forma alguma aos artistas que se denominam cristãos sob pensa de matar a originilidade, verdade e sobretudo o ministério ao qual eles se propuseram a levar. Se não se propuseram a ministério algum, ai me desculpem, estão todos loucos.

É isso

Ouvindo: VPC, um dos grupos que jamais se desviou do seu ministério original e por este motivo tem meu total respeito.

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