É o time do Tom Brady né? O cara com número mais fodas entre os jogadores em atividade. O uniforme mais bacana,a torcida mais interessante, o estádio com arquitetura mais legal ao meu ver, enfim, uma vez que deixei de torcer para o Santos FC, meu time do coração desde o ventre de minha mãe, tinha que ter um time a altura para substitui-lo.
Por que deixar de torcer para Santos? Porque desisti do futebol brasileiro. Ele não presta. é dirigido, seja no nível dos clubes, seja no nível das federações e confederações, por bandidos. Bandidos que banalizam o amor que pessoas comuns como eu, que tem a cultura do futebol impregnada no seu DNA e não se importam em mercantilizar de forma vil a minha paixão e a de milhões de outros brasileiros. Pessoas que se arrogam donas de um patrimônio absolutamente intangível que é a marca de um time de futebol seja ele qual for, porque aqui não falo do que se pode ver. Se eles quiserem que fiquem com as instalações físicas, que fiquem com as bolas, uniformes, que fiquem com tudo, mas não mexam no escudo do meu time, não vendam a alma das agremiações porque senhores, elas não são suas.
Deixei o Santos de lado quando percebi que as pessoas que lá estavam e estão, não se importam em faze-lo maior do que já é, não querem eleva-lo a um nível realmente mundial que facilmente ele poderia alcançar. Quando percebi que só no Brasil, um time que tem desde sempre Pelé, figura maior do esporte chamado futebol em todos os tempos, homem que jamais será superado, ainda sim este time é pequeno, porque é gerido com time pequeno e endividado até a tampa, porque o dinheiro entra em um buraco negro que deve ir direto para o Atlântico, pois nunca se prestam contas, nunca se sabe o que com ele foi feito.
Torcedor no Brasil, ao menos o torcedor do futebol é nada além de um trouxa. Compramos camisas caríssimas, temos acessórios inúteis que na maioria das vezes nem queremos, porque os imbecis que gerenciam o marketing dos times não pesquisam antes de soltar um produto no mercado chegando ao cúmulo de em um passado nem tão distante assim, um dos maiores times do Brasil ter licenciado uma marca de cigarros!!!!! Produto que obviamente combina totalmente com um time de futebol. Em um panorama como este torcer, exercer o seu amor é impossível.
Ver jogadores entrando na justiça e com razão contra meu time, por não terem recebido o que lhes foi prometido e mais do que prometido, acordado via contrato, que obviamente não se respeita por estas plagas, é humilhante. Ver uma marca que poderia ser global, ser reduzida a praticamente nada e este nada ainda ser vilipendiado é humilhante demais para quem ama verdadeiramente ao seu time. Estive com o Santos desde de que me entendo por gente. Nas vitórias, nas derrotas. Ouvi minha vida inteira gozações sobre nunca ter visto Pelé ganhar as Libertadores e Mundiais que tanto me gabo para o meu time, vi quadros medíocres defenderem o manto Alvinegro, mas vi também Rodolfo Rodrigues, um dos maiores goleiros do mundo em todos os tempos vestir nossa camisa. Antes dele, tinha visto um de meus maiores ídolos, Marola, também goleiro, o cara que me fez jogar no gol cada vez que brinco de chutar uma bola.
Depois vi aos poucos o Santos renascer. Com Giovani, o Messias, com Robinho, Diego e tantos outros meninos da vila. Vi, esquecendo a a ordem cronológica, Camanducaia, um cara esforçado que corria como louco com o manto envergado lutando até a última gota de suor. Vi também Serginho Chulapa se consagrar. Vi Emerson Leão dirigir meu time com mão de ferro e leva-lo ao Campeonato Brasileiro. Vi tanta coisa com meu time. Vi evidentemente Neymar. E com ele, sinceramente, não me encantei. Não pelo futebol, soberbo, é claro, mas pelas atitudes dele e de seu pai, que tanto ajudaram a enxovalhar o objeto do meu amor futebolístico com seus castelo lotados de prostitutas entre
e outras estripulias. Não fiquei triste quando ele se foi. Quase sorri na verdade, mas ali era o início do fim.
Comecei a assistir via ESPN com alguma regularidade a NFL. Aqueles estádios lotados, os ingressos em sua maioria vendidos com antecedência. As pessoas respeitando os lugares do outro e quando o outro falta, seu lugar fica ali, intacto. Pessoas como o cara de chokito e deputado federal pelos Petralhas Andrés Sanches, figura nefasta para o futebol, como todos os outros dirigentes de nosso país, tirante raríssimas exceções, não cabem ali no modelo da liga americana. Tratam o futebol como um produto, respeitam o público que paga para ve-lo provem estacionamento, comida de qualidade, banheiros limpos, impecáveis, tudo isso a preço justo para que todos ganhem, sejam os jogadores, sejam os dirigentes, sejam os funcionários que aparam a grama, todos tem o seu quinhão na divisão do bolo e todos são recompensados. E a cada Domingo e Segunda o interesse foi crescendo.
Não é amor é claro. Jamais serei capaz de amar os Pats, não sou imbecil. Mas já os admiro, já domino as regras do jogo e me agrada não ser um jogo para idiotas, já consigo raciocinar como jogador ou técnico, me antecipo ao imaginar as jogadas possíveis, já vibro com um "Fumble" bem aplicado, com uma corrida de 40 jardas, com um passe perfeito, já reclamo quando acho que a jogada aérea seria melhor que correr com a bola, enfim, estou enturmado com o jogo. E sendo bem tratado. Ligo a TV e o jogo começa no horário prometido. A ESPN coloca narradores e comentaristas capacitados para comentar a partida e eles são divertidos, não são chatos como Galvão Bueno, o sabichão da TV Globo que nada sabe, mas insiste em achar que sabe.
O amor pelo meu Santos, este jamais morrerá. Mas a vontade de ve-lo jogar, ve-lo ser campeão de um torneio tão desimportante como um Campeonato Paulista é zero e zero é igual indiferença. Se o Santos ganhar o Paulistinha e o Brasileirinho, tanto az para mim. Se for a Libertadores este ano, pouco me importa. E se ganhar o Mundial de clubes, poxa, bacana. Estarei ligado na NFL e quero este ano torcer por Tom Brady, o mago dos passes perfeitos que não sabe correr, é bem da verdade, mas é o melhore mais vencedor. Go Patriots. Este ano é nosso novamente!!!
É isso.
Ouvindo: The Imperials