quarta-feira, 13 de agosto de 2025

Heleninha Roitman De Novo


Comparar Heleninha Roitman com minha mãe é desonesto com a pobre dona Alexandrina.  é fugir da realidade, é esconder que  Heleninha na verdade é igualzinha a mim, ou eu sou igualzinho a ela com a diferença única que sou abstêmio. No mais, tamo junto, Heleninha! Somos sabotadores de nós mesmos como poucos conseguem ser no mundo. Não que isso seja algo a se  comemorar, mas é assim que é.

Heleninha  bebe se esta triste e bebe se esta feliz. Bebe porque choveu e porque o Sol não para de brilhar e quecer em demasia. Heleninha só é feliz, se tem uma garrafa de whisky atracada a seu corpo (vai, gordinha!) e eu só sou feliz se digo coisas idiotas que vão me posicionar como tal e assim sendo, pouco confiável. Heleninha bebe, eu falo.

A forma com que cada um se sabota pode ser diferente mas tem o mesmo efeito final, o mesmo resultado destruidor e pouco positivo que faz com que  a auto estima chegue a níveis cada vez mais baixos e a tristeza de ser como se é nunca pare de subir. Mas não importa, ela precisa da bebida eu preciso de minnhas palavras, meus dizeres, minhas falas. Ambos se embriagam e colhem os frutos de sua bebedeira e verborragia respectivamente.  E esses frutos estão sempre podres, impróprios para consumo.

Heleninha tem sua tia e seu irmão a apoiá-la e eu tenho apenas o espelho e o espelho nunca é um bom juiz, muito menos um bom conselheiro. Heleninha tem apoio terapeutico e eu a invejo por ter esse suporte, já que o máximo que tenho sãpo meus livros que formaram meu erráticio carater e que fornecem subsidios que se não são os melhores, asão os que tenho a disposição para que eu possa interpretar da melhor forma e tentar chegar a um consenso sobre mim mesmo que não me faça ver muito pior do que sou.

Heleninha é um personagem  de ficção, eu sou real. Ela é quase o meu CHAT GPT  quando quero entender meus comportamentos Mmas tal qual o chat ela comete erros crassos em suas informações e eu fico na mão tendo que  tentar utilizar os pedaços que fazem sentido e se encaixam em meu comportamento e os que ao contrário não me servem como parametros, ainda que a falta de parametros confiáveis de comportamento seja o que melhor poderia me definir, uma vez que coportamento e confiável não são palavras que podem ser usdadas na mesma frase para me descrever.

Eu vejo Heleninha chafurdando na bebida e sinto inveja. Inveja porque o meu infortunio  sempre se dá sóbrio, nunca e amortecido pelo álcool ou outra substância entorpecente que poderia me tirar do ar por algum tempo e me fazer esquecer da vida como ela é de fato ainda que por alguns segundos. Por mais que Heleninha se embriague e em sua embriaguez tgente achar algum sentido para a sua vida, o m,áximo que ela consegue sção tombos e roxos pelo corpo, além de suas lágrimas molhando o seu rosto e regando a triteza que lhe corrói. 

Não fico roxo pois não caio e não choro pela total incapacidade de chorar por mim mesmo e por minhas questões, mas a cada novo deslize, a cada nova palavra mal colocada que se vira contra mim, a cada momento em que ao invés de calar eu falei, eu sinto minha vida acaba. Minha vida já acabou inúmeras vezes e recomeçou outras tantas e nesse rasgar-se e remendar-se infinito, tritinho e silencioso, talvez nasça um dia alguém que se curou ou talvez morra alguém que não aguentou mais ou morra alguém cansado de tanto tentar renenerar-se.

Heleninha, por enquanto estamos juntos.

É isso.

Ouvindo: Beatles




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