Leia a notícia, e tire suas conclusões. Darei a minha. (ainda que ninguém tenha pedido)
http://extra.globo.com/casos-de-policia/assaltante-amarrado-em-poste-espancado-ate-morte-por-pedestres-em-sao-luis-16686215.html
Que miserável homem que sou! Nãso me indigno mais. Acho tudo normal. Mesmo agora, escrevendo sobre esta coisa assombrosa, desoladora, que me causa nauseas, eu sei que daqui a pouco elas vão passar. Porque a vida segue dia a dia e tenho tantas preocupações que um desconhecido de São Luís, capital do Maranhão, terra dos coronéis da dinastia Sarney, esta praga que nos assola o país, não me toma mais que 15 minutos, o tempo que me impus para acabar este texto, pois estou fazendo oferta de imóveis e isso sim é para mim importante.
Nos recusamos enquanto sociedade a entender que o problema da criminalidade é sim, um problema do poder público constituido e nossos governantes não tem idéia do que fazer com ele. Isso nos irrita, nos faz gostar do discurso acéfalo de Sherazades e Bolsonaros que incentivam e se regozijam com este tipo de justiçamento.
Além disso, simplesmente sublimamos a questão social, nos refugiando em exemplos de pessoas que saíram dos extratos mais pobres da sociedade e tornaram-se vencedores por seus prórpios méritos, exemplos estes que são dignos de aplausos, pois não é fácil. Tanto não é fácil que por amostragem eles acontecem a cada 1.000 ou 5.000 casos de derrotas flagrantes, onde pessoas encontram no crime, sobretudo no furto e no tráfico de drogas um refúgio e mesmo aceitação entre os seus iguais.
Se você ao ler estes paragráfos acha mesmo que estou fazendo aqui apologia ao crime ou mesmo tratando como coitadinhos ou vitimas do sistema estas pessoas que matam, roubam ou estupram, você obviamente tem o cérebro do tamanho de uma nóz. O que digo aqui é que a vingança não nos pertence e ao matar um ladrão o povo se vinga, não faz justiça. Matar um assaltante, não faz do povo que se reuniu para lincha-lo, nada além de assassinos barbáros que devem responder a justiça por seus atos. E desculpem os fodões machões que o mataram, mas é fácil matar alguém depois que ele está amarrado e indefeso não? E quando os agressores são em mais de 50, 60 pessoas. Existe mesmo virtude nisto? Existe mesmo honra em massacrar alguém que já esta imobilizado, a mercê da turba louca? Se há, eu estou muito fora da casinha, pois para mim é covardia pura e simples.
Por que uma parcela da sociedade é tão ativa ao fazer o que é errado e tão omissa ao fazer oq ue seria o correto? Cobrar seus governantes, lutar por justiça social, por mais oportunidades para todos, brigar pela universalização do acesso a educação e cultura? Será que realmente estas pessoas acreditam que se houvesse uma melhor escolaridade e distribuição de renda aliado ao acesso a cultura não existiriam menos marginais para se justiçar? Será que estes miseráveis que mataram a outro miserável não tem em sua família ao menos um caso de parente que cometeu ilícitos? Será que querem para este parente o fim que deram ao estranho que lhes cruzou o caminho?
Onde vamos parar? Será que devemos esquecer qualquer possibilidade de que um dia a sociedade deixe de vingar-se de quem a ela faz mal e lute pela justiça? Acho, pelo andar da carruagem, que infelizmente este dia jmais chegará. Tristes dias estes em que vivemos, queira Deus que sejam realmente os últimos da história de uma humanidade doente.
É isso.
Ouvindo: Os Arrais
http://extra.globo.com/casos-de-policia/assaltante-amarrado-em-poste-espancado-ate-morte-por-pedestres-em-sao-luis-16686215.html
Que miserável homem que sou! Nãso me indigno mais. Acho tudo normal. Mesmo agora, escrevendo sobre esta coisa assombrosa, desoladora, que me causa nauseas, eu sei que daqui a pouco elas vão passar. Porque a vida segue dia a dia e tenho tantas preocupações que um desconhecido de São Luís, capital do Maranhão, terra dos coronéis da dinastia Sarney, esta praga que nos assola o país, não me toma mais que 15 minutos, o tempo que me impus para acabar este texto, pois estou fazendo oferta de imóveis e isso sim é para mim importante.
Nos recusamos enquanto sociedade a entender que o problema da criminalidade é sim, um problema do poder público constituido e nossos governantes não tem idéia do que fazer com ele. Isso nos irrita, nos faz gostar do discurso acéfalo de Sherazades e Bolsonaros que incentivam e se regozijam com este tipo de justiçamento.
Além disso, simplesmente sublimamos a questão social, nos refugiando em exemplos de pessoas que saíram dos extratos mais pobres da sociedade e tornaram-se vencedores por seus prórpios méritos, exemplos estes que são dignos de aplausos, pois não é fácil. Tanto não é fácil que por amostragem eles acontecem a cada 1.000 ou 5.000 casos de derrotas flagrantes, onde pessoas encontram no crime, sobretudo no furto e no tráfico de drogas um refúgio e mesmo aceitação entre os seus iguais.
Se você ao ler estes paragráfos acha mesmo que estou fazendo aqui apologia ao crime ou mesmo tratando como coitadinhos ou vitimas do sistema estas pessoas que matam, roubam ou estupram, você obviamente tem o cérebro do tamanho de uma nóz. O que digo aqui é que a vingança não nos pertence e ao matar um ladrão o povo se vinga, não faz justiça. Matar um assaltante, não faz do povo que se reuniu para lincha-lo, nada além de assassinos barbáros que devem responder a justiça por seus atos. E desculpem os fodões machões que o mataram, mas é fácil matar alguém depois que ele está amarrado e indefeso não? E quando os agressores são em mais de 50, 60 pessoas. Existe mesmo virtude nisto? Existe mesmo honra em massacrar alguém que já esta imobilizado, a mercê da turba louca? Se há, eu estou muito fora da casinha, pois para mim é covardia pura e simples.
Por que uma parcela da sociedade é tão ativa ao fazer o que é errado e tão omissa ao fazer oq ue seria o correto? Cobrar seus governantes, lutar por justiça social, por mais oportunidades para todos, brigar pela universalização do acesso a educação e cultura? Será que realmente estas pessoas acreditam que se houvesse uma melhor escolaridade e distribuição de renda aliado ao acesso a cultura não existiriam menos marginais para se justiçar? Será que estes miseráveis que mataram a outro miserável não tem em sua família ao menos um caso de parente que cometeu ilícitos? Será que querem para este parente o fim que deram ao estranho que lhes cruzou o caminho?
Onde vamos parar? Será que devemos esquecer qualquer possibilidade de que um dia a sociedade deixe de vingar-se de quem a ela faz mal e lute pela justiça? Acho, pelo andar da carruagem, que infelizmente este dia jmais chegará. Tristes dias estes em que vivemos, queira Deus que sejam realmente os últimos da história de uma humanidade doente.
É isso.
Ouvindo: Os Arrais