segunda-feira, 15 de julho de 2013

Criminal Minds, Dexter, House, Friends, CSI e outras séries.



Séries Americanas são o meu vício. Admito. The West West Wing  é para mim a melhor coisa que a TV mundial já produziu, Criminal Minds tem um andamento absolutamente sofisticado e cada uma das séries que eu citei e as que não citei porém assisto tem seus pontos fortes que prendem a atenção do inicio ao fim de cada episódio. (Criminal Minds tem ainda a Garcia, de longe a mais Sexy das personagens jamais criadas em todas as séries com seu visual mezzo ninfeta gordinha, mezzo gordinha ingênua).

Séries americanas são na verdade uma cilada. E digo que são uma cilada para mim, é obvio. Elas me fazem me sentir ainda mais inteligente do que eu sou. Elas são repletas de um cinismo e um narcisismo embutido como nunca se viu na TV ou mesmo no cinema. Explico agora o porque acho isso.

Antes de mais nada a TV americana é uma máquina de moer talentos. Sejam atores, roteiristas, boas idéias, enfim, nada resiste ao crivo da audiência. Idiotices como Suburgatory,  Supernatural, Mike and Molly entre outras, resistem firmes e fortes por temporadas a fio por terem caído nas graças dos expectadores. Existe é claro uma fórmula que se repete e se provou até aqui vencedora. Junta-se nomões do cinema ( não se importando se forem astros em baixa como Joe Mantegna, o principal nome do cast de Criminal Minds), roteiros afiadíssimos, que te prendem de forma completa e situações que quanto mais inesperadas, melhor.

Em suma é bem diferente do que se vê nas novelas brasileiras por exemplo, que apostam nos mesmos atores, nos mesmo scripts, nos mesmo autores, nos mesmo, nos mesmo, nos mesmo, e exatamente por isso vem perdendo audiência ano após ano.

Mas eu dizia do narcisismo desenfreado que essas séries trazem. Os roteiristas tem basicamente dois desafios. Criar uma temporada que te prenda no primeiro episódio e a cada semana te surpreender de forma completa, te deixando enlouquecido para o que haverá no episódio seguinte. Não é fácil, mas as melhores séries sobrevivem disso, desde a cinicamente perfeita Dexter, até a abilolada Mike and Molly. Enquanto Dexter parte de uma premissa angustiante, no caso o psicopata é um policial que consegue encaixar as vítimas em um "código moral" que norteia quem vai ser assassinado e quem não, Mike And Molly aposta no ineditismo do casal gorducho como protagonista, o que também é uma surpresa e tanto e por isso mesmo conquistou a audiência de forma inconteste.

Mas ando avaliando até onde é interessante assistir tais programas. Senão, vejamos. Dexter é um psicopata como já foi dito, mas é um "tira" psicopata, um psicopata inteligente e sedutor, que te faz torcer por ele e até mesmo em certos momentos torcer para que ele cometa vilanias. House é um médico viciado em analgésicos, mal educado ( pra falar o mínimo), brilhante é bem verdade, mas anti social ao extremo ( como toda pessoa excessivamente brilhante), Criminal Minds apresenta uma equipe do FBI que desvenda crimes bárbaros, mas bárbaros aqui não é força de expressão, sendo antes o fio condutor  do seriado a barbárie e o sadismo elevados ao grau máximo e curiosamente mostrados de forma elegante, inteligente, refinada.

As séries, bem sucedidas são na verdade todas elas (M AND M) incluída, são instrumentos que servem para subverter o conceito de bem e mal, certo e errado e onde sempre os meios justificam os fins. A sutileza com que estas subversões são apresentadas, são o grande problema, pois  elas te pegam pela sofisticação, te fazem se sentir parte da equipe, parte da solução, pois é inevitável que você busque a solução até mesmo antes dos personagens. Uma série desta descontados os comerciais, tem em média 44 minutos de programação efetiva, em que tudo o que consideramos como parâmetros morais, são colocados em xeque e onde práticas absolutamente incongruentes que levariam pessoas a prisão no mundo real ou a dissolução de relacionamentos interpessoais, são vistas como alternativas válidas para  resolução de conflitos, mas como bem disse de forma tão implícita e te fazendo torcer tanto para que elas deem certo que quem assiste nada mais é do que cúmplice de práticas no mínimo questionáveis.

São roteiros inteligentes, recheados de narcisismo, cinismo, maldade justificada e muito raramente algo que possa ser chamado de lição edificante. Séries servem para edificar as pessoas e passar idéias e ideais elevados? Não. Mas tem que servir para serem agentes propagadores do mal? Também não.

De qualquer forma, não digo que vou parar de assistir amanhã essas séries, até porque amanhã tem episódio inédito de Law and Order SUV uma das melhores de todas e hoje tem episódio inédito de Criminal Minds, mas reconheço que trazem mais malefícios do que benefícios ao menos para mim e pretendo diminuir a frequência com a qual assisto tais programas.

Não pretendo com este post, fazer panfleto contra as séries que reconheço como excelentes no que se propõe e além do mais, acho que qualquer pessoa tem total direito de assistir o que quiser, quando quiser a qualquer momento, então não é da minha conta o que cada um assiste e não suo censor de obras artísticas nem de nada, apenas  digo que para minha pessoas essas séries todas estão fazendo mais mal do que bem, embora reconheça a dificuldade de deixar de assisti-las.

Pra encerrar, nem deveria ter falado de Mike And Molly pois além de uma séries nesfastamente ruim, com roteiro capenga e gags completamente sem graça, se apoiando apenas na gorduchice dos personagens, não tem nada de sofisticada apenas o ineditismo já mencionado de ter dois bujões de gás ambulantes como protagonistas.

É isso

Ouvindo: Vencedores por Cristo

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