Talvez eu já tenha falado desta música e de todo sentimento que ela me desperta. Se falei falo de novo, se não, falo pela primeira vez.
Eu gosto particularmente desta versão porque é um tributo a Vangelis. É só alguém tocando de forma despretensiosa e é exatamente por este motivo de forma tão bela. A pretensão mata a arte, na maioria das vezes. Claro, todo artista guarda uma dose de pretensão dentro de si e a usa ao criar. Mas as vezes, curtir uma música tão bela quanto essa de forma simples, despretensiosa, traz a tona sentimentos tão adormecidos, tão guardados dentro de mim
A beleza suave deste piano, a sutileza do toque, as mãos deslizando de forma pacífica por entre as teclas do piano, sem forçar, sem buscar virtude, apenas revelando a quem quiser ouvir a beleza contida em cada nota, a miríade de sentimentos que podem surgir de uma interpretação como essa me deixa sem palavras, atônito e feliz, como se fosse uma audição exclusiva para mim.
A minha total falta de talento é preenchida pela minha capacidade de observação e principalmente de sorver o que a música traz e ela traz beleza, luz e cor para um mundo e falo do meu mundo, totalmente cinza e sem graça e desprovido de beleza. A música traz profundidade onde o raso impera. Ela acalma mas ao mesmo tempo me enfurece e na dualidade de sentimentos eu me recrio.
A música, e essa música e essa música em especifico hoje com esta versão particular, me traz felicidade, me faz pleno. E é de plenitude que eu preciso. é de força, de coragem, de fluidez. Memories Of Green me salvou hoje. Mais uma vez.
É isso.
Ouvindo: Vangelis Memories of Green
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