segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Glória Pires, o Oscar e o rídiculo.


Glória Pires, uma atriz menor que só sabe brilhar em novelas e mini séries da rede esgoto e em um ou outro filme que lhe exige a mesma competência de um poste em termos dramáticos foi a escolhida da citada rede para comentar a cerimônia de entrega do Oscar deste ano. Tem que ser muito imbecil para achar que não ia dar merda dada a falta de cultura cinematográfica de Glória e como qualquer ante poderia prever, deu.

Glória não entende nada de cinema, não tem a cultura e ao que parece nem mesmo o hábito de frequentar salas de cinema e coloca-la para comentar uma premiação que versa exatamente sobre a Sétima Arte foi um tiro no pé dos programadores da rede esgoto.

A mim causou estupor quando ouvi a sua escalação sendo anunciada, mas sinceramente não podia esperar por respostas como: "Não vi o filme", "Não sou capaz de Julgar", É, é bacana", entre outras pérolas. De duas uma: Ou glória foi avisada na tarde de ontem, ou seja horas antes do evento, ou não tem o menor respeito pelo respeitável público e não buscou saber do que se tratava o evento ao qual teve que comentar.

Obrigação de Glória era estar informada sobre as principais categorias, ter VISTO todos os filmes possíveis e sobretudo ser minimamente simpática. Ok, eu não preciso de seus comentários toscos e sem sentido para entender o programa e seu juízo (ou sua falta de) sobre os filmes e atores e atrizes concorrentes e também sobre as categorias tecnicas foram uma afronta ao público como a tempos não se via.  Sua cara de "que saco isso tudo!" também afrontava ao público, uma vez que não existe obrigatoriedade de se fazer o que não se quer, então Glória poderia ter declinado do convite.

A sem cerimônia com que ela tratou sua própria ignorância e seu jeito alheio a tudo o que estava acontecendo em um evento onde ela deveria no mínimo servir como uma bússola para os desavisados foi algo tão sem sentido, tão inesperado, que melhor seria se ela tivesse simulado uma dor de barriga e em seguida fugido do recinto para não mais aparecer.

Tudo bem que o Oscar é uma cerimônia chata, que não há Chris Rock que salve. Suas piadas foram milimetricamente pensadas para parecem agressivas na medida, mas sem ofender de fato a ninguém, um humor claramente domesticado. Assim vai o Oscar, uma festa  de brancos, para brancos que volta e meia premia um ou outro negro ou convida algum negro como apresentador para calar a boca da comunidade black americana e infelizmente isso parece surtir algum efeito.

Unir uma festa chata com uma convidada abilolada para apresenta-la com uma tradução simultânea para rebater é a prova maior de que a Globo não tem vergonha de passar ridículo e muito menos de entregar produtos sem o mínimo de qualidade apenas para cobrir sua grade.

Espetáculo Lamentável foi visto no fim de noite da Globo. Nada além do esperado. Deplorável.

É isso.

Ouvindo: Petra

domingo, 28 de fevereiro de 2016

Stenio Marcius, poeta da canção.


Comecei minha manhã vendo um vídeo postado em minha timeline do Facebook (é, as vezes ele presta) que mostra Stenio Marcius conduzindo o louvor no culto de ação de graças pelo aniversário de 110 anos IPI (Igreja Presbiteriana de Natal, RN). Stenio canta com a igreja o "Salmo 96", se não me engano de composição do Pastor Bomilcar, gravado em 1981 pelo grupo "Vencedores Por Cristo".

Muita coisa e chama a atenção neste vídeo então vou enumera-las:

1. Stenio esta vestido como gente. Por "vestido como gente" entenda-se que Stenio esta com uma camisa polo "cor sim, cor não) uma calça jeans e seu violão. Uma roupa que eu vestiria, que você colocaria também, ou seja, não é um figurino, feito para chamar a atenção e distingui-lo da multidão. Stenio se veste como um de nós, se junta aos adoradores, não busca se distanciar deles gritando com sua roupa que esta ali como convidado de honra, como "o cara" que veio trazer a música. é apenas alguém que pegou um avião porque mora em SP e não em Natal, mas está ali para CONGREGAR, não para aparecer.

2. Stenio tem a humildade de cantar com seus irmãos uma música que não é sua e sim do Pastor Bomilcar ( se não for dele, me perdoem e corrijam). Parece bobagem não? Mas no meio "gospel" isso pode ser visto como algo menor, já que se eu sou o artist convidado, tenho que cantar minhas canções, tenho que mostrar o "meu trabalho". Balela! Stenio busca mostrar a Cristo.

