sábado, 7 de junho de 2014

Eu, minha irmã e minha dor.


Existem momentos em minha vida que eu apenas queria ficar quietinho em um canto com minhas dores. Nada além disso. Momentos em que eu queria chorar, me rasgar, gritar, enfim, queria extravasar da forma mais louca possível. Mas não posso. Tenho 41 anos, sou um adulto e não posso, ou melhor não devo demonstrar fraqueza.

Existem momentos, em que eu queria não sublimar absolutamente tudo como sempre faço, mas eu queria sofrer. Sofrer no sentido de ao invés de simplesmente prosseguir, olhar para mim mesmo e dizer " cara, não dá, a vida ta te massacrando demais, para! toma outro rumo, outra direção!" Mas eu não posso e ai eu vou para mais um plantão de vendas, coloco meu fone de ouvido, espero clientes, e a vida vai passando por mim.

Acho que já mencionei neste espaço que queria quando criança, ser bailarino. Mas não pude. Minha mãe não permitiu e acho que mesmo que ela permitisse, meus pés defeituosos não permitiriam. Dai eu pensei em ter amigos. Não consegui, até hoje. Acho que vim  quebrado.

Eu tinha um projeto aos 8, 9 anos. Eu queria ser amigo da minha irmã Fernanda. Mas ela morreu. De Meningite. Provavelmente porque teve contato comigo que tive a doença primeiro. Ela estava bem, feliz, rindo com seus cabelos loiros e lindos, porque ela era linda sabem? Muito, mas muito linda. Mas ai em pouco mais de uma semana e meia ela deixou de estar bem e morreu. Ela morreu e nem pude ir ao seu enterro. Eu passei dias olhando para a cama que ela dormia tentando acreditar. Mas eu acreditando ou não, ela morreu.

Eu sei que seriamos amigos porque ela me chamava de Davizinho e brincava comigo o dia todo. Ela só queria brincar comigo e mais ninguém. A gente se dava bem, se amava de verdade, conexão de irmãos. Mas ela morreu. Certamente por minha culpa uma vez que eu não consigo fazer nada direito. Depois disso, sinceramente, nada me importou muito. Por que ela morreu. Com toda certeza, por minha culpa.

Depois, sofri abuso sexual. Ninguém acreditou em mim quando contei pois o meu "tio" era um homem acima de qualquer suspeita e eu já era uma criança problema. Apanhei de minha avó, mãe e do próprio tio para nunca mais falar este tipo de barbaridade, mas sei lá, hoje, resolvi falar até porque ninguém lê mesmo.

Desenvolvi uma raiva surda dentro de mim. Raiva de minha família, das pessoas, do Universo mas sobretudo de mim mesmo, pois minha irmã, que seria minha amiga e hoje trocaríamos experiências  sobre nossas vidas, sobre como criar nossos filhos, morreu. Porque eu insisti em ficar vivo. Tivesse sido eu menos egoísta e teria morrido no hospital, sem trazer a doença para minha irmã morrer. Mas eu estou aqui, me lamentando e ela morta, inocente, pura, linda, como sempre foi.

Sei que não é assim, mas fantasio até hoje que se abrir o caixãozinho dela ela não terá se decomposto e será a mesma menina linda que era quando morreu. Eu lembro que um dia, sai vagando após a escola. Eu gostava da escola, estava na quarta série, mas de verdade achei que escola não era mais para mim. Todos tinham pai, irmãs e mães . Mãe eu também tinha, mas as pessoas tinham mães sóbrias a minha vivia embriagada. Eu sai andando sem rumo e cheguei a um lugar muito, mas muito longe de casa. E fiquei ali. Sentado, as mãos abraçando minhas pernas, meus pensamentos atormentados. E chorei. Chorei por horas, sem entender bem porque eu chorei como eu queria chorar de novo agora mas não consigo.

