terça-feira, 7 de julho de 2015

E fez-se justiça. (ainda que para mim, pareça unica e exclusivamente, vingança.

Leia a notícia, e tire suas conclusões. Darei a minha. (ainda que ninguém tenha pedido)

http://extra.globo.com/casos-de-policia/assaltante-amarrado-em-poste-espancado-ate-morte-por-pedestres-em-sao-luis-16686215.html

Que miserável homem que sou! Nãso me indigno mais. Acho tudo normal. Mesmo agora, escrevendo sobre esta coisa assombrosa, desoladora, que me causa nauseas, eu sei que daqui a pouco elas vão passar. Porque a vida segue dia a dia e tenho tantas preocupações que um desconhecido de São Luís, capital do Maranhão, terra dos coronéis da dinastia Sarney, esta praga que nos assola o país,  não me toma mais que 15 minutos, o tempo que me impus para acabar este texto, pois estou fazendo oferta de imóveis e isso sim é para mim importante.

Nos recusamos enquanto sociedade a entender que o problema da criminalidade é sim, um problema do poder público constituido e nossos governantes não tem idéia do que fazer  com ele. Isso nos irrita, nos faz gostar do discurso acéfalo de Sherazades e Bolsonaros que incentivam e se regozijam com este tipo de justiçamento.

Além disso, simplesmente sublimamos a questão social, nos refugiando em exemplos de pessoas que saíram dos extratos mais pobres da sociedade e tornaram-se vencedores por seus prórpios méritos, exemplos estes que são dignos de  aplausos, pois não é fácil. Tanto não é fácil que por amostragem eles acontecem a cada 1.000 ou 5.000 casos de derrotas flagrantes, onde pessoas encontram no crime, sobretudo no furto e no tráfico de drogas um refúgio  e mesmo aceitação entre os seus iguais.

Se você ao ler estes paragráfos acha mesmo que estou fazendo aqui apologia ao crime ou mesmo tratando como coitadinhos ou vitimas  do sistema estas pessoas que matam, roubam ou estupram, você obviamente tem o cérebro do tamanho de uma nóz.  O que digo aqui é que a vingança não nos pertence e ao matar um ladrão o povo se vinga, não faz justiça. Matar um assaltante, não faz do povo que se reuniu para lincha-lo, nada além de assassinos barbáros que devem responder a justiça por seus atos. E desculpem os fodões machões que o mataram, mas é fácil matar alguém depois que ele está amarrado e indefeso não? E quando os agressores são em mais de 50, 60 pessoas. Existe mesmo virtude nisto? Existe mesmo honra em massacrar alguém que já esta imobilizado, a mercê da turba louca? Se há, eu estou muito fora da casinha, pois para mim é covardia pura e simples.

Por que uma parcela da sociedade é tão ativa ao fazer o que é errado e tão omissa ao fazer oq ue seria o correto? Cobrar seus governantes, lutar por justiça social, por mais oportunidades para todos, brigar pela universalização do acesso a educação e cultura? Será que realmente estas pessoas acreditam que se houvesse uma melhor escolaridade e distribuição de renda aliado ao acesso  a cultura não existiriam menos marginais para se justiçar? Será que estes miseráveis que mataram a outro miserável não tem em sua família ao menos um caso de parente que cometeu ilícitos? Será que querem para este parente o fim que deram ao estranho que lhes cruzou o caminho?

Onde vamos parar? Será que devemos esquecer qualquer possibilidade de que um dia a sociedade deixe de vingar-se de quem a ela faz mal e lute pela justiça? Acho, pelo andar da carruagem, que infelizmente este dia jmais chegará. Tristes dias estes em que vivemos, queira Deus que sejam realmente os últimos da história de uma humanidade doente.

É isso.

Ouvindo: Os Arrais

segunda-feira, 6 de julho de 2015

O Inverno, as ruas, os moradores de rua, a tristeza.


Não existe uma política séria para acolhimento de moradores de rua no Inverno. A bem da verdade, não existe política de acolhimento em época alguma do ano, mas no Inverno a coisa fica mais triste e difícil.

Vivi esta triste realidade por um tempo de minha vida e o Inverno, que para muitos (inclusive para mim hoje em dia) é uma estação do ano para se estar ainda mais junto de quem se ama, para moradores de rua, se torna um suplício, um verdadeiro mártirio. Se já são invísveis por natureza, imagine no Inverno?

A fome, ou um estado permanente de insatisfação alimentar que assola o morador de rua já é díficil de lidar por si só, mas quando a ela se alia o frio, a chegada da Depressão também é certa, pois triste demais é viver assim. E o que temos eu e você leitor com isso? Nada. E tudo.

