sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Esperança, ela ainda existe?


Ainda existe esperança? Ainda é possível ser feliz, ser alguém? Ainda tenho a possibilidade de olhar para o futuro e me ver confortável e feliz nele?

Policiais batem em estudantes, políticos cada vez mais tem menos vergonha de seus maus feitos e os escancaram para que a população não apenas os veja, mas sinta os seus efeitos. A natureza grita desesperada por estar morrendo, sendo assassinada dia a dia sem dó pelo homem inescrupuloso que mesmo vendo-a morrer ainda sim retira dela o que ela não tem mais a oferecer.

As pessoas morrem de fome, as pessoas se matam por comida, por água e principalmente se matam por nada. Sim, por nada. Adolescentes matam por um tênis, por dívida de drogas, porque um olhou atravessado para o outro. Isso significa alguma coisa? O mundo perdeu o prumo, é isto que significa, o mundo perdeu o prumo irremediavelmente.

Não tenho vergonha de dizer que em meu ponto de vista a única esperança não para o mundo mas para os indivíduos que nele habitam é Jesus. Sim, Jesus. Sem Jesus em nossas vidas de forma individual, não conseguiremos agir mais de forma coletiva pelo bem da humanidade. Humanidade esta que nada mais é do que um "catado" de pessoas que corre sem direção, cada um por si, olhando apenas para o seu umbigo e por este motivo tropeçando aqui e acolá. Se não corremos por um objetivo maior que o nosso próprio bem estar estamos fadados a fracassar.

Apenas um olhar realmente despido de egoismo pode trazer união e somente a união pode fazer um mundo minimamente melhor. Enquanto muitos morrem de fome, padecem de frio e sede poucos tem conforto. Onde foi que nos perdemos? E principalmente, onde foi que perdemos o nosso ponto de conexão com o Eterno, com aquele que pode nos guiar em trilho seguro? Se somos assim hoje, é porque recusamos os ensinamentos de Cristo, nada além de disso. Sim, meu blog normalmente não toma partido, mas até quando vou me calar e deixar de dizer o que eu penso? Só Jesus, só o seu poder, só a nossa completa submissão a Ele pode nos colocar como seres individuais novamente no caminho reto e se cada um de nós entrarmos neste caminho, naturalmente as coisas melhorarão.

É evidente que  nem todos entrarão por este caminho,  a maioria não entrará. Estamos ocupados demais em polir a nossa auto confiança em vencer os nossos problemas apenas com nosso próprio esforço. Isso não vai acontecer. Sem Jesus estamos fadados ao fracasso e a esperança de um mundo melhor descerá pelo ralo de nossas vidas de forma inexorável.

Somos sim, seres dependentes de Jesus Cristo e de seu amor, temos a necessidade de com ele caminhar querendo admitir ou não. Podemos nos refugiar na música, no esporte, na política, no sexo, onde quisermos, mas na noite fria de nossa alma, sabemos onde  buscar as respostas e se  você que lê não sabe, eu te digo: Busque seu auxílio em Cristo, só ele pode nos ajudar a escuridão vencer,  a sermos pessoas dignas pois fomos criados a sua semelhança. Cristo nos espera, de braços abertos a mim, a você a todos.

Aceitar que se é dependente de um ser que nem podemos ver talvez pareça loucura, mas em quantas loucuras acreditamos o tempo todo? Em quantas teorias vazias colocamos nossa fé? Cristo é nosso abrigo, nossa fonte de segurança, ele nos chama para a liberdade, nos da a oportunidade de vivermos uma vida realmente plena em todos os aspectos nos mantém íntegros e prontos para vencer qualquer desafio.

Sim, crer em Cristo e com ele andar requer fidelidade. é uma escolha por vezes difícil, mas quantas escolhas fazemos todos os dias e quantas escolhas sem sentido fazemos? Nossa mente nos prega peças o tempo todo e nos diz que acreditar em Deus é algo fora de moda, que ele está morto. Não está. As vezes tudo o que temos a fazer é voltar ao básico da vida, é acreditar no que é simples demais e por este motivo se torna tão complicado. Descomplicar o simples é o que devemos fazer. Deus, muito mais do que vivo é o próprio doador da vida e de uma vida tão abundante que corre como uma fonte de água limpa que jamais se acabará.

