sexta-feira, 13 de novembro de 2015

E o Mar Vermelho se abriu



Sim, eu vi o capítulo completo. Sim, foi uma chatice de  proporções épicas, Sim a Record é bobolina e acha que tem um produto muito melhor do que tem, (na verdade nem boa a novela é), sim, as coisas voltam ao normal muito rápido e logo ninguém mais vai lembrar dessa chateação.

Novelas, seja na Record, na Globo ou qualquer outra emissora, ao menos no formato atual é um produto com dias contados. A vida moderna tornou-se dinamica demais para que se perda tempo assistindo uma obra tão elástica, com tantos personagens, tramas, subtramas e escritas ao menos no Brasil por um bando e Banzés da escrita que não conseguem manter o pique da história alto por muito tempo e mesmo contando com o fato de uma novela ser uma obra aberta e sujeita a alterações para dinamiza-la e torna-la mais interessante, são lentos para mudanças.

Essa lentidão deriva em grande parte da vaidade infundada dos autores que querem enfiar goela a baixo do público uma história que muitas vezes ele, o público, reprova de bate pronto por rota e infundada que é. No mundo de faz de contas de autores de novelas brasileiros, quanto pior melhor, quanto mais inverossímil o argumento, mais eles se sentem a vontade e mesmo quando vão adaptar uma obra contida na Bíblia, ainda sim derrapam e escrevem baboseiras inominaveis.

A cena de abertura do Mar Vermelho que obviamente precisaria ser vista de uma vez só e não ao longo de 4 chatíssimos blocos, foi de uma infelicidade atroz. Um Moisés tatibitate e um povo que ocilou entre o reclamar e o crer, não sendo crível nem em um polo, nem em outro. Quando reclamavam, faziam sem convicção, quando creram, foram de uma falta de fé vergonhosa!!!

Moisés parecia mais maravilhado com a chance de ganhar da Globo, como de resto todos os atores e membros da IURD, do que com o milagre que estava testemunhando. Sua falta de convicção com o que via era tão latente que fiquei com vontade de que o faraó o pegasse de jeito para acabar com a patifaria explicita que foi esta cena degradante.

Faltou emoção, faltou verdade, faltou talento e faltou um diretor que soubesse de fato conduzir aquele catado de pessoas a quem a novela insiste em chamar de "povo Hebreu". Claro que nem usarei Ridley Scott com exemplo de direção de cena no seu "Exodo", porque seria covardia em estado puro e porque cinema é uma coisa e TV  obviamente outra, mas sejamos sinceros e imparciais, ao desenhar esta cena a Record e seus diretores poderiam ter ido muito mais além, salvo a novela da chatisse absurda em que ela vive por conta das "barrigas" que enfiaram  na narrativa para prolonga-la sem necessidade e desperdiçaram a única chance de redenção possível para esta novela que para mim nem começou e acabou no dia em que vi esta bobagem que levaram ao ar.

De positivo, um salve a Giussepe Oristâneo, om ator excepcional perdido em meio a amadores e canastrões.

É isso.

Ouvindo: VPC

Nenhum comentário: