sexta-feira, 2 de fevereiro de 2024

Hoje Eu Ouvi Tereza. Hoje Eu Ouvi Beatriz.

 

Hoje eu ouvi Tereza. Hoje eu ouvi Beatriz. E ai mas nada importou, nada mais me entristeceu ou me chateou. Minha alma ficou em paz. Fui possuído de uma aleria genuína, de um sentimento bom, como se a chuva que caiu persistentemente ao longo da tarde estivesse lavando minha alma. E então, os problemas se foram, as durezas da vida se suavizaram, as pedras do caminho foram roladas para o lado e eu pude andar sem tropeçar. A vida foi como ela sempre deve ser e nos momentos em que estava ouvindo, Tereza, que estava ouvindo Beatriz, que estava ouvindo Madredeus e seus violinos e violas e pianos e baixos acústicos e tudo mais que Madredeus contém, se foi a dor de cabeça.

Há tempos não ouvia Tereza, não ouvia Beatriz.  Me refugiar no rock e sua sonoridade brutal para me valer ante a aridez dos últimos dias. me parece a escolha mais óbvia e menos dolorida. Porém no meio para o fim da tarde, Oxalá, canção dos Madredeus tão importante em minha vida começou a tocar em minha cabeça. E ai ela tocou nos meus fones, na voz de Tereza. E Tereza, apenas ela, me faz gostar de uma menção ao Carnaval e me faz crer que tudo pode correr menos mal. Em seguida, Tereza, qual uma Princesa Léia bem mais linda que a Princesa Leia surgiu na tela cantando Labirinto Parado, um "lado B" dos Madredeus tão lindo e certamente um dos clipes com a fotografia mais bela que já vi na vida e certamente o momento em que Tereza deixa de ser apenas uma cantora excepcional para ser uma  mulher de beleza ímpar.

Logo após, ouvi Beatriz. Sim, admito que prefiro a interpretação de Beatriz para "O Pastor", talvez a canção mais conhecida dos Madredeus no Brasil. é uma interpretação especifica, de 12 anos atrás ai vivo, onde o figurino simples de Beatriz e sua aparente inespressividade (não se engane pelas aparências), faz com que a música se pontecialize pois o ouvinte mais atento irá canalizar sua atenção para a interpretação absolutamente impecável de Beatriz. Por fim, ouvi Beatriz cantando "Haja o que houver" Como pode tanto sentimento caber em tão poucos minutos? Ver ao vivo tal apresentação seria um bom dia para morrer.

De quebra, (ou de bônus), ouvi "O Sonho", esta canção se não for na voz de Tereza, não precisa ser cantada. Quanta precisão, quanto sentimento, quanto acalanto em uma única voz. Quando ela diz que "não hávia mais nada, só nós a luz e mais nada" eu digo que quando Tereza quando nada mais em volta há. Nem luz, nem nós, nem nada. Apenas a sua voz pairando, ecoando, emocionando, iluminando as reentrâncias mais escuras da minha alma. Quando Tereza canta, quanto Beatriz canta, o obscuro se ilumina a vida ganha sentido a alma se acalma a vida vale a pena. E curioso, aomenos para mim, me vem um sentimento de pertencimento.Pertencimento a uma arte tão peculiar, tão lindae que eu me orgulho de apreciar.

É isso.

Ouvindo: Madredeus

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