terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

O que quer Rachel Sheherazade?



Pessoas virulentas e tomadas pelo ódio como Rachel S. (ta louco que vou ficar escrevendo este sobrenome hilário o tempo todo né?) normalmente apenas me despertam um riso torto no canto da boca. Normalmente são pessoas tentando transformar-se em personagens, marcar sua passagem pela Terra de alguma maneira, sendo emitindo opiniões cretinas, seja transformando suas palavras virulentas em ações idem.

Acontece que Rachel, desde o vídeo em que ela chocou o país achando correto acorrentar um suspeito ao poste até a chegada da polícia e aqui, não vou entrar no mérito se foi algo certo ou errado, soube capitalizar muito bem sua imagem junto a uma direita que vem ganhando corpo cada vez mais musculoso no Brasil ainda que acéfala e mirrada de idéias sérias e consistentes para o bem do país.

Rachel está virando uma espécie de "musa" deste povo que quer a volta dos militares ao poder, quer a pena de morte, quer prisões como as de Reality Show gringo onde todos são tratados como irrecuperáveis e estão a um passo da agressão física diária. Rachel ao que parece tem projetos que vão muito além de ser uma boa jornalista, com esta turma no poder, ela sabe que pode ir longe.

Rachel espicaça tudo  e todos que possam representar algo diferente do seu ideário direitista. Fala sobre a valorização da polícia por exemplo, que eu como ser pensante que sou aprovo e iria de braços dados com ela em uma manifestação que exigisse melhores salários, plano de carreira, jornada justa e demais itens que tornassem a vida dos policiais que diariamente correm riscos para proteger a nossa vida mais digna. Mas nunca ouvi Rachel falar que junto a esta atitude a polícia precisa ser também depurada em seus quadros já que bandidos da pior espécie fazem parte dele.

Ela se esquece também que ao fazer a apologia ao justiçamento pela sociedade civil aos crimes que esta sociedade sofre, esta dispensando a ação policial e da justiça estabelecida, já que a mesma sociedade que acorrenta um bandido a um poste deveria também julga-lo, condena-lo e por que não? Faze-lo cumprir a sentença imediatamente, jogando-o em qualquer lugar que pareça um presídio. Acontece que se isso for levado a termo, a sociedade poderá julgar com a mesma sanha por justiça tanto o estuprador e o assassino quanto o delinquente que rouba uma lata de óleo para sua mãe cozinhar. É isso que queremos?

Eu odeio com todas as minhas forças este espectro político viciado que tomou conta de nosso país. Os Petralhas são um câncer a ser extirpado sem anestesia para que voltemos a ser uma nação digna e justa, se que já fomos um dia. Acontece que tampouco admito esta catilinária direitista da qual Rachel quer ser a porta voz que nos suprime direitos, nos reprime, nos faz pessoas de segunda classe na medida em que raciocinar se torna crime para eles caso o raciocínio seja contra o que eles pregam e acreditam.

O maior problema de Rachel é que não fica claro se ela realmente acredita piamente no  que diz ou se apenas cava seu posto de porta voz informal deste povo descerebrado que faz do equilíbrio uma quimera distante e inatingível pregando o medo  de um lado e a solução para ele na forma mais violenta e sem sentido que se consiga encontrar. Seria bom para ela se a sua real posição ficasse clara, assim as pessoas poderiam saber o que e como ela pensa. Uma pessoa que diz seguir o Evangelho de Cristo com ela disse em entrevista a uma revista de Alphaville, bairro requintado onde mora, não pode ser porta voz de pessoas que buscam resolver pela força problemas que se resolveriam com conversa, boa vontade e sobretudo bom senso. Rachel, quem é você afinal?

É isso

Ouvindo: Pitty

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