3. A igreja canta com ele. Quando a igreja canta junto, absorve o louvor, é porque a mensagem esta sendo compreendida e aceita. Stenio não usa de firulas, não tenta dar um toque pessoal ao arranjo para evocar modernidade ou mascarar a origem. A música flui como ela veio ao mundo, um arranjo simples e belo. Da vontade de ter estado lá, uma vontade enorme de encher o peito e cantar junto!

4. Stenio se mostra servo, não estrela. Ela esta ali claramente para servir com o dom que Deus lhe deu que é louva-lo de forma única. Não busca holofotes, não busca reconhecimento. Sua humildade e sua simplicidade que deveriam ser regra mas são raras hoje em dia, impactam a quem assiste e exaltam ao Eterno e não  a ele próprio. Da gosto de ver a igreja compenetrada, um corpo indivisível, uma única voz única louvando ao Rei da glória.

Poderia falar muito mais sobre este verdadeiro poeta da canção, vaso ungido e separado do Senhor para mostrar ao mundo através de suas composições quem é o Deus que adoramos, mas basta deixar aqui minha admiração a este que é para mim um dos compositores mais inspirados que tenho o prazer de acompanhar.

É isso.

Ouvindo: Vencedores Por Cristo

sábado, 27 de fevereiro de 2016

Sobre ajudar alguém.


Ajudar alguém não é algo que se faz quando e como se quer. Ou porque teoricamente a pessoa sentiu-se "tocada" a ajudar. Bobagem. Isso se chama relações públicas, não ajudar. Ajudar vai muito além. Ajudar é antes de mais nada colocar-se no lugar do outro, andar seu caminho, vestir suas roupas, calçar seus sapatos que provavelmente não serão confortáveis, é enfim, doar-se e não simplesmente doar.

Seja tempo, seja dinheiro, seja afeto, seja o que for, ajudar alguém usando a própria régua é querer gritar ao mundo o quanto se é legal, é querer reconhecimento, é um exercício inútil de narcisismo e narcisismo é sem dúvida o que há de pior entre os piores sentimentos humanos. Olhar para si próprio e gostar tanto do que se vê ao ponto de não ver mais nada em volta é loucura total, pena não entendermos isso.

Ajudar é tirar alguém de uma situação terrível, vexatória, péssima, entre outros adjetivos pouco agradáveis mas de uma forma sútil, de uma forma que não cause ainda mais dor e sofrimento a quem é ajudado, é abdicar de qualquer posição superior ante quem se esta ajudando. Ajudar é ser bom na essência da palavra, sem esperar obviamente que algo de bom sobrevenha a si mesmo apenas porque alguém foi auxiliado, é entender que fomos criados para o serviço e o servir ao próximo é antes de mais nada a melhor forma de servir a Deus de quem ao meu ver e em minha modesta concepção, somos todos filhos.

Ajudar alguém em busca de mérito próprio, seja em que nível for é anular uma parte da humanidade que temos em troca de uma glória que ainda que não compartilhada é sentida e percebida por quem ajuda com este intuito e anula qualquer possibilidade de genuína generosidade. A generosidade alias é a força motriz por trás de qualquer ato de ajuda que tomamos em relação ao nosso semelhante, mas a generosidade, ao contrário da beleza, não deve ser exposta, não deve ser vista, ao contrário, deve fluir de forma natural entre duas pessoas ou um grupo delas, mas sem loas, sem firulas. Quem é generoso o é porque faz parte de sua essência, não buscando o reconhecimento desesperado pela pretensa generosidade.

Sem ver raça, cor, idade e mesmo afinidade,  ajudar alguém é algo natural. Pena que a teoria embora bela não se sustente. Ajudar ao próximo virou noje um negócio lucrativo para uns em termos financeiros e para outros  virou a oportunidade de lustrar uma imagem talvez não tão brilhante. Para outros, ajudar é a forma de manter-se em evidência e em todos os exemplos relatados, ajudar apenas se torna algo menor, caso claro em que atitudes são eclipsadas por motivações equivocadas.

Quando ajudamos, devemos palmilhar a senda do ajudado, devemos acarinha-lo, tirar o gosto amargo do recebimento da ajuda seja ela qual for, com a gentileza de nossos gestos. Ajudar a quem quer que seja é sim, um dos atos que mais nos aproxima do caráter de Deus.

É isso

Ouvindo: Ezekiah Walker

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Adele, o Grammy e as merdas que acontecem


O Grammy, por mais chato que seja como premiação que quer que todos que vão lá tenham alguma estatueta pra levar pra casa e não satisfeito criou até o  filhote "Latino" para premiar ainda mais, é ainda a maior premiação da indústria fonográfica.

