quarta-feira, 21 de outubro de 2015

O que a gente perde quando a gente cresce? (impressões sobre o MasterChef Júnior Brasil


Paola, a digna perguntou: O que será que a gente perde quando a gente cresce?
Ana Paula, a obtusa, respondeu em um rompante inusitado de lucidez: A coragem!

É isso mesmo. Perdemos coragem a medida que crescemos e ganhamos em troca, filtros. Vários deles. Pensamos demais,  agimos de menos, temos medo do rídiculo, como se ele fosse algo assustador e não libertador. Esquecemos que o rídiculo tem uma função regulatória em nossa existência, não restritiva. Correr riscos, ter menos medo, ter menos vícios e mais virtude,  Acreditar que algo pode ser feito e se propor a fazer, dar a cara a tapa. dar tapas também, não ter medo do tempo, usa-lo como nosso aliado e não adversário, viver a vida que escolhemos e não a que nos impõe... Onde tudo isso ficou? Onde foi para o componente de  coragem que nos movia na infância afinal? Trocamos a inquietude pela passividade como se isso fosse uma troca justa e aceitável. Não é.

Ver aquelas crianças cozinhar  para três adultos renomados que causam medo, pavor em muita gente foi pedagógico para mim. Mais ainda porque as percebi cozinhando com coragem, arriscando, fazendo o que achavam que deveriam fazer e não o que parecia mais seguro. Escolheram ingredientes inusitados, arriscaram até o limite, o rídiculo não era um limitador, era  de forma inconsciente, um alvo. Não eram crianças puxa saco, queriam impressionar os chefs, mas pelos motivos certos, e eram, sobretudo, solidárias umas com as outras.

Fiquei especialmente impressionado com um gordinho simpático de camiseta camuflada. Seu choro sentido e incontido pela eliminação de dois participantes de seu grupo, me fez chorar junto com ele, aos litros. Não era um choro cênico, não havia ali um alívio pela eliminação de dois competidores, o que existia era a tristeza mais genuína porque dois amiguinho iam embora. Não poderiam mais brincar juntos. Por que perdemos isso quando crescemos? Porque nos tornamos egoístas e nos alegramos com as derrotas de quem conosco compete? Por que pensamos  que é menos um nos atrapalhando a conquista de nosso objetivo? Será que não podemos torcer um pelos outros depois que crescemos? Quem são afinal e o que querem essa turma a quem chamamos de adultos? Matamos uns aos outros por nada.

Em um determinado momento as crianças ali  fizeram quase que um mutirão para ajudar um competidor que tinha esquecido algo. Foi emocionante para mim. O olhar infantil sobre  o que é uma competição é completamente diferente do nosso. Via de regra elas competem, mas sem querer a destruição do outro.

A postura dos jurados é outro ponto elogiável. Delicados, também solidários e compassivos com pequenos seres que podem ser extremamente sensíveis e aos quais uma palavra errada pode destruir a auto estima. Paola é quase maternal, Fogaça, o irmão mais velho e Jacquin o tio bonachão que todos queremos ter e eventualmente temos na família. Ok, não sou imbecial e sei que as crianças foram selecionadas a dedo e o comportamento dos adultos é claramente influenciado por estarem em uma competição em um programa que está entre os lideres nacionais de audiência.

Mesmo com tudo isso me converti em fã do MasterChef Júnior Brasil. Vida longa ao programa!

É isso

Ouvindo: Pedro Mariano

terça-feira, 20 de outubro de 2015

Os Arrais e se fabulo EP "As Paisagens Conhecidas"


Leonardo Gonçalves escreveu um texto maravilhoso sobre o EP em questão. O texto demanda um conhecimento musical e principalmente uma  fluência na escrita que eu não tenho, então este meu texto/tributo/palavras de fã, sobre "As Paisagens Conhecidas" sera nada mais que isso: Palavras de um fã absolutamente apaixonado pelo trabalho dos caras.

Quando ouvi pela primeira vez o primeiro trabalho dos caras, na hora percebi algo diferente e impactante. Embora a produção fosse de certa forma modesta tanto musicalmente como num todo, percebia-se ali claramente um talento latente, que me pareceu até preso e querendo se soltar. Literalmente foi um trabalho que se pode dizer que deixou um gostinho de quero mais.

