quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Eu decidi


Eu decidi que posso chorar a hora que eu quiser, sem ter que me esconder, sem ter que pedir licença para ser sensível, sem me envergonhar de ser como sou. Eu decidi também que posso gargalhar sempre que tiver vontade porque a felicidade é tão fugaz as vezes que tem que ser vivida ao máximo.

Eu decidi que se eu quiser cantar uma canção do Michael Bublé a plenos pulmões eu vou cantar sem me importar se existem pessoas ao lado para ridicularizarem  minha voz rídicula por natureza. Que se dane! Cantar me liberta, então eu vou cantar e ponto final.

Eu decidi amar a todos, até quem não me ama porque esperar amor em troca do amor que se dá é o caminho mais rápido para a decepção, mas dar amor sem nada esperar em que pese parecer insano é na verdade lúcidez em estado puro.

Eu decidi também que os parametros de "normalidade" que a sociedade coloca pode servir para ela, sociedade, e por mais que eu entenda que ninguém é uma ilha e interagir é preciso, eu entendo também que respeitar a mim mesmo e minhas crenças e motivações ainda que pareçam loucas é primordial.

Eu decidi mais ouvir do que falar. E não decidi calar por não ter o que dizer, mas porque entendi que tenho muito a ouvir e ouvindo aprender e aprendendo, me aprimorar e me aprimorando serei melhor e ser melhor dia a dia  aos 42 anos não é luxo é necessidade.

Eu decidi confessar minha total ignorância sobre todo e qualquer assunto que me seja apresentado. A pretensão de algo saber me embota a visão e me impede de realmente saber o que quer que seja. A presunção diminui a quem quer se exaltar  e conduz por caminhos que não quero trilhar.

Eu decidi que não mais serei indiferente a qualquer problema seja de quem for se eu puder de fato fazer a diferença e ajudar. Ajudar te deixa leve a indiferença é um peso que não quero mais carregar.

Eu decidi que a vida é compartilhar e que o egoismo não pode fazer parte de mim. Eu decidi que eu quero ser leve, quero ser amigo, irmão, quero ser alguém que quando partir, deixe boas lembranças, não um legado negativo.

Eu decidi ser feliz. Custe o que custar. E venho descobrindo que para ser feliz, não posso ser só, não posso me isolar, não posso ser referência negativa. Para ser feliz, eu preciso buscar na minha essência, o que eu sei que lá está, mas por puro desleixo, não deixo vir a tona. Chegou a hora de emergir em mim o que tenho de melhor. Chegou a hora de ser alguém. Chegou a hora de ser eu mesmo e me despir do personagem. Chegou a hora.

É isso

Ouvindo: Michael Bublé

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