sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Um Brasileiro vai ser executado Domingo na Indonésia


Claro que sou 110% contra a pena de morte. Uma solução ao meu ver bárbara, tipica de povos que preferem pagar a violência extrema, seja ela da forma que for expressa com um outro tipo de violência ainda mais extrema, se é que é possível ser mais extremo que o extremo. De qualquer forma, matar alguém por conta de um erro que esta pessoa tenha cometido é ao meu ver brutalizar e diminuir o grau de humanidade da sociedade que aceita tal mal feito.

De qualquer forma a sociedade da Indonésia aceita e mais do que aceitar, apoia a pena de morte para crime de tráfico de drogas. E quando uma sociedade aceita este tipo de agressão contra ela mesma, essa vendetta barata que me causa repulsa e deveria causar a qualquer a qualquer pessoa de bem, ela apenas esta comunicando que quer que seu País ao invés de julgar e punir os crimes cometidos por cidadãos de seu próprio seios ou estrangeiros, se vingue dos facínoras. Simples assim. Acontece que governos e sua justiça estabelecida não estão ai para vingar-se e sim para dar a pena justa, que jamais deveria ser pagar uma vida com outra ou pagar 13kg de drogas, no caso do Brasileiro com uma bala na testa.

Será que dorme bem o executor? Será que ele em seu íntimo concorda com o que é pago para fazer? O consumo de drogas na Indonésia caiu de 2003 para cá? (ano em que o Brasileiro foi preso) E agora com ele finalmente executado desaparecerá de vez? A miopia do  governo Indonésio me parece flagrante. Se o cidadão Marco Archer tentou entrar com tal quantidade de drogas no território deles é apenas por um motivo: Existe demanda para tal quantidade e obviamente, muito mais. Que tal executar o público consumidor também? Que não deve ser pequeno e deve ser é bem abastado, isso sim, uma vez que a dificuldade em conseguir a droga por conta de tamanha repressão deve ser bem grande.

É evidente no entanto que nem usuários, que devem ser tratados e nem traficantes, que devem ser presos por determinado número de anos e depois soltos para que tenham uma nova chance de viver em sociedade com  seu crime pago, devem ser mortos. Quando se decide por esta via, seja na Indonésia, seja em qualquer outro lugar, inclusive nos Estados Americanos que aceitam esta prática ou nos cantões da China, o que temos é um mundo que se mostra indiferente com a barbárie que se comete em alguns lugares e ainda pior, se rebaixa a altura dos executores. Sim, se rebaixa, pois a falta de indignação se transforma em aceitação passiva, em observação indiferente e isso é ainda mais abjeto quando este silêncio é motivado por questões "diplomáticas". Quando seres humanos viram moedas, realmente é trágico.

No caso do Brasileiro, ressalte-se que a Presidente  Dilma tentou, sem sucesso, dialogar com o brutal presidente Indonésio, que pouco mais que um pateta que é, disse compreender os motivos da Brasileira mas que não poderia tender seu pedido pois o Brasileiro teve um amplo direito de defesa e cumpriu todos os tramites jurídicos  até chegar a sua condenação final. Balela. Justiça na Indonésia? para Brasileiro? Cala a boca né!!!!???

Não conheço Marco Archer e nem me comovo com sua situação afinal de contas e acho que o crime de tráfico de drogas tem que ser sim punido de forma dura, mas a morte não é justificável neste e em nenhum outro crime, pois somos, antes de mais nada, seres humanos pensantes que podemos ter penas justas que preservem a vida do nosso semelhante por mais diferente de nós e pária de toda uma sociedade o crime que ele cometeu o tenha tornado. Indignação é a palavra que define meu sentimento hoje.

É isso

Ouvindo: Pedro Mariano

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