As prefeituras das cidades em que vivemos, são as responsáveis pela resoulução de questões como esta. A da maior metrópole da America Latina, São Paulo, entra ano, sai ano, nada faz. Faz ciclovias discutíveis para ganhar votos com os politicamente corretos, faz bilhete único, faz obras que cheiram mal, mas acolher os seus cidadãos que desafortunadamente moram em condições precárias, não esta e nem nunca esteve entre suas prioridades. Acolher é necessário e é sim um dever do estado, pois não o poder público não pode virar as costas para quem nada tem, ao contrário, deve minorar os seus problemas.

Os albergues noturnos da prefeitura beiram o ridículo com funcionários que tratam mal a quem a eles recorrem, de tal forma que muitos moradores de rua preferem na rua ficar para manter o minímo de dignidade que lhes resta. O mais patético é colocar  quem está lá dentro na rua as 5:00 horas da manhã, exatamente quando o frio é maior e mais intenso. Por que? Certamente nem os gestores destes locais tem uma resposta adequada, mas arrisco dizer que a grande questão é simplesmente a falta de vontade de lidar com pessoas pobres e derrotadas.

Pessoas a quem restou a rua como moradia, não deixam de ser pessoas. Não deixam de sentir fome frio e medo. Tentar dizer que só chega a esta situação quem perdeu para si mesmo é tacanho e grosseiro. Ficar quieto é melhor. As histórias que conheço de pessoas com as quais convivi são de cortar o coração e me fizeram pensar sobre o poder das palavras, de gestos impensados, sobre a falta de sensibilidade e sobretudo sobre o poder nefasto da indiferença.

A tristeza latente nas palavras e olhares de quem nada tem além do asfalto como cama deveria nos tocar, deveria nos fazer cobrar ações concretas de quem pode e deve toma-las. Somos cidadãos, pagamos impostos e querer que eles se revertam apenas em nosso beneficio além de mesquinho é pouco poducente, pois quanto menos moradores de rua existirem, mais pessoas reabilitadas para o convívio social haverão. Olhar para um desvalido e fazer de conta que ele não existe não faz com que ele não exista, só nos torna pessoas um pouco menos generosas e bondosas do que deveríamos ser.

Moradores de rua existem, precisam de ajuda e é em minha opinião, nosso dever ajuda-los. Não apenas com um prato de sopa quente, embora isso ajude muito, mas com uma mobilização séria e coordenada para que as prefeituras tomem para si o papel que lhes cabe neste Inverno que esta apenas começando.

É isso.

Ouvindo: Leonardo Gonçalves

domingo, 5 de julho de 2015

Somos todos Maju? talvez até a página dois.

Este texto me ocorre após ler um artigo publicado no www.geledes.org.br que eu não sei "lincar" aqui, mas entra no site que dá pra achar fácil. Evitei usar a hashtag quando escrevi sobre o assunto no meu face e não sabia bem porque. Este texto me esclareceu o motivo do incômodo e me fez querer escrever este aqui:

Somos todos Maju? Será mesmo? Pois bem, vamos ver.

Somos Maju quando apoiamos as Rondas Ostensivas Tobias Aguiar, a venerada ROTA, polícia de elite de São Paulo abordar quase o dobro de negros em erlação as outras etnias? A maioria aplaude por achar que negro e ladrão são palavras sinônimas. Isso é ser Maju?

Quando os negros ainda hoje ganham menos que os brancos para funções semelhantes em grandes empresas, somos todos Maju?  Quando ouvimos impássiveis sem reagir babaquices como "aquele negro tem alma branca", entre outras bestialidades, somos todos Maju?

Ao vermos um negro dirigindo um carrão e automaticamente acharmos que ele é o motorista de alguém, não o proprietário, somos todos Maju? Afinal, negro não tem poder aquisitivo para comprar um carrão né? Deve ser produto de furto ou condução profissional.

E quando negros são preteridos para promoções em empresas por serem negros? Somos todos Maju? Fala sério né?

E a maldita da "boa aparência" como fator de contratação para o mercado de trabalho? Somos todos Maju quando ela aparece nos anúncios, ou pior de maneira implicita como tudo que é racista?

Somos Maju quando temos quase 70% da população carcerária composta por negros e isso não nos diz nada sobre o problema da educação desta parcela da população? Se somos, estamos sendo Maju da forma errada.

é fácil ser Maju. Ela é "global" (arghhhhhhh!!!) pega bem e em que pese o fato de ela de fato merecer todo apoio possivel, ser Maju é bem mais do que uma hashtag. Chega a ser rísivel o nível de alegria de algumas pessoas depois de utilizarem a hash se achando as melhores e mais bacanas pessoas  do mundo. Quando o racismo sofrido por alguém vira chance de promoção de outros que nem sabem o que estão fazendo, é porque o mundoé um bosta total!!!