Sei que sou um ser humano absolutamente deteriorado. Eu jogo contra mim, me saboto o tempo todo. Vivo em um mundo em que não importa as dores que tive ou que tenho, o que importa é que tenho que entregar resultados e parecer normal. Não consigo. Eu bem que queria. Mas minha irmã morreu. Morri com ela, mas continuo andando, como um personagem de Walking Dead. E mesmo em minha tristeza me congratulo pois é melhor ser um personagem de Walking Dead do que ser parecido com o Dexter.

Eu acho todo mundo burro, mas o burro sou eu. Quando abandonei a escola eu era pouco mais que um menino alfabetizado e hoje se não tiver uma HP12C nas mãos, eu não sei nem quanto é dois mais dois. De verdade. Não invejo nada de ninguém, mas invejo quem fala Inglês corretamente, quem estudou, tem Pós, Mestrado, Doutorado e sei lá o que mais. Me sinto absolutamente inferiorizado toda vez que passo em frente a Unip de Alphaville e sei que ali se aprende o que eu jamais saberei. Não tenho educação formal e isso é triste.

Minha tristeza hoje é profunda. Tento conversar com minha irmã mas ela se recusa a aparecer em sonhos novamente. Quando sonho com ela, sou feliz e fico feliz por semanas, até meses mas quando ela some, eu me sinto acabado. Eu sou um ninguém e as vezes isso se torna absolutamente claro.

Não, eu não espero que as pessoas tenham pena de mim me sinto horrorizado quando isto acontece. Sou fruto de minhas escolhas meus erros são 100% meus não culpo ninguém por minha insanidade e os atos dela resultantes. Eu afasto as pessoas de mim e afasto porque se elas gostarem de mim eu farei algo para magoa-las e logo em seguida se afastarem de mim. Sou assim, não sei receber afeto, carinho e amor por mais que precise disso. Eu queria apenas minha irmã viva. A irmã que pegou meningite de mim e morreu. A irmã que eu amava do fundo do meu coração e seria minha amiga. A irmã que tanta alegria me deu em tão pouco tempo de vida. A irmã que eu queria ao meu lado. A irmã que eu nunca mais verei.

Eu sofro todos os dias com esta certeza e por gentileza se por acaso aparecer nos sonhos de alguém uma menina linda de olhos azuis,cabelos loiros e sorriso esperto e aberto chamem por Fernanda. Se ela responder, peçam pra ela ir para o meu sonho. Preciso muito vê-la novamente, estou meio descompensado. Estou meio abatido, estou totalmente saudoso e saudade para mim dói e dói muito.

É isso.

Ouvindo:  The Beast In Me, umas das melhores de J Cash

quinta-feira, 5 de junho de 2014

Nós e o mundo cada vez mais sujo (um convite a reflexão)


Latrina, esgoto, ou o nome que você quiser der de mais pútrido e imundo. Este é o mundo que vivemos. Temos imundície para todos os gostos. Violência desenfreada, pornografia, pedofilia, uma prateleira com toda a sorte de imoralidades para se escolher, pegar, levar e usar.

O "nós" a que me refiro são as pessoas que ainda conseguem perceber este mundo que descrevo aqui. Porque é cada dia mais difícil de se escandalizar com os acontecimentos que se desenrolam dia a dia ante nossos olhos. O mundo se desintegra. Tudo a nossa vista. A  distância de um "clic" ou de um "zap". E cada vez nos importamos menos.

Se crianças são seviciadas por anormais pedófilos, achamos normal. Se o sexo vira moeda corrente de troca entre adultos (ou nem tanto), conseguindo "abrir portas" com um "abrir de pernas" achamos até graça. Se justiceiros querem matar alguém porque este alguém matou outro alguém achamos normal, justo e passível de condecoração.  Sobre a corrupção é melhor nem falarmos pois se incorporou a nossa sociedade como uma prática absolutamente normal. Não temos problemas com quem usa seu poderio econômico para obter ainda mais vantagens.

Não quero falar aqui da redenção pela religião, pois isso é pessoal demais. Mas será que abrimos mão de todos os nossos valores como sociedade? Não queremos mais ter uma coesão, um tecido social que permita um mínimo de convivência civilizada? Porque meus amigos, civilidade é tudo o que nos falta.

