quinta-feira, 13 de junho de 2013

Do que eu espero: Respeito!



Ninguém, ou ao menos ninguém que eu conheça é mais auto depreciativo quando o assunto é humor. Adoro me esculhambar, é sério. Se eu me levar a sério, seu não souber rir de mim mesmo, perco minha essência. Já não tenho dinheiro, não tenho posses, não tenho enfim nada de material além de minhas roupas e alguns perfumes que de um tempo para cá dei para comprar, vou perder também minha essência? O que eu tenho de melhor são minhas crenças exatamente porque tirante duas ou três que considero fundamentais, aos 40 anos sou uma pessoa aberta a mudanças, não me aferro a um ponto de vista só porque achava que era certo ontem. Se alguém me mostrar que ele é errado hoje ou a amanhã, o abandonarei a própria sorte sem medo. Isso não é ser volúvel de forma alguma, é entender que a verdade está ai fora para ser descoberta. Todos os dias.

Tenho alguns problemas de ordem física que são de nascença, fruto de uma gestação meio complicada e um feto grande demais para a magreza da mãe. Tenho alguns problemas de ordem psíquica como o TDHA além de uma certa síndrome persecutória que me assola e faz achar que todos estão me olhando e me reprovando o tempo todo.

Também tenho o hábito de criticar de forma apaixonada tudo o que não gosto e não concordo. Não me acho um louco idiota por isso, ao contrário, me considero um observador arguto do que se passa ao meu redor, alguém que não aceita o que lhe dizem só por que lhe dizem, então critico muita coisa o tempo todo. O fato é que minhas criticas, por mais exaltadas que sejam, buscam sempre o cerne da questão, não o da pessoa. Não me interessa a vida de ninguém até porque considero que exista muito  pouca gente interessante no mundo para eu me relacionar, então o que essas pessoas desinteressantes fazem não é da minha conta a menos que seja pra eu descer a lenha e me divertir.

Acho contudo, que fica claro que não me apego ao que as pessoas fazem em privado isso me horroriza porque falar sobre o que ninguém quer que se saiba se chama "fofoca" e minhas criticas são todas para o que se faz em público e vamos concordar aqui que o que se faz em público obviamente, público se torna o que faz com que se perca total controle sobre o ato depois de feito ou a palavra depois de  dita.

Fui um adolescente magro e muito bonito. Sem a menor falsa modéstia, não tinha a menor dificuldade neste aspecto quando era novo. Me tornei um adulto gordo, próximo de me tornar careca e feio, feiosinho mesmo e isso também não me abala, apenas me fornece mais material para auto depreciação que tanto aprecio, até porque não trocaria minha inteligência absolutamente superior a 99% das pessoas que conheço e pelo menos 70% da humanidade em geral por mais beleza por efêmera que esta última é.

Veja que ao mesmo tempo que me deprecio, me amo. Gosto de quem eu sou, me vejo como uma pessoa bacana e tals que não faz mal a ninguém e não faço mesmo. Não posso ajudar a todos que gostaria, mas não faço mal a quem poderia prejudicar por questão de princípios, por achar que a vida já é complicada demais fazendo o bem e ficaria ainda mais pesada com mesquinharias, vinganças, maldades enfim, com atos negativos e porque creio que o tempo se encarrega de exercer total justiça sobre atos inoportunos mostrando seus verdadeiros valores com o seu correr.

Eu cometo uma série de erros todos os dias. De julgamento, de atitudes impensadas, por ser ansioso, enfim,  eu erro o tempo todo. Mas busco o acerto com afinco dobrado. Não coloco no jornal o que faço de legal pois isso é ser uma forma idiota de viver. Não preciso de louros por fazer o que é certo até porque fazer o certo é obrigação.

Por outro lado o que eu gosto defendo com paixão 10x maior as das minhas críticas. O que eu gosto saio gritando aos ventos, faço todos saberem elogio sem pudores e embora minha opinião para o bem ou para o mal, não valha absolutamente nada ( se vier acompanhada de 50.000 dinheiros, vale), eu sempre a emito para elogiar pois acho que se algo foi bem feito tem que ser dito.

Esse sou eu. Uma pessoa mais fácil de não se gostar, eu sei bem e não tenho problema algum com isso. Uma pessoa contraditória, anarquista comportado, um subversivo muitas vezes conformado.

Uso meu espaço aqui para pedir apenas uma coisa e pela ultima vez. Respeito.

Não vou deixar de escrever o que quero da forma que quero. É um direito meu. Aceito críticas, sejam elas quais forem, ao o que eu escrevo. Sou plural e acho que críticas me ajudam a escrever melhor ou ver um ponto de vista que não tinha enxergado, mas não vou mais publicar comentários ofensivos a minha pessoa. Em respeito a quem lê aqui e a mim mesmo. Até hoje sempre publiquei qualquer comentário feito aqui por achar a censura uma porcaria. Acho que censurar opinião é burrice, mas ofender pessoas gratuitamente é algo infinitamente mais burro e covarde. Sim, covarde pois quem me ofende nunca se mostra. Nunca assina o que escreve,nunca e homem ou mulher o suficiente para dizer o que diz e assinar embaixo. Não vou dar mais cartaz para "anônimos" pois tudo o que eu escrevo, assino. Tudo o que eu digo, digo em alto e bom som e se alguma vez pareci ofensivo a honra de alguém peço desculpas, mas se pareci ofensivo a obra de alguém, foda-se! Consegui meu objetivo no momento que escrevi. Não tenho pruridos em ofender a obra de uma pessoa, pois considero que uma pessoa é sempre mais importante que sua obra, então atacar a obra é uma coisa a pessoa, outra bem diferente. Se quiserem então atacar o escrevo  a vontade, publicarei todos os comentários ofendendo a forma e o conteúdo do que escrevo. Comentários que ofendam a minha pessoa ou qualquer outra pessoa de minha família, não mais.

É isso.

Ouvindo: O nunca menos que genial Paulinho da Viola

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