É isso.

Ouvindo: Olodum

terça-feira, 30 de junho de 2015

Redução da Maioridade Penal: Sou contra


O povo Brasileiro deveria lutar contra a sua instrumentalização. O tempo todo, seja qual for o assunto, setores dominantes tentam e (quase sempre conseguem) instrumentalizar e guiar o populacho rumo ao que eles desejam. O povo, sempre a mercê de sua prórpia ignorância bovinamente segue suas emoções e a forma com que elas são manipuladas além de vergonhosa é também eficiente então questões capitais para a sociedade que requerem amplo debate acabam sendo definidas com discursos opacos cheios de tergevisações e meias verdades, quando não mentiras completas.

Sou contra a redução da maioridade penal. Misturar adolescentes e mesmo crianças com mestres do crime como se pretende é no mínimo idiota. Claro que o nível de perversidade a que  esta geração chegou, com adolescentes matando a troco de nada demanda soluções práticas e mesmo severas. Mas reduzir a maioridade penal é apenas a mais fácil delas, não a mais efetiva e muito menos a mais acertada.

Nosso povo tem sede de sangue. Faça-mos hoje um plebiscito sobre a pena de morte e infelizmente ela ganharia. Perdemos a referência de como lidar com nossos jovens, de como colocar nos eixos  o que descarrilou mas esquecemos sobre tudo que a falta de educação de qualidade para nossos jovens, a falta de opção de lazer nas comunidades, a falta de futuro, aliada ao dinheiro fácil do tráfico de drogas e outros crimes é o que causa a fervura no caldo cultural das periferias onde gente sem perspectiva vende drogas para gente igualmente sem perspectiva, mas vende muito mais para os riquinhos  que para lá afluem buscando sua dose dipária de alegria em capsula.

Não temos como deixar de falar sobre o estrangulamento das oportunidades de emprego que a falta de edfucação formal traz para jovens e também de uma escola pública que desestimula de forma brutal a sua frequência. Deixamos hordas de jovens sem opção alguma e simplesmente viramos as costas para esta realidade. Não prego que jovens criminosos sejam coitadinhos ou mesmo frutos do sistema, longe disso, acho que cada um de nós opta pelo que quer ser e fazer de nossas vidas, mas ao pularmos este tópicos do debate, estamos empobrecendo-o, deixando-o menos justo e praticamente tomando partido dos que querem mais presídios, mais prisões e uma polícia cada vez mais violenta. Queremos realmente isso?

Ao invés de clamarmos por punição pura e simples, porque não clamamos por mais  e melhores escolas, por um serviçõ de acolhimento psicológico do jovem antes que ele enverede pelo crime? Por que não pedimos para que crimes hediondos sejam livres de faixa etária, tendo punição independente da idade  com que a pessoa o cometa? Não é mais racional? Não é mais digno?

Não buscamos justiça, buscamos vingança e uma sociedade que se vinga de seus algozes não pode ser justa é simplesmente vingativa e isso vem dos mais baixos instintos humanos. Não é fácil admitir tal realidade mas é assim que a coisa é. Menos vingança e mais justiça, é isso que precisamos.

É isso.

Ouvindo: Lana Del Rey

Mais outro poema meu (Um laço de fita)


Um laço de fita adorna o belo vestido.
O belo vestido que veste seu corpo.
Seu corpo que flana ao sabor do dia, ao sabor do vento.
Seu corpo que é laço, que me envolve e tonteia, que de homem me torna menino.

Um laço de fita em um belo vestido.
O vestido é amarelo, mas nem precisava.
Pois o Sol é você e você é o Sol.
Um laço de fita, um Sol da manhã, um Sol a meia noite, um Sol que não se apaga.

Um laço de fita, a fita é de Seda.
A Seda é suave, mas a vida não é.
Mas ao vê-la surgindo, em seu laço de fita
Suavizam-se em mim as tristezas acumuladas.

Um laço de fita em um lindo vestido amarelo,
Seu olhar faíscante, sua beleza que me contagia,
Um Sol permanente,
Um bom dia para enfim, morrer feliz.

É isso

Ouvindo: Dixie Chicks, BarlowGirl

segunda-feira, 29 de junho de 2015

Marieta Severo calou Fausto Silva?


As redes sociais, dominadas por pessoas ignorantes e estúpidas reverberam os fatos do mundo real sempre com uma boa dose de distorção e sempre gerando polêmicas vazias e sem sentido. A da vez aconteceu ontem e dominou o dia de hoje com comentários e artigos metidos a besta que buscam "explicar" algo que não carece de explicação alguma.

