terça-feira, 4 de agosto de 2015

Eu e minha suposta homossexualidade


Antes de mais nada se eu fosse homossexual, minha condição jamais seria suposta. Seria escancarada! Como tudo mais em minha vida, minha sexualidade não seria segredo para ninguém porque ela não diz respeito a ninguem que eu queira que diga.

Claro que é uma bobagem sem tamanho tentar explicar o porque de se ser hetéro ou homo, já que isso não faz diferença na vida de ninguém, nem mesmo de quem tem esta ou aquela condição, mas de tanto ouvir aqui e ali que "talvez o Miranda seja homossexual", ou que "um cara que defende tanto o direito dos outros serem gays só podem ser um" ou por mais absurdo que seja "quem não ri de piada de gay tem algum problema", resolvi  deixar claro que não, não sou homossexual, e não, não sou melhor do que quem o é. Apenas curto sexo apenas com mulheres, não porque eu Davi Miranda Rocha ache que tem que ser asim e pronto acabou. Apenas curto sexo com mulher e ponto. Minha decisão, meu gosto.

Acho engraçado quando pessoas que não tem a menor intimidade comigo e nem meu bem querem se acham no direito de questionar logo a minha sexualidade. A vida é curta demais para se perder tempo pensando em quem faz o que que com quem e como, mas ainda sim, um número imenso de pessoas ainda vive desta forma.

Em grande parte, as redes sociais contribuem para o comportamento de "Candinha" que muitos cultivam, pois ao dar voz e liberdade de opinião a mim e a tantos outros, da também o direito de as pessoas emitirem comentários, formarem opiniões e sedimentarem  preconceitos sobre a minha vida e a de quem mais lhe aprouver. Lido com isso numa boa, afinal se alguém quer pensar de mim ou de quem quer que seja o que quiser pensar baseado apenas em um post ou uma foto ou sei lá o que, posso conviver com isto. O que não tolero é quando a opinião vira maldade, quando o pensamento vira preconceito, quando se usa as redes para machucar alguém. A mim, não machuca mas a simples tentativa me deixa bolado, porque ainda aos 42 anos, não consigo entender a maldade humana quando ela vem de forma tão cristalina.

Não me orgulho por ser hetéro, apenas sou. A vida é bem mais importante do que ser isso ou aquilo a vidaé cor, é luz, é alegria é felicidade. Muito mais que ser ou não ser o que quer que seja. Vamos esquecer um pouco de como somos e vamos nos preocupar mais com o que somos. A vida vai ser melhor assim.

É isso.

Ouvindo: Petra


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