Adele, que não concorreu este ano por ter lançado seu  morno trabalho após o período de inscrições mas certamente terá o seu saco (no sentido figurado, já que não é ela uma transsexual) puxado loucamente pois ela salva a indústria mundial da música a cada vez que lança um trabalho novo.

Mesmo sem concorrer a nada, Adele foi convidada a performar. Adele ao vivo não é de forma alguma tão bacana quando a Adele de estúdio, com horas infinitas para consertar coisinhas aqui e ali e só uma besta humana não acha que Adele é editada a exaustão. Claro, vamos deixar claro que editada ou não Adele é melhor que 99% do que as bostas que pululam ano após ano para consumo rápido.

Bom, ela foi lá e em uma apresentação arrojada por assim dizer, já que cantou "All I Ask" acompanhada apenas de um piano, merdas aconteceram. Cortaram seu microfone, e depois um microfone caiu sobre as cordas do piano desestabilizando toda a microfonação (existe esta palavra produção?) já pré ajustada explodindo o som que o piano deverias produzir. Adele desafinou. Sim, desafinou. Bom, caso alguém aqui não saiba, Adele caga e mija, e tem a boca suja e transa (tem até um filho) e deve ser daquelas minas safadas na cama (o que é ótimo) e menstrua, e deve até cozinhar... Bom, Adele é só um ser humano que conta bem no fim das contas. Muito bem, mas que como todo ser humano, tem seus erros, se ja de caráter, seja de afinação.

Em pouco tempo Adele arrebanhou uma multidão de fãs. Seja pelo visual, seja pela voz (eu curto a imagem de garota boca suja que ela cultiva em contraste com seus lindos olhos faiscantes de anjinha), mas cada um curte o que quiser. Adele é um fenômeno mundial de popularidade e competência, mas o que fica no after Grammy é que ela desafinou. E dai??? Desafinou, deve ter desafinado outras vezes e vai desafinar tantas outras ainda, afinal, Adele não é Maria Callas, nem se quer é Whitney Houston. Adele é só uma inglesinha gostosa que canta bem, (não chega aos pés em termos de gostosura de você, meu amor, Graziela Souza), que caiu nas graças do público e volta e meia lança um CD de sucesso estrondoso mundo a fora.

No Grammy, uma festa chata e decadente que premia gente do quilate de Kendrick Lamar entre outros cocos, Adele fez mesmo desafinando mais do que todos os outros convidados que se apresentaram menos por seus méritos e mais pela indigência artística dos gringolinos que cantaram por lá.

Merdas acontecem, o tempo todo. Com Adele, com Sidney Magal, aconteceu certamente com Frank Sinatra, Bessie Smith e acontecerão com tantos outros artistas. Merda, é do jogo. Adele levou numa boa, "mitou" pra ficar no termo espúrio dos adolescentes atuais e deve ter soltado uma saraivada de palavrões para sua produção depois do show.

A vida é assim. Um dia de Sol, outro dia de merdas. E vamos todos, Adele inclusa, levando.

É isso.

Ouvindo: Dreamgirls a trilha sonora.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Não tenho medo do ridículo.


Acho que estou em boa cia. Galileu Galilei, quando formulou os princípios da inércia, foi taxado de ridículo, de maluco. Einstein, passou a adolescência sendo ridicularizado por seus pares e, bom, todos sabem quem foi Einstein. Tim Maia, quando se tornou devoto do Culto Racional, fez dois álbuns soberbos, talvez os melhores de sua carreira e ainda sim, foi taxado de adivinhem o que? A sua gravadora ignorou solenemente o trabalho que hoje é reconhecido como genial.

Não sou obviamente Tim Maia, Galileu e muito menos Einstein, quem me dera ter 1% da inteligência de algum deles, mas não tenho medo do ridículo. Sou quem eu sou, com minhas referências, minhas dores e minhas delícias e assim eu sigo a minha vida. Sei que sou considerado ridículo pela grande maioria das pessoas que me cercam, mas e dai? As pessoas me acharem estranho faz de mim um estranho?

Desde de minha infância até hoje, sempre fui apaixonado pelas tirinhas de jornal e pelo desenho do "Peanuts", em Terras Brasilis, "Turma do Snoopy, de  Charles Schulz. Peanuts, ou Charlie Brown que para mim junto com Calvin é o melhor personagem já criado para quadrinhos capturou minha atenção logo na primeira tirinha que li e quando seu desenho animado chegou ao Brasil, não perdia um episódio. Minha identificação com Charlie foi imediata e para quem me conhece minimamente não é surpresa alguma.

