terça-feira, 5 de novembro de 2024

Trump, o Abjeto.

 

Se Donald Trump fosse apenas abjeto, vá lá, tudo bem.  Muitas vezes eu tive, tenho e terei comportamentos abjetos. Se Trump fosse apenas abjeto e mentiroso, tudo bem também. Já menti, minto e mentirei inúmeras vezes. E não, não se trata de forma alguma de normalizar o ser mentiroso ou ser abjeto e muito menos de medir Donald Trump pela régua com  que meço a mim mesmo, isso seria algo tão débil, que jamais partiria de mim.  Trata-se de  apenas  perceber que não apenas eu, mas toda a humanidade tem comportamentos dignos de criticas assim como Trump os tem.

A questão é Trump além de abjeto e mentiroso também é imoral, predador sexual, sorrateiro, espalha mentiras e tem ainda muitas outras características que fazem dele alguém tão  detestável que abjeto é uma boa palavra para sintetizar quem de fato ele é. Alguém cuja repulsa é sempre o primeiro sentimento que ira despertar em pessoas de bem assim que ele começar a falar, ou melhor, vomitar suas palavras sejam elas quais forem.

Hoje, os EUA começam a decidir se querem um ser abjeto como presidente de seu país ou se terão o bom senso de recusar uma pessoa que não tem o menor apreço pela democracia como seu governante. Não se trata de forma alguma de julgar a plataforma de governo na área de economia, ou na área de saúde e educação. Essas são questões importantes demais para um brasileiro como eu  sequer tentar versar se ele se sairia bem ou mal. São assuntos que o eleitor americano esta muito mais apto a julgar.

O que me faz ter ojeriza de Trump é sua tendência descarada a mentira, a fraude, a esconder o que não deve ser escondido, a se comportar em suma, como uma pessoa essencialmente ruim e pior, não se envergonhar de ser como é, ao contrário, ter um orgulho quase insano de ser mal, de ser uma das piores se não a pior figura pública hoje no mundo.

Trump não é folcloricamente mal como Bolsonaro por exemplo, nem um idiota  que se leva a sério como Milei, nosso vizinho que queria ser Harry Potter. A maldade de Trump é genuína, é pensada para ferir. Ele não perde tempo tentando. Seus atos tendem a ser calculados para causar o maior dano possível. Suas falas , sempre recheadas de mentiras são ditas para desestabilizar, manipular, destruir a tudo e a todos que ousarem se opor aos seus desatinos.

Trump é contra vacinas, é misógino, responde por 18 acusações diferentes de agressões sexuais, obviamente racista, sexista e com tudo isso tenta se vender como o maior defensor da liberdade, quando na verdade tudo o que gostaria é de restringir a liberdade a uma quimera distante e inacessível e obrigar a todos não nos EUA, mas no mundo, a viverem na Trumplândia, lugar de gente (in)feliz. A radicalização  da violência é a arma insana e louca que ele quer usar para conseguir a paz. Ainda que para isso precise matar 3/4 da humanidade. Neste sentido Trump me lembra o vilão da Marvel, Thanus, que queria matar metade da população do Universo como forma de estabilizar os recursos naturais disponíveis entre outras disparidades. Antes matar pessoas a ter que diminuir emissões de combustíveis fósseis.

Eu oro para que os EUA não se deixem seduzir por Trump novamente. Kamala não é a candidata dos sonhos como seria Michelle Obama por exemplo, mas ao menos não pretende (ao que parece) dar um golpe de estado ou coisa que o valha. Os EUA estão entre a cruz e a espada ou entre a insossa Harris e o abjeto Trump.  Logo, saberemos quem esse povo que sabemos ser meio abilolado vai escolher.  Da medo só de pensar.


É isso.

Ouvindo Madredeus

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