A internet principalmente quando combinada com os dispositivos móveis, como tablets e celulares, nos transformou em seres narcisistas, individualistas ao extremo e mesquinhos por falta de percepção. A vida em comunidade não nos interessa mais, a possibilidade de fazer o bem, de sermos pessoas de bem, de termos amor e compaixão para com o próximo e dele receber este mesmo amor e compaixão não é mais considerada.

Vivemos e aparentemente gostamos de viver de uma forma em que um Big Brother se instalou em nosso  estilo de vida com total anuência da maioria. Gostamos de espiar o outro e sentimos um fascínio insuspeito e ainda em boa dose inconfessável  de sermos espionados também. Coisas que deveriam ser feita a dois, são feitas de forma grupal e momentos que deveriam ser vivenciados em comunidade são vividos de forma solitária.

O acúmulo de dinheiro, bens, e toda a sorte de posses está no cerne de nossas preocupações. Queremos ter e não queremos ter por outro motivo além deste: O de querermos. Imóveis, carros, roupas, eletrônicos e tudo o mais nos são caros e objetos de desejo não para nos servir, mas para ser um fim em si mesmo. O sucesso não se mede em termos de cultura, ou generosidade, ou a capacidade de ser uma pessoa "boa". Nada disso. O sucesso em nossa sociedade se mede pela capacidade de se "ter" E "ter" no caso, muito mais do que se possa utilizar. E sem partilhar, pois partilhar é hoje encarado como motivo de fraqueza.

Esquecemos que se alguém, cansado deste estado insano que se instalou no mundo tiver acesso a um tubo de ensaio com o vírus da Varíola por exemplo, uma doença que não existe a pelo menos 60 anos e para a qual não existem  doses de vacina suficiente para imunizar Alphaville  que seja, resolver pegar este tubo e quebra-lo em plena estação de Metrô da Pça da Sé, em menos de um mês a população de nosso país terá caído a menos de um terço do que é hoje, e não há bens que possam evitar esta tragédia.

Abrimos mão de sermos pessoas decentes essa é a verdade. Olhamos para nós mesmos e isso é tudo o que importa. Não olhamos mais para o alto, não buscamos mais pela palavra de Deus, a única fonte segura para quem busca um mínimo de consolo e de segurança em dias tão conturbados.

O mundo não vai melhorar. Vai apenas piorar, caminhamos em um caminho em que não haverá uma guinada repentina para o bem, não, não haverá. Apenas mais e mais dor, desilusão, desesperança, guerras, mortes e toda a sorte de tragédias nos assolarão.

Para mim, Deus é a única chance que temos. Não posso me calar e querer ser político e dizer que cada um com sua crença como ensaiei no meio deste texto ao dizer que isso é pessoal. A verdade é que Deus nos chama a tomar posição, a dizer finalmente de que lado estamos se do lado do bem, do lado que busca não ter, mas ser, ou se vamos ficar do lado do quanto pior melhor. É uma decisão que não temos muito tempo para tomar, pois a ampulheta do tempo deste mundo está quase sem areia. Podemos acreditar que tudo melhorará. Mas não melhorará. Ou melhor, melhorará quando o Príncipe terminar sua obra e voltar a esta Terra pata buscar aos seus, os que se mantiveram fiéis a sua palavra.

Antes disso, ou melhor até que isso aconteça, apenas a dor, o terror e a tristeza serão a tônica deste mundo para nós que temos o minimo de senso crítico sobre o que acontece a nossa volta.

É isso.

Ouvindo: Cassiane

segunda-feira, 2 de junho de 2014

Criador do Mundo de Daniela Araujo ou uma critica de alguém que não é critico e acha que é...



Coeso. Se tem uma definição para este "Criador Do Mundo" de Daniela Araujo, esta é a definição. O que seu cd de estréia tinha  de oscilante, sim, era um bom trabalho, porém oscilante, este tem de linear no melhor sentido da palavra.

