De Como Bolsonaro Transformou o Jejum Em Algo Leviano

Somos um estado Laico até onde se sabe e embora Bolsonaro, Damares e todos de sua trupe, essa gente cafona, essa gente jeca, tentem dar a impressão volta e meia de que somos uma Teocracia, isso não é verdade. 

Toda e qualquer pessoa que seja minimamente informada sabe que Bolsonaro se elegeu sem um programa mínimo de governo, baseando-se nos "ensinamentos" de Olavo de Carvalho um ninguém com idéias que são tão absurdas quanto impraticáveis e nos supostos conhecimentos de Paulo Guedes, o "Posto Ipiranga". Bolsonaro e seus filhos são completos analfabetos funcionais e todos sabem.

Bolsonaro acabou, ao menos isso é um alívio. Sua capacidade para gerir uma crise provou-se nula. Ele simplesmente não tem ideia do que fazer e quando fa algo é sempre a opção errada. Até quando diz algo coerente, o faz com tanta insensatez que torna coerência em total falta da mesma. Bolsonaro é um tolo, um rematado idiota e agora sentindo-se acuado resolveu busca refúgio junto aos evangélicos.

Veja, Bolsonaro não mira os Cristãos, os seguidores de Cristo que independente de religiões e seus discursos anacrônicos e pré fabricados preferem seguir os ensinamento de Jesus. Bolsonaro visa os evangélicos, aquele pessoal que segue cegamente qualquer instrução dada por um "Pastor" que se auto denomine líder de seu rebanho. Bolsonaro se aliou a esses lobos pra na falta de uma solução inteligente e coerente para a crise que nos assola, revelar-se um Messias, não pelo sobrenome, mas pelo que ele entende como messianismo no pior angulo da palavra.


Bolsonaro como já foi dito é um deserto de ideias e um tolo de primeiro escalação mas ainda sim, como todo político, sabe mesmerizar sua audiência e dizer o que lhes interessa ouvir para desviar a atenção para o real problema. Só que desta vez, em minha opinião foi longe demais! Ao convocar um Jejum nacional no dia de hoje, mostrou-se incapaz de governar de forma razoável. De um líder se espera idéias que tragam soluções práticas e reais para todas as matrizes de pensamento da população que ele lidera não apenas para o público A ou B.

Para além da questão da laicidade do estado, existe a questão de que o Jejum para quem nele crê, (e me incluo neste grupo) é algo muito sério. Uma decisão tomada entre a pessoa e seu Deus e que sim, pode e deve ser estimulada por lideres Cristãos preocupados com a elevação espiritual de seus liderados. É algo sério, íntimo e que demanda preparação.

Bolsonaro conseguiu a façanha de reduzir um símbolo tão importante da relação entre homem e Deus a um ato leviano, que foi proposto apenas para criar uma cortina de fumaça para a população. Algo feito para agradar a parcela evangélica da sociedade e mostrar para eles que sim, ele esta pensando em algo. Há tempos ele vem fazendo isso, tentando manter igrejas abertas quando devem estar fechadas, reduzindo a seriedade desta pandemia a uma quase anedota e tentando fazer todos crerem que esta realente preocupado com a fome de seus concidadãos, não com sua futura e agora improvável reeleição.

Bolsonaro banaliza a relação do Cristão om o seu Cristo transformando-a em  moeda política e tem em seus asseclas auto denominados pastores os cúmplices perfeitos. Conclama a nação para um ato ao qual não tem a menor legitimidade para querer liderar. Bolsonaro e seus filhos são levianos e deles não se espera nada ais alem de atos igualmente fora da linha da moralidade mínima.

Para tudo existe limite e creio que no caso de Bolsonaro estamos longe de conhecer o seu o que é uma pena, o que é alarmante na verdade. Cresci vendo exemplos de Cristão sérios, verdadeiros, contritos que faziam de seus jejuns, demonstrações de fé, atos de humilhação pessoal perante Cristo, momentos de profundo autoconhecimento e oportunidade de conhecer mais do seu Mestre através da contemplação. 

Que a vida siga nestes tempos de vírus e que Deus se apiede desta nação e se apiede de mim! Quanto a Bolsonaro, ele também passará e é isso que me conforta.

É isso.

Ouvindo Brian Duncan