sexta-feira, 9 de março de 2012

Destruindo a Dama de Ferro

Antes de mais nada Phyllida LLoyd não é e nunca vai ser uma diretora. É no máximo alguém que pensa ter um senso estético (não tem!) apurado e não tem ideia do que seja dirigir atores.

Veja SP deu 4 estrelas para A Damas De Ferro. Esqueceu apenas de colocar o sinal de - na frente. Ou de explicar que as 4 estrelas são únicas e exclusivamente merecidas pela atriz que interpreta M.T Maryl Streep.

Se você conseguir dissociar um filme horrível de uma interpretação nada menos que sublime e sensacional vá assistir a aula de atuação que Meryl dá. Se não, vá assistir a paródia da saga Crepusculo (Molusco) que vai ser muito mais interessante.

O filme não tem ritmo. Melhor, não tem cadência, para não confundir ritmo com algo obrigatoriamente rápido na narrativa, em absoluto é isso que quero dizer, mas o filme patina o tempo todo para tentar deslanchar nos últimos 15 minutos quando o expectador já está inquieto na poltrona e com raiva de ter gasto o dinheiro do ingresso mesmo com Meryl em cena.

Meryl da vida a personagem título e até tenta humaniza-la mostrar que existe alguém por trás de tanta obstinação e renúncia própria, (coisa que M.T, não precisa, por tudo que ela fez por seu país ela não precisa ser redimida e sim amada). O filme tem uma direção de atores inexistente, uma direção de arte que coloca o filme ao menos 15 anos atrás de cada período histórico que ele cobre, e como os atores são abandonados a própria sorte eles tratam de se divertir em cena. Meryl consegue, os outros, não.

Não estou sendo parcial com minha atriz favorita mas o roteiro é capenga, pra não dizer, frouxo e relapso, a tentativa de humanização da personagem naufraga ante a realidade de quem foi M.T e o tempo que passei no cinema, quase preferi uma dor de dente (exceto pelo fato de estar acompanhado de minha esposa, o que é sempre bom).

A menos que você tenha feito mal a alguém e esteja atrás de algum tipo de auto punição passe longe das salas que estiverem exibindo A Dama De Ferro. No máximo espere sair em DVD e confira a excepcional atuação de Meryl, que merecia ter ganho logo dois oscars ao invés de um só na última premiação.

É isso.

Ouvindo: Sandy

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