Ouve-se "Criador do Mundo' da primeira a última música e se tempo houver aciona-se o modo "repeat" com prazer. Arranjos que são nada menos que primorosos e que percebe-se foram exaustivamente trabalhados para "vestir" cada canção para uma verdadeira festa auditiva. Ouve-se  com prazer, deliciando-se com sua técnica simplesmente absurda  mas que flui de forma absolutamente natural, tranquila, como um rio que naturalmente segue seu curso.

A faixa título, é uma das mais melhores músicas que ouvi em  muitos anos. Uma letra direta, uma interpretação na medida que se ouve e ouve e ouve. No meu caso ouvi 5 vezes antes de prosseguir a audição do restante do trabalho.

"Entrega" para mim a melhor faixa do disco, (embora esta opinião seja absolutamente influenciada pelo momento que vivo o que já me descredencia como "critico sério) tem uma letra que gruda e faz refletir.Só achei o Rap "tímido" demais creio que o vocal poderia ser mais agressivo. Mas falando em letra, este é um dos pontos altos deste trabalho, não existe letra fácil, simples, não tem rima de "Jesus com Luz" nem amor com dor", não, ao ouvir este álbum, você será levado a refletir em diversos assuntos e talvez seja "provocado" além do que gostaria.

Destaques ainda para "Liberdade," "Te Alcançar", e "Deus" músicas que em minha opinião se destacam e elevam a qualidade deste trabalho ao nível máximo. Não a toa, "Criador do Mundo" ficou alguns dias entre os mais baixados do itunes com todos os méritos e merecimentos, pois tal condição foi nada mais que o reconhecimento de um trabalho exemplarmente produzido.

Fora duas ou três palavras rapidamente trocadas com Daniela Araujo durante a gravação de vocal de um cd do qual participei da produção executiva não posso dizer que a conheço  (certamente ela não se lembrará como eu não lembro, nem o que foi dito e muito menos data) mas menciono este fato apenas para dizer que esta critica elogiosa não vem de um "fã" de Daniela, mas de uma pessoa que não pode se calar  diante de um trabalho tão belo, que exalta o nome do Senhor Jesus e que nos leva a momentos de reflexão sobre assuntos Cristãos e convenhamos,  em um mundo secularizado como o nosso, poder parar por pouco mais de uma hora para submergir e uma plêiade de instrumentos tocados a perfeição para dar vida a arranjos que como eu disse vestem de festa cada música e te levam a refletir sobre o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo é algo muito raro hoje em dia quando a maioria dos artistas apelam para músicas com arranjos rasteiras letras (???) que nem podem  ser  categorizadas como tal vocais deprimentes.

Daniela entregou o melhor álbum de música Cristã que ouvi em muitos anos e por este motivo só posso agradece-la. então, muito obrigado, Daniela!

É isso

Ouvindo: " Criador Do Mundo, de Daniela Araújo

quinta-feira, 29 de maio de 2014

Um rio que nasce no coração de Deus (outro post de crente)


Pois é, eu até tento não ser, mas eu sou. Torto, todo errado mas eu sou. Sou crente, creio em Deus e como creio! Sinto prazer em estar em sua casa, sinto alegria ao ouvir canções que falam de sua vitória eminente ante o mal que insiste em grassar na face da Terra.

Tenho descoberto ( não que eu não soubesse), mas descobrir é diferente de simplesmente saber, que existe um rio que nasce do Coração de Deus. É um rio tão abundante em águas, tão imponente, caudaloso, que desce desde o seu trono até o meu próprio o meu coração e nele quer fazer morada, lavando os pecados, trazendo novidade de vida porque é a água e só a água que pode trazer limpeza e preparar a minha vida para receber o Sangue do Cordeiro que foi vertido na Cruz para me remir.