Há um Deus no céu e ele olha por mim e por você e por este motivo a esperança existe sim e pode se renovar a cada dia no coração daqueles que o Amam. Se você acha esta conversa muito louca, prove a Deus, sem medo, sem reservas, torne-o um amigo seu, compartilhe seus medos, tristezas e também alegrias com Ele e perceba que aos poucos uma vida nova e completamente diferente da que vivia emergirá.

Existe sim esperança. Ela está em Jesus Cristo. Esta em nossa escolha em ser fiel a Ele. Estarei orando para que cada um que ler este post possa de alguma forma sentir-se tocado ao ao menos tentar experimentar tal momento com Cristo. Se possível, ore também por mim.

É isso

Ouvindo: Alessandra Samadello

Geraldinho e sua policia que prende estudantes


Prender estudantes? Como assim??? Há!, é só conduzir até a delegacia... Dai pode né Geraldinho? Geraldinho, Geraldinho... Qual é a sua man? Quer realmente cair no buraco mais fundo  que um político pode cair que é ser o cara que odeia a educação pública do seu estado?

Gerir a crise hídrica do seu estado de forma tacanha e irresponsável aumentando as tarifas de água de forma vil e escorchante não é o suficiente para você?  Tem que ser agora o cara que joga a polícia em cima de estudantes que não querem estudar longe de casa? Você comeu bosta no café da manhã Geraldinho?

Uma polícia que prende estudantes é análoga a polícia de Paulo Maluf que se orgulhava de ter uma ROTA que atirava primeiro e perguntava depois caso o cadáver ainda pudesse responder alguma coisa. Geraldinho sempre se disse um democrata enquanto Maluf nunca negou um lado ditador. É vergonhoso ver policiais entrando em confronto com estudantes quando deveriam protege-los. Geraldinho caminha a passos largos para ter o pior mandato de governador da história e parece não se importar nem um pouco.

Geraldinho ainda tem pretensões de ser presidente do país, mas eu me pergunto: Como será a educação em um eventual mandato presidencial de Geraldinho? A Policia Federal vai bater em estudantes também? Geraldinho tem um problema, sua imagem esta irremediavelmente arranhada, ele agora é conhecido como inimigo número 1 da educação em São Paulo e com toda a razão!

Pobres estudantes da rede pública estadual Em SP. Tem um ensino de péssima qualidade e ainda apanham de policiais truculentos e despreparados. O que mais falta acontecer?

É isso.

Ouvindo: Titãs

quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Como se fosse possível...


Só um psicopata acha que controla tudo. não dá, sem chance. Na verdade, são tão poucas as coisas que controlamos que sentir-se no controle  é quase que uma ilusão, uma quimera, mas uma quimera que muitos querem viver, muitos acham que vivem e acabam sendo felizes nessa ilusão.

Não tenho tal  ilusão embora de verdade, sendo bem sincero, eu queria sim a ter. Mas como seria isso possível?  Vamos ser sinceros, o que controlamos os outros? Ou reformulando, controlamos apenas o outro que esta ao nosso lado? Controlamos o seu amor? O seu desamor, o seu querer, suas vontades e sua falta de vontades? Claro que não!

Controlamos motoristas bêbados, mendigos que nos abordam em busca de pão? Controlamos a memória quando ela falha?  O passado controlamos? E o presente? E o futuro então? O que temos de controle sobre o futuro?

Quantas pessoas não fumam, não comem carne, não bebem refrigerantes e tantas outras coisas e ainda sim padecem de câncer? Quantos não entram em um avião e ainda sim morrem de maneira besta? Por que ter a ilusão falsa do controle?  Apenas porque temos a vontade de controlar? Sim ela é latente e insana em nós, a vontade de controlar a mulher, o marido, os filhos, os colegas sem noção, controlar a tudo e fazer com que as coisas sigam o nosso padrão. Como se isso fosse possível, como se o nosso padrão fosse o correto e guiado por ele a humanidade fosse ser melhor e mais feliz.

Mesmo sabendo não ser possível, agimos como se fosse e como se exercer controle sobre tudo e todos fosse uma realidade palpável e esquecemos que quanto mais controle tentamos exercer, mas ele escorre pelas mãos e o que resta é um total descontrole tanto emocional quando físico como em todas as outras áreas da vida.

