sexta-feira, 8 de abril de 2016

Jah, Javé, Jeová






Precisamos acabar com a desinformação. Jah, não é uma divindade separada ou diferente do Deus da cultura Judaico-Cristã ele é o Yahuah, ou Jeová abreviando, Jah. Seu nome aparece cerca de 50x e as traduções "Mundo Novo", no Brasil e "Rotherham" nos Estados Unidos preservam tanto a escrita, quanto a pronuncia enquanto a King James a mais utilizada no Tio Sam o substitui em todas as vezes por Yahuah.

Ao contrário do que o senso comum prega, o movimento Rastafári não foi fundado por Bob Marley que foi sim o seu grande propagador mundo afora, mas foi criado na década de 20 pela classe trabalhadora e camponesa da Jamaica. Trata-se  de uma mistura explosiva de Religião com posicionamento político (messiânico, na grande maioria de seus expoentes) e uso sacramentado da Maconha com indutora para o alcance de estados superiores da consciência.

A produção cultural dos Rastafáris é reconhecida como uma das mais relevantes entre as religiões organizadas mas suas crenças por difusas que são, carecem de um maior esclarecimento pois são absolutamente interpretativas e não chegam a uma linha comum que possa representar de fato o que e como creem os Rastafáris.

Sabe-se que a maconha exerce papel fundamental tanto em seus cultos quanto em seu modo de vida no dia a dia e embora não caiba aqui julgamento, talvez uma enfase maior no que poderia se chamar de  "legado espiritual" e contivesse idéias e ideais Rasta talvez tornasse o culto Rastafári menos hermético e mais atrativo aos leigos. Digo "quase" porque como disse acima, não cabe julgamento e sim aceitação e respeito.

Jah não é uma alucinação coletiva dos Rastafári, antes é a entidade a quem toda e qualquer pessoa que adota o modo Judaico-Cristão de cultuar recorre em momentos de aflição, tristeza e também a quem agradecem pelas bençãos recebidas. Pensar em Jah como um deus doidão que tem seguidores igualmente chapados o tempo todo é reduzir a preconceito rasteiro a visão de uma religião que prega o amor e respeito as diferenças em toda a humanidade. E sejamos francos: Qual religião monoteísta não se torna política em algum momento? Seja para consumo interno ou externo, a politica rege a humanidade desde sempre e isso se reflete na religião seja ela qual for pois religiões nada mais são do que o extrato da sociedade ao qual estão inseridas e isso da a justa medida das diferenças que existem entre denominações que pregam uma mensagem de forma uniforme globalmente mas que quando confrontadas com suas experiências locais pode-se verificar diferenças consideráveis tanto nos ritos litúrgicos quanto na forma de se encarar a doutrina.

Jah, enfim, nada mais é do que uma abreviação, como foi descrito acima. Os seus seguidores podem ser Batistas, Assembleianos, Adventistas, Presbiterianos e até, Rastafáris. No caso dos Rastafáris, uma religião que como disse prega o amor, a união, a bondade e a igualdade a simples utilização de um nome diferenciado que indica o mesmo Deus que eu cultuo e quase toda porção ocidental da Terra também o faz, não pode ser o ponto de partida para a intolerância gerada pela falta de conhecimento.

É isso

Ouvindo: Ponto de Equilibrio

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