Este rio ,ou a figura do rio a metáfora que ele encerra é tudo o que preciso. Um rio caudaloso que não me afoga, ou melhor me afoga, mas de graça, da graça renovadora de Cristo, uma graça que vem de um Pai que quer o melhor para seu filho mesmo que ele insista em querer o pior para si mesmo. Mesmo que ele insista em correr e se sujar na lama, ele convida gentilmente para se tornar novamente limpo neste rio.

Mas é um rio que não permite superficialidades. Ou eu me jogo nele, de cabeça, me afogo como disse acima, deixo ele me levar em suas águas, caio sem medo na cachoeira de misericórdia, atravesso as corredeiras da glória de Cristo ou é melhor ficar na margem apenas contemplando  o correr deste rio.

Porque a verdade é que este rio é tão avassalador que não se consegue ficar indiferente. A esperança que ele traz, o cristal de suas águas, a beleza imponente que ele traz nos faz ou querer estar dentro ou correr de medo para fora e sim é possível ter medo de tudo de bom que Deus nos oferece, pois aceitar o que vem deste rio implica em mudança de vida. E quem quer realmente mudar? Quem quer acordar dia a dia e lutar contra si mesmo, contra suas paixões, contra suas vontades?

Sem ser hipócrita, eu mesmo não quero, embora precise. As coisas que eu gosto eu não gosto a toa, eu gosto porque me fazem bem segundo minha visão embora minha visão seja tão turvada pelo pecado que provavelmente essas coisas só me façam mal.  Mas o fato é que é difícil querer mudar, querer ser outro, mergulhar e permanecer neste rio. É difícil demais.

E dai o que eu faço? fico ali molhando os pés. Sendo uma pessoa com o pé na igreja e o corpo e principalmente o coração fora dela, uma alma que não se deleita em ter a palavra de Deus no dia a dia apenas no aconchego de uma comunidade  Cristã que se reúne e faz ser fácil entrar em comunhão por uma, duas horas já que todos buscam o mesmo.

Mas e no dia a dia? E minhas lutas que insisto em lutar sozinho? E o deserto que insisto em atravessar sem água no cantil mesmo tendo um rio a disposição? Um rio de água limpa e abundante?  E por que? Porque a vida cristã é compromisso. Com Deus, não com igrejas ou suas placas mas é compromisso com Deus. E se comprometer com Deus é difícil por tudo o que significa.

Estou colocando meus pés quando deveria mergulhar. Estou sendo crente nem pela metade ou mesmo um terço mas um crente 1/12 essa é a realidade. Até quando? Até quando não houver mais tempo? O que Deus espera de mi é muito diferente do que ele espera de qualquer outra pessoa, porque ele quer ter um relacionamento individual comigo, um relacionamento em que nada nem ninguém pode interferir.

Existe um rio que nasce do coração de Deus, este rio nos convida a nele mergulhar e sairmos nova criatura a decisão está em nossas mãos.



É isso

Ouvindo: Cassiane

terça-feira, 27 de maio de 2014

Ilegal, Imoral ou engorda


"Porque tudo que eu gosto é imoral e ilegal ou engorda"
Trecho da canção homônima de Erasmo e Roberto Carlos

Sim é mais ou menos por ai. Tudo que eu gosto, ou quase tudo é Ilegal, Imoral ou engorda. Elegi então, ao que engorda embora seja delicioso para tentar purgar de forma definitiva uma vida de excessos e onde não há muito para se orgulhar.

Parar de tomar Coca Cola por 120 dias (neste momento estou no dia 9) é para quem me conhece bem (no caso duas ou três pessoas) uma missão quase impossível para mim. Mas se levada a termo mostrará a mim mesmo que não existe excesso que eu não possa combater em minha vida.

Na verdade, tudo que eu gosto é ilegal, imoral ou engorda porque vem carregado de uma carga tão grande de excesso (notem que tenho usado a palavra excesso de forma abundante neste texto como forma de frisar o que se passa), que acaba fazendo mal. Não consegui até agora em 41 anos de idade achar um ponto de equilíbrio, que me fizesse ser mais leve. E leveza, amigos, é a base de uma vida saudável e feliz em todos os campos.