O menino de olhos tristes, careca, meio redondinho, com uma melancolia de dar dó no olhar e com uma paixão impossível sempre falou fundo em mim e embora eu tenha crescido e me tornado um adulto respeitável na medida do possível, Charlie sempre capturou minha atenção e minhas emoções.

Sempre fui um solitário por definição, meus melhores amigos sempre foram os livros e os discos ou cds, pessoas nunca foram o meu forte pois não sei lidar com elas. Pode parecer loucura, pois sou um corretor de imóveis e meu ofício é exatamente o de lidar com as pessoas, mas consigo fazer isto em um nível profissional sem maiores problemas, porém no pessoal, sou um fracasso e assumo isso pois é a total expressão da verdade.

Pessoas solitárias tendem a ter menos medo do ridículo afinal de contas, e falo deste tema por conta de uma série de fotos que tenho postado em MEU INSTAGRAM E MEU FACEBOOK. Sim, escrevi em maiúsculas para que não haja dúvida que posto estas fotos em meu território. Ninguém é obrigado a ver, muito menos gostar e sim, podem me achar ridículo por posta-las, eu não ligo, não tenho medo de ser assim chamado. Na verdade, não me importo nem um pouco.

Não posso sair explicando o que não carece explicação mas posso dizer que despretensão é o Norte destas fotos. São nada mais que um desejo de traduzir em fotografias propositadamente toscas pensamentos desconexos que tenho e preciso colocar para fora. Meu espírito não se dobra. Ser taxado de ridículo por tirar fotos e posta-las em espaços que são meus e não precisam ser visitados por quem, não gosta de tais fotos chega a ser para mim, algo sem noção, sem sentido mesmo, pois se o que é diferente pode até causar estranhamento em alguma medida, jamais deveria causar o impulso de ridicularizar o outro a quem se acha diferente.

Ser diferente, comportar-se de forma pouco usual, dizer coisas pouco comuns, ter pensamentos incomuns, ser enfim, alguém fora do convencional, não é de forma alguma motivo para não gostar de alguém ou não desejar a sua cia ou mesmo expor esta pessoa com piadas ou falas jocosas. Pessoas solitárias ou não tem sentimentos e em que pese o fato de nossa sociedade vedar a sensibilidade ou a admissão de te-la pelo sexo masculino, sim, pessoas "diferentes" ou ridículas, tendem a ser mais sensíveis e lidar mal com  a chacota, o escárnio. Algumas se refugiam em posts em seus respectivos blogs, recheando-os de palavras que seus detratores certamente não entenderão dado seu raso conhecimento da própria língua que falam, mas outras podem achar mais prático cortar os pulsos.

De qualquer forma, a melancolia que o chiste desnecessário causa muitas vezes fica internalizada e precisa para alguns ser exteriorizada, seja em forma de violência pura e simples, seja em forma de posts aparentemente sem sentido que tem como protagonistas bonequinhos de brinquedo com a cabeça desproporcional ao restante do corpo.

Não tenho medo de parecer ou ser considerado ridículo pode ser por mais maluco que isso possa parecer, serve como combustível para minha vida, me fazendo ver o mundo sob uma perspectiva muito particular. Toda a angústia, o medo, a tristeza, tudo isso se dissipa quando eu sinto quer consegui me comunicar comigo mesmo, colocar para fora através da foto de um boneco de brinquedo, todo e qualquer sentimento que me impede o sono, que me aterroriza a noite e me faz ter dificuldades para encarar de frente este espetáculo que é viver. Se parece ridículo, tanto melhor, uma vez que ser ridículo é estar vivo e livre de amarras de qualquer tipo e sentir-se livre, é algo que não tem preço. Quem me ensinou isso? Charlie, Peanuts e seu pai, Charles Schulz.

É isso.

Ouvindo Cindy Morgan

domingo, 14 de fevereiro de 2016

Prefiro os gatos


Cachorros, via de regra, em que pese a inteligência de alguma raças e a fidelidade intrínseca a todas são animais estúpidos. Sempre ansiosos por agradar, sempre querendo ter suas atitudes validadas pelos donos, sempre agindo como completos serviçais que tem por obrigação divertir os seus donos. Cachorros não chegam a ser um saco completo, mas estão quase lá.

Gatos com sua tranquila independência, sua forma de viver uma vida descolada da de seus donos, prezando sua individualidade antes de anular-se por eles e ainda sim dispensando algum carinho de vez em quando são figuras bem mais interessantes e divertidas no papel de animais domésticos. Educados, reservados, quase nada barulhentos e com um eterno ar "blasé", gatos não incomodam e também não se deixam incomodar.

