quinta-feira, 5 de novembro de 2015

A vida é assim. (Mais aprendizado com as crianças do Masterchef Júnior)


"A vida é assim". Dito desta forma fria, soa banal, mas ouvi isso a primeira vez devia ter uns 12, 13 anos e creio firmemente nisto então. A vida realmente é assim.

Podemos fazer o que estiver ao nosso alcance para molda-la ao nosso gosto e vontade, mas em algum momento ela vai se impor e mostrar que ela é como é e pronto. Seja no ponto de um suflê que deu errado, seja em um creme que ficou um pouco mais consistente do que deveria. A vida vai te dar uns rodos ainda que tudo o que você faça transborde certeza e auto confiança.

Errar é inevitável e ainda mais inevitável quando se é criança. Mas me comove tanto quando vejo os meninos e meninas ser eliminados por tão pouco, fazendo aquelas comidas tão deliciosas que eu jamais consiguirei sequer chegar perto e por detalhes banais sairem da competição.

Alias, questiono  muito esse negócio de  colocar crianças para competirem entre si. Por mais que elas sejam solidárias umas com as outras, o lance do dinheiro absurdamente alto que esta sendo ganho em cima delas me incomoda. Que adultos façam parte deste tipo de circo, tudo bem, mas crianças? Pra mim é meio "freak show" e quanto mais expontâneas elas são, mais circense fica a coisa, porque criança só é legal quando é sincera. Criança dissimulada é um futuro sociopata.

Os meninos em particular, quando são eliminados, não tentam ser fortes. Não sei bem onde perdemos essa sensibilidade na fase adulta e freamos o choro, mas é libertador ao menos para mim lembrar que ja fui um sentimental, que ja chorei, que não existe mal algum nisso mesmo agora se eu quiser e ver o choro do Thomas, um choro elegante até, por contido que era, porém absolutamente sentido me ensinou que sim, preciso voltar as raízes.

Não me importo com quem vai ganhar embora a graciosa Aisha tenha  a minha preferência. O que importa é que a cada episódio faço uma viagem de volta a minha infância.  E que estas viagens são tão bacanas que nem quero voltar. quero apenas curtir ao máximo. O choro de Thomas, emocionante e emocionado me fez chorar junto. Ainda me resta uma nesga de humanidade. Que bom.

É isso.

Ouvindo: Los Hermanos

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