Ao tentar eliminar por um período curto de minha vida algo que amo de paixão que gosto verdadeiramente, tento mostrar a mim mesmo (até porque é uma questão que apenas a mim interessa) que sim, posso dizer não com a mesma naturalidade com que digo sim. Que posso também viver sem coisas (ou mesmo pessoas) que sempre achei que não poderia, que posso enfim levar a vida que eu desenhar para mim, não a vida que  o piloto automático do dia a dia impõe.

Porque no fundo, é disso que se trata. De deixar a vida levar e não buscar ter as rédeas da própria existência. Embora mais fácil este caminho é muito mais tortuoso porque é evidente que a vida não vai te levar para lugar algum, antes vai rodar em círculos sem razão nem porque. Então, pela primeira vez embora já tivesse compreendido a muito tempo o que tinha que fazer, estou tomando as rédeas da minha própria existência.

Poderia ter começado por qualquer outro excesso mas escolhi a Coca Cola porque ela é gostosa e me acompanha desde sempre. Porque como não bebo bebidas alcoólicas muitas vezes descontei toda a minha ansiedade comendo e bebendo Coca Cola sem parar, já cheguei a tomar 4 litros em um único dia e acreditem, não me sinto culpado. Sempre vou gostar de Coca Cola apenas tinha que escolher alguma coisa que me colocasse no controle de minha vida novamente e foi ela que me deu este norte.

A vida, ao menos para mim que acredito em apenas uma, sem voltas e revoltas a este mundo, tem que ser vivida com um minimo de dignidade e bom senso. Isso exige controle. Exige que mesmo que eu queira fazer algo ilegal, imoral ou engordativo eu faça não porque a oportunidade se apresenta mas porque eu decidi de forma clara e balanceando os prós e contras. Reagir a um estímulo pura e simplesmente não é a melhor forma de viver a vida.

Nesta jornada (sim, para mim ficar 120 dias sem tomar Coca Cola será uma jornada) tentarei paralelamente  ajustar vários outros tópicos de minha existência que não estão de acordo ao meu ver. Não vem ao caso cita-los por aborrecidos que são, mas se ao cabo destes dias conseguir emergir uma pessoa melhor de dentro de mim mesmo terei feito algo positivo para mim e por consequência para quem me rodeia. Se eu falhar, eu terei tentado e tentarei novamente, pois a vida é feita de vitórias e fracassos e os fracassos quando estudados de maneira correta podem nos conduzir as vitorias seguintes.

Tudo que eu gosto é ilegal, é imoral ou engorda porque não existem freios em mim. Se conseguir coloca-los talvez sejam apenas momentos agradáveis a desfrutar com 1 copo, não um 1litro de Coca Cola bem gelada!

É isso

Ouvindo> J. Cash (pra falar de excessos, quem mais poderia ser?)







sábado, 24 de maio de 2014

Ronaldo Nazário, O Envergonhado. Jura???



Quer dizer que Ronaldo esta envergonhado? Que os atrasos nas obras da Copa mancham a imagem do País lá fora? Mas você não se emenda mesmo não Ronaldo? Vergonha?  Amigo, você faz parte de toda esta bandalha que é a Copa do Mundo no Brasil. Mais do que fazer parte, você linha de frente como integrante do Col (Comitê Organizador Local) e vem dizer que os atrasos envergonham o Brasil?

 A real é que você envergonha o Brasil com sua postura tatibitate, você envergonha o Brasil sendo esta pessoa dúbia, que faz questão de agir de forma dissimulada e sempre,sempre quer estar do lado vencedor. Você é do PMDB Ronaldo? Não acha que deveria ter uma postura firme e única? Como condiz a um adulto minimamente de caráter?

Sim, porque é de caráter que estamos falando. De pessoas que falam uma coisa uma única vez e as sustentam. Claro que podemos mudar de opinião, mas com a frequência que você muda,  ou é muito ingênuo ou muito mal assessorado ou não tem discernimento para pensar de forma linear e ai, fica a pergunta: O que faz você no meio da organização de algo tão grande? E diga-se de passagem, como membro do grupo que  (des)organiza toda  a Copa, você se envergonha de você mesmo então?

