Há uma semana atrás, por uma merda de um telefone celular, vi minha vida correr um risco imenso de terminar. Sob a mira de armas de fogo, e sobretudo acuado pela covardia de 4 pessoas que se achando muito valentes vieram para cima de 1 ( eu, no caso), e levaram embora meu telefone. Quanto ao telefone, de verdade, foda-se! Bem material algum me seduz, mas sem saber eles levaram algo bem mais valioso: minha paz.
Hoje, quando vejo uma moto, seja qual for, me assusto. Criei uma raiva surda a qualquer pessoa que esteja de capacete. Não consegui voltar mais a rua onde estava, ao lado do meu plantão e creio que provavelmente não voltarei mais a andar por ali dominado por um medo irracional de que essas pessoas estejam me esperando ali para levar sei mais o que que possam imaaginar que eu ainda tenha. Talvez, minha vida.
Eu que sempre fui razoavelmente bom com as palavrasa não consigo verbalizar com detalhes o que me aconteceu. As pessoas em sua mamioria me culpam por estar falando ao telefone na rua. A que ponto chegalmos! Usar seu telefone na rua te faz culpado, te faz ser o errado da história mesmo que não haja culpa alguma em falar com outra pessoa ao telefone na rua. Não é que o mundo seja injusto. Ele enlouqueceu de vez e a maioria das pessoas comprou essa loucura para sim e instalou como verdade absoluta em suas mentes e corações.
Por uma merda de telefone, por algo que não vale uma unha que aparamos semanalmente eu estive a um passo de ser morto. Sobrevivi e fui condenado pela grande maioria dos cidadãos de bem que cagam regras sobre como se proteger de assaltantes covardes que andam armados e de motocicleta para rápida fuga. Por uma porcaria de um telefone eu fui "enquadrado" e percebi que a vida, seja a minha, seja a de outra pessoa qualquer, vale menos que um telefone, um carro, donheiro ou qualquer outra coisa dessas que não tem valor intrínseco algum, apenas um valor nomimal que é atribuido na maioria das vezes pelas pessoas que não os tem, pois se de fácil acesso fossem, não haveria tantos roubos já que a aquisição desses itens não depreenderia grande esforço.
A ironia de toda essa situação é que eu que não ligo para nada que seja material, quase morri. Não de amor não correspondido, ou de saudades desmedidada, ou dequalquer outro sentimento. Quase morri exatamente pelo que não valorizo e seria uma morte extremamente besta e sem sentido.
Aos vencedores, ou melhor, usurpadores, o telefone. A mim, a perplexidade.
É isso.
Ouvindo: Frank Sinatra
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