quarta-feira, 8 de julho de 2015

Eu quero viver na casa do amor


Não, não falo de um espaço físico. Na casa em que moro o amor existe e é abundante e este é um dos motivos pelo qual eu continuo vivo e sobretudo com vontade de viver, mas eu quero mais, eu quero viver em um mundo em que a noção de espaço não seja tão grande e extensa que a palavra para defini-la seja esta: "Mundo". Eu quero que o mundo seja uma casa, uma família, e que nesta casa o amor predomine.

Por que não pode ser assim? Quem disse que não? Por que o discurso do ódio e da vingança tem que prevalecer? Não podemos pura e simplesmente amarmos um aos outros como o Mestre ensinou? Por que nossas vidas tem que ser regidas por vendettas baratas o tempo todo, uma cultura que mistura ódio e preconceito, onde as boas intenções são sufocadas o tempo todo por mal feitos, por guerrinhas tolas, onde o ego tem que se sobrepor ao altruísmo e onde a única responsabilidade que reconhecemos é a que temos para conosco mesmo, esquecendo-nos que somos uma comunidade e uma comunidade só funciona quando seus integrantes se respeitam e se amam.

O amor virou banalidade. Dizer eu te amo é algo corriqueiro porque agora pode-se amar sem construir relações sólidas para isso, pode-se amar apenas porque é bonito dizer "eu te amo" e dizer virou infinitamente mais importante que sentir. Deixamos nossos sentimentos de lado, deixamos nossa vida ser regida pela urgência do agora e planos futuros contemplam dias e não anos. Relações são pensadas para serem descartáveis e o nosso bem estar se sobrepõe ao do outro de forma definitiva.

A cultura do "ter" se sobrepôs  de forma definitiva a do "ser". Ridicularizar pessoas é mais importante do que ajuda-las. Neste mundo sem amor, mas com excesso de autoconfiança introjetado diariamente na mente de todos via om programas de TV, artigos de internet e até mesmo pelas igrejas que frequentamos, não poder viver conforme os ditames materiais do mundo ao redor te torna automaticamente um perdedor e perdedores tem que ser tratados como tal, sem respeito, sem carinho e sem amor. Amar a um perdedor não é de bom tom.

Homens e mulheres procuram seus parceiros fiados não no que sentem ou como este sentimento vai se desenvolver, mas pela capacidade financeira de um ou de outro e de coo esta capacidade financeira pode ajuda-los a desenvolver projetos pessoais.

Eu não quero isso. Eu quero amar as pessoas e quero evidentemente ser amado, não por nada mas apenas porque as pessoas estão ai, caminham sobre a Terra e precisam de carinho e afeto e eu da mesma forma também preciso. Uma troca de energia positiva baseada em amor e compreensão é mais importante do que qualquer trnasferência monetária e o dinheiro, que deveria complementar nossa felicidade provendo bens materiais para nós e nossos queridos acaba virando a nossa grande obsessão e quando o obtemos queremos mais e mais. Por que?  Porque nossa sociedade vive um vazio moral que só será preenchido se desejarmos menos ter e mais ser. A casa do amor, uma casa ampla, que acolhje a todos que desejam nela morar pode ser construida dia a dia co o esforço de todos coordenado de forma contínua por todos que assi desejarem.

Eu quero amar mais, ter menos e amar mais. Não acho que estou querendo muito.

É isso.

Ouvindo: B. J Thomas

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