Não ficam pedindo para sair (embora tenham a tendência de dar longos passeios que implicam as vezes em longos sumiços, o que só prova a sua independência), gatos fazem o que querem,quando querem do jeito que querem, enquanto cachorros, coitados, aceitam ser adestrados e seguem as mais bizarras ordens por conta de um biscoito ou coisa que o valha como recompensa. Gatos, não se vendem.

Gatos comem pouco e com elegância, o que disfarça o fato de que na verdade, eles comem muito. Ficam ali beliscando, dão uma volta, beliscam de novo e assim sucessivamente. Cachorros quando lhes é servida a refeição, seja ela qual for, parecem refugiados de guerra avançando na comida de forma feroz e acabando em poucos segundos com ela, ao que os gatos olham com claro desdém e uma mal disfarçada vontade de rir.

Cachorros tem que ser instruídos e muito bem instruídos a fazerem suas necessidades em lugares específicos, gatos, instintivamente não apenas buscam a reclusão para se aliviar como ainda escondem seus rejeitos.Cachorros acham graça na porquice.

Prefiro gatos por uma questão de personalidade, principalmente. Muito melhor ter alguém que goste de você sem enlouquecer por este motivo e te enlouquecer também, mas claro reconheço que a forma carinhosa dos cachorros agrada a maioria das pessoas. Cachorros são seres políticos e mesmo sem falar, prolixos e desconfio de seres com este perfil. Gatos são na deles, econômicos nas palavras e gestos, porém sinceros em seu afeto.

Prefiro, portanto, gatos.

É isso.

Ouvindo: 4Him

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

Beyonce e sua apresentação no Superbowl 50


Antes de mais nada, a atração musical da noite era o Coldplay. Um show de bosta, pífio que só, como geralmente são os shows dos ingleses desta banda supervalorizada que entrega muito menos que promete. Dai veio Bruno Mars, um indigente musical que esta geração de indigentes mentais atual adora de paixão. Só podia dar bosta, show de rolar de rir.

E para minha surpresa, pois eu não havia me interado das atrações musicais do show do intervalo do SB50 veio Beyonce. E Beyonce apenas fez o que dela se esperava. Criou polêmica. Vestida como uma Pantera Negra (o grupo político, não o animal que fique claro), dançando com seus lindos cabelos ao natural e com uma música com letra absolutamente politizada, Beyonce usou de seu espaço para manda um recado que versava sobre seu inconformismo com o racismo. Em uma audiência majoritariamente masculina, para um evento onde a testosterona alcança níveis absurdos, Beyonce não se intimidou deixou claro seu posicionamento politico. Beleza.

Acontece que o SB50 é um evento esportivo e até mesmo pessoas que tem sua dose de militância por causas como o combate ao racismo entre outras, querem em alguns momentos apenas curtir uma partida de F.A, ouvir uma música descompromissada e olhar para a TV como um vegetal. sem ter que ficar racionalizando questões sérias como esta porque afinal ali era dia de torcer pelos Broncos ou pelos Panthers e não gritar ao mundo como ainda existe racismo e isso é mal resolvido nos EUA.

Ok, é melhor isso do que como fez Janet Jackson por os peitos para fora, ,as Beyonce escolheu  mal, muito mal o palco para expor suas convicções políticas, primeiro porque não faltam outros palcos para que ela o faça e também porque sua apresentação acabou se diluindo na ruindade do show como um todo. Isolar sua apresentação do ruído ruim que foram as do Coldplay e Bruno Mars ainda mais com ela cantando junto com essas porcarias é praticamente impossível. Beyonce errou. Avaliou mal o momento de produzir um manifesto político e usou de uma certa desonestidade para com o público, uma vez que  tanto os presentes "in loco" como aqueles que como eu viam a apresentação no conforto de suas casas não esperavam ver um ato com  conotações políticas no meio do maior evento esportivo Americano.

A música é fraquinha, sem novidades estéticas, o visual foi arrasador, o cabelo de Beyonce é de enlouquecer quem admira cabelos ao natural mas a infelicidade de escolher o SB50 como palco para expor suas idéias (ainda que de forma elegante), foi um erro desastroso. Muito me espanta que a organização da liga NFL que aparenta controlar o espetáculo com mão de ferro tenha deixado algo assim acontecer.

Beyonce não precisava disso. O público, também não precisava.

É isso.

Ouvindo: Cindy Morgan