sábado, 8 de agosto de 2015

Amigo Espirito Santo


Antes de mais nada,



Agora sim.

Existe em mim um conflito absurdo entre as coisas que eu aprendi desde minha mocidade e as coisas que eu mesmo construí como minhas crenças (que nada mais são do que a mistura de todas as informações que recebi até hoje). Não é fácil para mim renegar o que aprendi porque mais do que simplesmente ser instruído eu creio no que me foi ensinado. Por outro lado, meus questionamentos que advém exatamente das minhas crenças pessoais também são fortíssimos e  muitas vezes entram em choque com o que creio. Um dilema, que na verdade a maioria das pessoas creio eu, de uma forma ou de outra passa.

A crença fundamental de minha vida, a de que Deus existe e seu filho Jesus é meu salvador pessoal se eu assim o quiser e o seu Espirito Santo está aqui para me consolar e ajudar no dia a dia é tão simples, que as vezes me soa simplista. É isso, simplista. Porque as minhas crenças são ao meu ver, bem mais elaboradas e fundamentadas por sua vez em crenças de pessoas que acredito serem geniais, inteligentes até a tampa e não podem de forma alguma estarem erradas no que pensam.

Junte-se a isso o fato de que os Cristãos cada dia mais estão mediocrizando o evangelho de Cristo, tornando-o algo mesquinho e pobre de se ver e viver e cada dia tenho menos vontade de ir a igreja, de me encontrar com Cristo e com ele conversar. Para mim o evangelho Dele não é nada disso que temos visto a grande maioria dos cristãos viver.

Por outro lado, para onde se encaminha o mundo e seus grandes mentores? Onde chegaremos com tantas corrupção, maldade, falta de amor entre os semelhantes, ganância desenfreada e tantos outros comportamentos deploráveis? Nem toda a inteligência e eloquência existente no mundo se fosse concentrada em alguma maquina e canalizada para resolver os problemas em que nos metemos seria suficiente para colocar novamente no prumo nossa sociedade. Abrimos mão de sermos bons. Somos maus na essência e não estamos muito preocupados com isso.

E dai, numa tarde Sábado eu me deparo com a interpretação emocionada e emocionante de Cassiane que dá título ao post e precebo que ainda que Deus não exista e tudo não passe de uma fábula, reduzir-me a uma criação de suas mãos, totalmente dependente Dele, é muito, mas muito mais plausível e traz muito mais esperança do que tentar criar "modelos"  e "formas" de viver uma vida longe Dele e de sua vontade.

Estar em completa submissão a Deus não é algo que se faz por obrigação, mas por opção, por pura e completa opção. Deus não nos obriga a nada, antes nos espera de braços abertos.  A intepretação de Cassiane é tão sentida e tão pura etão cheia de emoção genuína por estar na presença do Espirito Santo de Deus que simplesmente não consigo resistir a vontade de chorar com ela, de me reconhecer pequeno demais embora me ache muita porcaria. Não, não sou. Não sou ninguém, e as vezes é necessário que alguém nos lembre disso.

Fico feliz que em um meio "gospel" completamente desvirtuado ainda existam cantores que mais do que simples cantores tem a legitíma preocupação de espalhar a mensagem de Deus, com coragem, sem sentir vergonha do evangelho, sem travas, indo onde Ele ordenar e o fazem isso com tal propriedade que mesmo alguém tão cretino como eu acaba sendo tocado.

Deus é bom suas misericóridas duram para sempre e nos deixou o Espirito Santo como nosso consolador e nosso mantenedor para que sozinhos não nos sentíssemos ao caminhar na Terra.

Obrigado, Amigo Espirito Santo!

É isso

Ouvindo: Cassiane

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