O mais impressionante é você não ter uma assessoria, ou aparentemente não ter, que te impeça de dar tantos tiros no seu próprio pé e esfacelar sua imagem. Ok, para a massa de desdentados usuários do Bolsa Família, você é apenas o cara que chuta uma bola com precisão impar e foi ídolo por onde passou, mas Ronaldo para a minoria pensante, você está se portando de forma absolutamente apatetada, mostrando que se preocupa com seus negócios e sua imagem que é a principal vitrine de suas empresas, não com o destino de uma competição que poderia ter trazido sim desenvolvimento para o nosso país, mas exatamente por ter ficado nas mãos de pessoas como você trouxe apenas a vergonha que você mencionou.

Somos um País que fazemos questão de jogar fora as oportunidades que se apresentam. Mas no caso da Copa, não jogamos fora, jogamos no colo de pessoas inescrupulosas como você, Marin, o que apoia a tortura, Del Nero que poderia ser conhecido também como Mum-Rá o ser eterno e tantos outros que nunca pensaram em momento algum na coletividade, antes querendo locupletar-se ( e com todo sucesso diga-se de passagem) do evento que poderia mudar para melhor a vida de muitos, não de tão poucos.

Mais uma vez, Ronaldo Nazário, você perdeu a chance de calar a boca, de ficar na sua, de tentar cair no esquecimento de sua figura pública  e deixar em nossas mentes apenas a imagem do gênio dentro das 4 linhas que nos deu alegria, amor e paixão. Para que né? Melhor ser como o outro tosco de plantão o Edson Arantes que ao menos teve a esperteza de separar o Edson do Pelé, esperteza que lhe faltou como lhe falta em suas declarações idiotas.

Lamentável. Apenas lamentável.

É  isso.

Ouvindo: Cassiane


segunda-feira, 19 de maio de 2014

Sobre a forma diferente de adorar que encontrei e tem me transformado


Um lugar para se ir: ADalpha (Assembléia de Deus em Aphaville) Al Rio Negro, 650 Alphaville, Barueri.

Antes de mais nada quem escreve isso não é um Teólogo, não é um lido e sabido em práticas eclesiásticas, nada disso, sou apenas um pecador um profundo pecador, confuso, que erra, erra de novo e pra arrematar, erra mais uma vez. Mas tem um desejo de acertar, um profundo desejo de acertar, um desejo de limpar os escuros de uma alma atormentada, alguém que enfim, quer apenas acertar e ser feliz.

Creio que o processo de adoração a Deus não se torna completo sem o louvor em comunidade. Isso para mim é fundamenta e inegociável. Cristo quer que os seus se reúnam em comunidades e a Ele adorem juntos. Isso é bonito, necessário e acima de tudo importante. Não é algo para se fazer quando der, ou quando se quiser, é algo para se fazer sempre. Uma igreja é sempre o melhor lugar para se estar. Sempre.

Dentro deste processo é necessário que haja identificação com a igreja que se vai frequentar. Tanto com a membresia quanto com todo o sistema de adoração e  como ele é desenvolvido. Como membro cada antes de mais nada a mim orar pela direção da igreja que frequento e pedir que Deus a direcione, que Deus possa mostrar os caminhos mais adequados pelo qual a comunidade irá trilhar até chegar a Canaã Celestial.

Venho, a 41 anos, seguindo uma diretriz de adoração que tinha para mim como única correta e imutável. Não vou entrar em detalhes, nem vou julgar se certa ou errada é tal diretriz, até porque seria tacanho da minha parte qualquer critica a uma igreja da qual participei por tantos e tantos anos.

Um adendo no meio do texto: O Sábado é inegociável para mim. Uma verdade firmada pela palavra de Deus e não é de forma alguma uma questão de hábito, é minha firme crença. Algo que tenho certo e  definido. Uma vez isto colocado voltemos ao post.

