quinta-feira, 19 de abril de 2018

Santos F.C (O Futebol Sendo Vilipendiado Como Tudo o Mais No País)



Eu vivo falando que minha paixão de uns tempos para cá é o Futebol Americano. É verdade. Sou apaixonado pelo jogo cheio de possibilidades táticas, pela violência intrínseca do jogo (é o que mais me atrai, na verdade, prefiro mil vezes um tackle bem aplicado a elegância de um Hail Mary). Mas me atrai ainda mais a organização do evento, o Hino cantado em todo jogo, as pessoas sentadas em seus assentos previamente comprados para toda temporada, os uniformes sem patrocínio, os estádios impecáveis.

Outro aspecto do jogo é a busca pela justiça, para que o resultado reflita a vitória do melhor em campo, sem espaço para erros de arbitragens que até acontecem, mas são raros pois são revistos por árbitros fora do jogo e também os árbitros de vídeo que tentam com grande margem de acerto manter os resultados justos.

Já amor... Há o amor... Aquele que tudo aceita, tudo perdoa, que vai muito além da paixão, esse eu tenho pelo meu Santos F.C. Esqueça a Seleção Brasileira, esqueça esses super times europeus. No esporte, meu amor é pelo Santos, o glorioso alvinegro praiano. Seja na vitória, seja na derrota, seja na entressafra de títulos que vivemos como nos dias de hoje, É o Santos quem me motiva a torcer, sorrir e chorar quando o assunto é esporte. Tanta e tantas vezes pisando na arquibancada da Vila Famosa,  ou no Pacaembu, ou fugindo para viajar com a Torcida Jovem (organização que a maturidade me faz repudiar veementemente) para ver jogos no Beira Rio, Mineirão, Maracanã e tantos outros estádios. 

Estádios esses invariavelmente imundos,  com banheiros pútridos, refrigerante quente, comida repleta de Salmonela e um público que em sua grande maioria se assemelhava muito mais a animais selvagens que a seres humanos minimamente educados (qualquer um  que tenha recebido saco de xixi nas costas no Morumbi sabe do que estou falando). Mas verdade seja dita, nada disso faz o amor de um verdadeiro torcedor arrefecer. Podemos ficar chateados, a idade e a experiência que ela traz mostrar de forma clara que resultados são claramente manipulados, falseados e ainda sim o amor que um torcedor traz no peito o faz agir de forma a ignorar estes fatores e torcer alucinadamente para o seu time de coração.

Torço para o Santos mas sou solidário a palhaçada que se fez com o Palmeiras na decisão do último campeonato Paulista.  Algo deplorável que os Corintianos deveriam repudiar e recusar a taça que lhe entregaram. O futebol seria muito mais justo e emocionante se o Farplay de fato existisse e se fizesse presente em momentos como esses. Ganhar graças a uma interferência externa? Quem  quer? Só o torcedor cego e principalmente os que mercantilizaram a tal ponto o futebol que fizeram dele um produto que nada tem a ver com o original.

O meu Santos inicia mais um campeonato Brasileiro que jogará em paralelo com  a Libertadores da América. Torcerei com todo amor do mundo e em Setembro, quando o Futebol Americano voltar a ativa, certamente terá minha atenção e paixão, mas amor, aquele amor rasgado, aquele amor que te faz chorar de emoção, faz o peito parecer pequeno para tanto sentimento, este eu dedico ao meu Santos, sempre Santos.

É isso!

Ouvindo: MDNA

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