Não sou de forma alguma um partidário do deixa vida me levar, vida leva eu, mas acho tão fora de propósito querer controlar o que não se pode controlar que fico abismado com quem tenta de forma tão ferrenha fazer com que o controle seja exercido. Pior, controle sempre, ou quase sempre tem a ver com força, com exercer poder e claro isso traz a questão da opressão. Controlar via poder é quase sempre, ou sempre, oprimir, então prefiro não controlar, apenas deixar as coisas correrem o seu curso natural e claro, se possível, desviar um tantinho aqui ou ali pra ver se vai pra onde eu quero.

Difícil essa questão, difícil saber o que é um tantinho e o que é tentativa descarada de manipulação. A vida é assim. É assim que a vida é.

É isso.

Ouvindo: Bread


Sobre luzes e melancolia


Não é que eu seja uma pessoa cinza, nada disso. Embora em alguns momentos esta cor me caia bem como metáfora de uma vida vivida as margens da felicidade. E é bem isso sabe? Engraçado esta definição ter vindo agora, mas eu vivo as margens da felicidade. Ela é como um rio caudaloso, porém manso e gentil, que convida a  um mergulho profundo em seu leito, mas eu não me arrisco. E se eu me afogar de tanta felicidade? E se eu me acostumar com ela? Oque eu faço o dia que o rio secar?

Falar sobre melancolia é correr o risco de resvalar em vários clichês e dos piores clichês na verdade. é ser patético querendo ser apenas o que se é, pois a melancolia vista por quem a observa e não sentida por quem a vive é nada além de patética. Eu não invejo quem é feliz o tempo todo, apenas não entendo como alguém pode viver assim. Não entendo. Me demandaria um esforço que não esta em mim.

Não sou, é claro um um infeliz contumaz, nem de longe, apenas não sou o cara mais solar do mundo e sempre sinto uma ponta de falsidade ou de forçação de barra em quem faz questão de andar com um sorriso atarraxado nos lábios o tempo todo. Minhas alegrias são pontuais, como flashes de luz que espoucam aqui e acolá e logo se apagam. O mundo, não é um playground gratuito e as diversões que encontramos nele geralmente são pagas, além de muito caras.

E o pior é que pagamos caro por diversões baratas, esse é o lado irônico da  questão.  Uma limonada por exemplo, nunca pode ser apenas uma limonada, ou seja, limão, água e açúcar. Isso não é limonada nos dias de hoje. Para ser reconhecida como tal, ela tem que ser servida com raspas disso, redução daquilo, com açúcar especial de nome empolado e em porção minima que pega mal tomar um copão de limonada ou o que quer que seja.

A melancolia me mantém são. Não aceito sair sorrindo sem vontade. Não acendo luzes onde a escuridão é mais acolhedora. Sou feio, ninguém precisa ver meu rosto iluminado com um sorriso e piorar a situação da feiura com a exposição de uma arcada dentária prejudicada. Eu não vou pedir para que sorriam para mim também, a menos que queiram. Luzes são necessárias as vezes, mas podem ficar adormecidas se necessário for.

Eu gosto de sentar sozinho no Starbucks pedir um café e observar. Observar pessoas, observar atitudes observar a mim mesmo. Meus cafés são sempre cheio de cremes e gelados e com tudo que os faça não parecer com café da forma como eu mesmo o conheço. é minha forma de fugir. Se eu peço um café simples, um expresso, estou no modo realidade. Se o café é cheio de trique trique é claro que quero mais do que a experiência de sorver cremes que de tão gelados me dão dor de cabeça. Estou fugindo seja do que for e o Starbucks e seus cafés são meu porto de seguro. Dai posso sorrir de forma anônima, fora da realidade, desligando a minha própria consciência e apenas observando outras pessoas e suas formas teatrais de viver a vida.

O teatro de viver não é para mim. Não sou canastrão, não sou histriônico e muito menos sou um bom ator. Sou um minimalista que joga suas emoções na cara dos outros e ninguém gosta disso. No palco, sempre sou vaiado, as luzes se apagam para mim e ligam as luzes de serviço indicando que o breve espetáculo acabou. O minimalismo emocional não serve nos dias de hoje. Ser quer se é, ter a consciência de seu papel no mundo não serve para nada além de ser acometido de uma melancolia cronica. Mas e dai? Quem liga de verdade para isso?