Marieta Severo foi ao programa do Fausto Silva. Fausto é a muito tempo a coisa mais chata da TV, exceto pelas "vídeos cacetadas" que sempre que posdsível assisto, não pelas cacetadas, mas por ser o único momento em que ele Fausto remotamente lembra o grande comunicador cheio de expontâniedade do "Perdfidos da Noite. Pois bem, ela foi e ele em uma atitude impensada e até ingênua de certa forma deu uma desancada no Gov. Federal e nos estado de coisas ao que os Petralhas nos levaram.

Acontece que Fausto esquece-se apenas  de que Marieta tem um histórico de simpatia pelos Petralhas e sua esquerda torpe e vil e claro que da mesma forma com que ele disse o que queria Marieta até por ser convidada do programa sentiu-se no direito de responder. E o fez. Eu estava sintonizado no programa e o que vi foi uma Marieta Severo elegante, educada colocando seu ponto de vista de forma tranquila, sem ser agressiva ou mal educada com Fausto. Apenas defendeu os Petralhas e ainda fez um "mea culpa" ao falar sobre a situação atual. Nada além disso. O programa seguiu-se com aquelas homenagens constrangedoras em certa medida a Marieta e logo depois vieram as cacetadas. A vida seguiu.  Jantei, vi o Fantástico e fui dormir.

Mas nas redes sociais nada é tão simples assim. E o que se seguiu foi Marieta indo parar nos tais "Trending Topics" do Twitter e uma série de posts virulentos no Facebook. Por que??? Por que ela ter dito o que pensa de forma elegante? Por ela ter sido autêntica? E por Fausto Silva ter aceitado o que ela disse com toda a educação também? Sem debates vazios?

Quer saber galera?  ESSE PESSOAL  DAS REDES SOCIAIS TEM MAIS É QUE IR A MERDA!!!! Ja cansou essa babaquice!!! Ninguém calou a boca de ninguém. Triste isso! Gente mais besta!

É isso

Ouvindo: Originais do Samba

Dunga, os afrodescendentes e a estupidez que galopa triunfante


Dunga, o técnico da seleção brasileira de futebol é em suma, um asno.  É, um asno. Com todo perdão que se deve a este animal que em certa medida é tão simpático, Dunga não passa disso. Um asno que anda como um bípede, se veste como um ser humano mas ao falar revela toda o seu jeito asno de ser. Lhe falta cultura e refinamento e na verdade ninguém é obrigado a te-los, mas se a pessoa ocupa uma certa posição, precisa sim, saber posicionar-se. Se não for assim, melhor que peça para sair.

Dunga Lelé disse a quem quisesse ouvir (e a quem não quisesse também) que parecia um "afrodescendente" pelo tanto que GOSTA de apanhar. Ainda que PVC e Juca Kfouri (este bastião de uma esquerda que já morreu a tempos e ninguém enterra), tenham tentado relativizar as palavras de Dunga, que parece mais com o Zangado, não há relativização possível. Será possível que o técnico(?) da seleção achou que ao invés de dizer que apanhou como "Negro" e sim como "afrodescendente" mudaria as coisas? suavizaria a declaração tosca e sem sentido?

Tudo bem que o país tenha virado as costas para esta seleção mequetrefe a tempos e ninguém se importe com o que acontece com seus integrantes, mas isso não dá direito ao seu técnico de dizer um despautério deste, de forma tão clara e em alto e bom som. Dunga não pode dar entrevistas e isso já se sabe a muito tempo. Ou ele hostiliza os repórteres (embora muitos dado ao nível imbecil de suas perguntas mereçam) ou ele declara alguma pérola da insensatez. Dunga não é um técnico a altura da seleção seja porque não tem soluções táticas que atendam ao atual momento do time e sobretudo porque é claramente descerebrado. Dunga é uma piada de mal gosto que o presidente da CBF o enrolado Marco Polo Del Nero faz questão de continuar contando para o país.

O grande problema de nosso país e a grande sorte de Dunga é que somos uma pátria de cretinos, tanto quanto Dunga é cretino. Colorimos os perfis nas redes sociais mas não escrachamos a quem fala absurdos e detona com todo um segmento da população porque no fundo a grande maioria de nós não se importa e não vê problema algum na declaração infeliz do anão amigo Branca de Neve. A estupidez é cada vez mais galopante e dominante em nossa sociedade e este quadro não vai mudar.

O futebol, que serve sa perfeição como retrato de nosso povo, afunda de forma inexorável e leva com ele seus protagonistas engolfados em uma lama que vai desde o futebol tacanho jogado até as frases que mostram o carater das pessoas que dizem servir a seleção mas na grande maioria das vezes servem aos seus própios interesses. Este jogo, o jogo contra a estupidez, o país esta perdendo. E de goleada.

É isso

Ouvindo: Tim Maia