Tenho conhecido uma nova forma de adorar. Muito mais "barulhenta" muito mais "corporal", na medida que não te deixa quieto e passivo no seu assento mas te convida a ser parte integrante do momento de louvor e adoração a Ele. Tenho ido a diversos cultos e acho que finalmente formei minha opinião que agora partilharei neste espaço que ninguém lê mas é o único que disponho para colocar para fora tudo o que fica dando voltas em minha perturbada mente.

A adoração Pentecostal, acho que posso chamar assim, é uma adoração para ser vivida não sozinho ou a dois ou mesmo três pessoas. Ela só se materializa quando o corpo da igreja em sua totalidade e plenitude se une para o mesmo objetivo, ou seja, para exaltar ao nome de Deus.

A música, não é o espaço de um, de alguém que supostamente tem dotes vocais superiores, mas é a democracia mais pura e linda que já vi. Os lideres do louvor existem apenas porque alguém precisa conduzir, não porque são melhores que os irmãos. São generosos e muitas vezes não cantam, antes ficam estimulando a igreja a cantar e adorar. Sim, em geral são pessoas que tem dotes vocais que se sobressaem, mas não de forma a chamar a atenção para isso, o que eles buscam é apenas dar uma beleza a mais para o que está se oferecendo ao Altíssimo naquele momento.

Quanto as mãos levantadas, as danças, os pulos, algo que sempre abominei como inútil e sem sentido, percebo que fazem sim, todo sentido. São sim, necessários e mais que isso, te levam para mais junto de Deus, te ajudam a sentir a unção derramada pelas músicas e orações entoadas. Te levam para mais perto do Pai, não como um transe, como algo inútil, mas como expressão de um coração que se quebranta a cada nota desafinada que sai da boca dos cantores e que chega de forma absolutamente linda aos ouvidos de Deus, pois revelam a intenção de coração dos adoradores e claro, aqui falo dos que afluem as igrejas com o desejo sincero de se derramar ao seu Criador, não aos que vão para aparecer ou fazer social, destes eu apenas espero que Cristo se compadeça.

Mais um. Não creio também de forma alguma nas expressões faladas em línguas estranhas. Não creio em nada que não possa ser traduzido e entendido por todos. Isso é minha crença, também, fundamentada no meu entendimento da palavra de Deus.

Esta adoração esta iniciando um lento porém creio eu irreversível processo de mudança em mim. Não de mudança de crenças fundamentais, mas mudança na forma como me relaciono com o louvo e adoração.  A busca pela adoração mais contrita, mais quebrantada é o que deve nortear a vida de um legítimo adorador. Não importa o quão sofisticada é a musica cantada se sua essência não te levar a um humilhar-se constante na presença de Deus, a um reconhecimento diário de que nada somos sem ele a uma vontade genuína e renovada diariamente de estar ao lado Dele, ansiando por sua volta.

Precisamos implorar pela volta do Esposo. Tal qual a noiva mais linda temos que nos preparar em todos os momentos para recebe-lo e esta preparação passa por estarmos em louvando-o e entrando em sua presença.

Tenho experimentado este novo tipo de adoração, que é novo para mim, é claro, e tenho sentido meu coração mudando, clamando por estar na igreja como a muito não clamava.

Percebi de mais importante em todo este processo é que não existe adoração genuína sem mudança. Se a adoração não me transformar, não me fizer alguém melhor dia a dia é porque eu ainda não me entrego da forma apropriada a Cristo e preciso me aprofundar ainda mais na adoração e clamar, e dobrar o joellho, e implorar para que Ele faça em mim a sua obra.

Termino este texto te convidando a experimentar desta adoração onde tenho congregado ultimamente e me sentido muito bem e este lugar é a ADalpha (Assembleia de Deus em Alphaville) que fica na Al. Rio Negro, 650 com cultos diários. Venha fazer parte de uma comunidade que tem como lema "A igreja dos amigos de Deus"

É isso

Ouvindo: Bruna Karla