Por mim, as luzes podem adormecer a mesmo entrar em sono profundo. Vivo de sombras, vivo nas sombras. Sou um vulto, não uma forma completa. A vida vai, a vida vem e um dia ela acaba. E ninguém nem nota, a verdade é esta.

É isso.

Ouvindo: Chris Rice

sábado, 28 de novembro de 2015

E eu que já não sou assim, muito de ganhar...


Não fui destinado a coisas grandes. Grandes vitórias, grandes acontecimentos, fama sucesso, dinheiro.  Não, nunca fui. Sé me resta, como diz a canção, fazer o melhor que for capaz, para viver em paz.

Admiro é claro as pessoas destinadas aos grandes feitos, a relevância. Admiro quem sabe lidar com isso. Eu, muito provavelmente, se fosse destinado a vitória inconteste em todos os campos da vida, muito provavelmente não saberia lidar com isso,  pois vencer o tempo todo e vencer de goleada, jogando o fino, traz olhares, comentários, que podem desestruturar, mas sobretudo exige uma manutenção deste status quo que pode ser excruciante, ou ao menos para mim, certamente seria.

Não sendo muito de ganhar, posso saborear cada rara vitória como um feito digno de nota e como se fosse o último feito digno de nota que cometo. E talvez seja. A cada pequena vitória, a cada degrau galgado a duras penas, me encho de alegria e me sinto pleno de orgulho por tal feito exatamente porque não sendo muito de ganhar, sei bem o esforço que fiz para tanto.

A vida não é uma ciência exatas e ainda bem que é assim. A vida vai, vem, da voltas e as vezes me revolta, mas acima de tudo sempre me surpreende. E são as surpresas que me animam, que me encorajam e quando negativas, me ensinam. A necessidade de superação, as pedras no caminho, as pessoas que jogam contra, os pensamentos que querem me jogar para baixo e me derrotar e partem de mim mesmo, tudo isso, ao ser superado gera uma sensação tão positiva que me faz saborear por dias, as vezes meses cada vitória. Refaço mentalmente  o passo a passo de minhas pequenas conquistas tento guardar de forma definitiva o caminho que segui e as atitudes que tomei, pois podem me ser úteis no futuro.

Quem não é assim, muito de ganhar, sabe a importância de vencer ainda que de vez em quando. Quem já é um  vencedor nato, não entenderá jamais o tema deste blog. é como comparar a vida do Pato Donald e de seu primo sortudo, Gastão. Não existe parâmetro possível para quem vence r comparar sua vida de vitórias com as do que tem uma ou outra na vida.

Eu realmente não sou muito de ganhar. Mas e dai? Faço o melhor, que sou capaz, para viver em paz!

É isso.

Ouvindo: Los Hermanos

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Final de tarde


A esperança é o que nos move, ou ao menos, o que me move. Eu espero um mundo melhor. Não um mundo sem inflação guerras ou catástrofes naturais. Tudo isso vai continuar acontecendo cada vez mais.

Mas eu espero sim um mundo mais gentil, menos preconceituoso, com mais afeto, carinho e amor. Sim, o mundo da forma que eu vejo, vai acabar, isso é inexorável para mim.  Mas as coisas podem ser mais suaves, mais bonitas. A vida poderia ser mais leve.

O mundo poderia sim ser mais bonito e colorido até o seu final. Isso nada tem a ver com profecias ou com o fato que mesmo que eu não acreditasse em Deus e em sua justiça o homem já esta acabando com o planeta e o fim é eminente.  Mas digo que essa beleza e este colorido não tem nada a ver com isso porque "eminente" aqui, pode ser amanhã ou daqui a 30 anos. Não da para saber pura e simplesmente e antes que fundamentalistas me critiquem,  é assim que eu vejo ok? Tenho este direito.

É aquela velha história: O meu mundo não precisa ser como o mundo de todos. O meu mundo pode ser diferente, pode ser gentil, cortês, eu posso disparar afeto, amor e gentileza independente de ele estar desabando apenas porque eu quero quero que seja assim, porque eu quero que as pessoas ao meu redor fiquem mais confortáveis com a minha presença. Eu não preciso fazer como todos fazem, eu não preciso dar por perdida a possibilidade de uma vida minimamente descente porque o mundo é indecente. Isso seria renunciar a minha integridade.

Ser integro em um mundo a beira do colapso é difícil, mas fácil, amigos, é fazer Miojo.  A vida já nos é complicada demais na maioria do tempo. Descomplicar se faz necessário e como sempre digo, melhor do que parecer legal é ser legal. Da mais trabalho parecer que se é bacana do que efetivamente ser. A felicidade, mais do que estado de espirito no meu entender, é algo que construímos. E construímos dia a dia, muitas vezes a construção desaba e dai construímos de novo porque é assim que a vida é.

Mas por outro lado se simplesmente aceitamos que o mundo é injusto que tudo esta perdido e que não adianta buscar justiça e um caminho viável para vivermos o tempo que nos resta,  a pergunta não vai calar é exatamente: O que nos resta?

Sem esperança, sem integridade e sem a vontade de sermos diferentes do que o mundo é, nada vai mudar para melhor e o mundo nos será sempre cinza, sem sorrisos, sem amor em nossa vida.

Eu quero mais da vida do que a perspectiva que o mundo ira acabar e só me resta sentar e esperar. Eu quero construir pontes,  quero derrubar muro quero ser e fazer feliz e talvez assim, eu mude a minha história e a maneira como sou percebido e sobretudo eu consiga perceber de forma diferente ao mundo e as pessoas ao meu redor.

Espero que a vida me sorria e sorria para você também, que lê, hoje e sempre.

É isso.

Ouvindo: Cindy Morgan

terça-feira, 24 de novembro de 2015

As vezes preciso falar de Whitney


Quando soube da morte deWhitney Houston e principalmente nas circunstâncias em que ela se deu, eu sentei e chorei. Um choro realmente sentido, durou uns dois dias na verdade, porque eu não conseguia entender porque ela morreu e porque eu estava chorando, uma vez que abomino o culto que considero maldito a celebridades, sejam cantores, atores, a porra que for, acho péssimo. Mas Whitney colocou minhas ideias a este respeito no chão e por ela eu chorei. E ainda choro.

Quando a escuto cantar música secular eu me emociono, mas quando  a escuto cantar música cristã, eu desabo. Sei que talvez para ela fosse apenas mais uma forma de gravar discos e ganhar dinheiro, um álbum cristão aqui, um dueto com uma cantora cristã ali, um depoimento emocionado sobre como era bom ir a igreja na juventude acolá. No entanto eu prefiro pensar que seus momentos cristãos eram exatamente isso, momentos em que ela se reencontrava com ela mesma e emergia em sua essência dando o melhor que podia.

Sim existiam as drogas, as drogas de fato a derrubaram, a levaram a morte, mas devia existir também e eu quero muito crer nisso, a Whitney  adoradora, que em momentos de lucidez clamava ao Deus a qual acreditava e pedia por perdão, por consolo, pelo colo de Pai e não tenho a menor dúvida que sim ela nestes momentos se via como realmente era, um ser humano frágil, indefeso, manipulado por empresários, produtores que dela só queriam extrair o máximo de lucro antes de sua derrocada final.

Eu como disse, não encenso artistas. Na verdade torço para um avião lotado de certos ''artistas'' brasileiros  em turnê se perdesse no mar para nunca mais ser encontrado. Existem artistas tão irrelevantes (a grande maioria), que quando se vão a verdade é que ninguém se importa, mas existem artistas, poucos deles, uma parte ínfima da categoria que quando se vão deixam buracos na alma daqueles que acompanhavam seu trabalho, e Whitney no meu caso foi uma desses. As vezes passo a tarde ouvindo-a cantar ''I Love The Lord'', ao vivo e não me canso. Aquele canto fluído, sincero, real, quente, uma cantora que parecia simplesmente não se importar com a audiência pelo simples fato de estar com tão conectada com o objeto de  sua canção que mais que uma simples canção é uma verdadeira expressão de louvor. Quantos são assim?

Whitney era intensa, verdadeira seja em sua carreira secular, seja nos momentos de música cristã. Whitney era sincera e sinceridade, amigos, é o que falta a música hoje em dia em todos os níveis. Compositores intelectualmente limitados compõe músicas imbecis, cantores que não merecem ser chamados assim as interpretam de forma  cretina e a vida segue.

Enquanto isso, eu mato minha saudade de Whitney ouvindo seus louvores e seus lamentos e imaginando que em alguns momentos ela esteve muito perto de jamais ter entrado naquela banheira.

É isso.

Ouvindo: Whitney Houston