O segundo trabalho além de muito superior ao primeiro em todos os quesitos  trouxe um frscor a cena musical cristã brasileira que há muito não havia. Não apenas por suas composições, mas um artista é bem mais do que ele canta ele é o que diz, o que prega, o que vive, sobretudo o que vive. Claro que não convivo com os caras 24 horas por dia. alias nunca nem cheguei perto deles, mas sua postura seja em apresentações, seja nas redes (anti) sociais, seja na forma de conduzir a carreira, mostram uma total coerência com a mensagem que levam e nos dias de hoje, isso é raro.

As músicas do EP são simplesmente sublimes. Não percebo uma derrapagem, uma mensagem fora de sintonia, uma nota a mais, uma nota faltante. E o mais interessante é que mesmo sendo tão perfeitas, não são chatas. Ao meu ver existe a perfeição (e quando uso perfeição é no sentido de ser absolutamente bom) buscada e a que flui naturalmente. Vejo mérito e aplaudo quem busca a perfeição incessantemente, superando limites, correndo atrás do melhor resultado a qualquerr custo. Chego a me emocionar até. Mas a perfeição quer flui, esta é rara, demanda esforço também, mas apenas para emoldura-la de forma elegante, não existe o componente da busca por ela, ela já esta ali, sai dos versos, dos sons, precisa apenas ser ordenada e entregue.

O EP traz músicas tão belas que vão além do simples emocionar, ao menos para mim. Não servem como música de fundo, daquelas que  animam um almoço de família no Sábado ou uma reunião informal. Só o escuto com meus fones, em momentos de total concentração sorvendo com cuidado e admiração cada palavra, cada timbre, cada intenção, cada conexão, enfim, buscando os detalhes escondidos. São frases que me tocam, me fazem chorar, me fazem sobretudo refletir e me fazem esperar que este trabalho "estoure", que o alcance seja muito maior do que eles já tem alcançado porque é necessário que esta mensagem seja ouvida pelo maior número possível de pessoas. Vida longa aos Arrais!

É isso

Ouvindo: Os Arrais

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Policia para quem precisa


Tenho real apreço pelo trabalho da policia, tanto militar como cívil e acho quem sem uma policia preparada e bem treinada nenhuma cidade consegue ter o minimo de ordem e segurança. Nãso compartilho da visão estreita de que policiais são seres truculentos por natureza que vivem para pisar no pescoço de pretos e pobres. Isso para mim é reduzir o debater a um nível canhestro demais.

No entanto a maioria dos integrantes das forças policiais espalhadas pelo Brasil a fora anda cada vez mais fora de controle. Avistar um carro de policia gera cada vez mais desconforto e medo quando deveria gerar uma sesação de confiança e segurança. Nunca se sabe qual vai ser a atitude do policial que o para em uma blitz. A violência passou a ser padrão, moeda corrente que permeia o modo de atuação de pessoas que deveriam recorrer a ela apenas em situações absolutamente extremas para não banaliza-la.

Quando a violência se torna a regra, é evidente que um recrudescimento da mesma pelo lado oposto seja notado. Uma policia violenta gera marginais ainda mais violentos e a população fica no meio deste fogo cruzado de uma forma absurdamente perigosa, afinal não se corre para um lado, os marginais estão a postos, se corre para outro, a policia esta pronta a achar que qualquer pessoa é suspeita até que se prove ao contrário e não o inverso, ou seja, vivemos nas grandes cidades em estado de sítio constante causado em grande parte pela forma pouco cortês com que o cidadão de bem é tratado por aqueles que deveriam protege-los.

O pior é que as redes (anti) sociais são hoje veículos que pregam basicamente ou um ódio mortal a policia ou um "endeusamento" ao policial violento completamente inaceitável. Quem prega o ódio, seja ao que quer que seja, nem merece comentários, mas quem por outro lado acha lindo ver policiais matando suspeitos, espancando gente baseado na cor da pele entre outras atrocidades merece apenas piedade por ter a mente tão pequena e tosca.

O discurso que prega que "bandido bom, é bandido morto" ganhou uma força que beira o incontrolável nos dias de hoje e se ele é contraposto ao óbvio "bandido bom, é bandido preso",  esses energúmenos fazem questão de  dizer coisas como: "Leva pra casa então se esta com dó!" ou, "você defende os direitos humanos dos bandidos!", entre outras tolices.

Defendo sim os direitos humanos, tanto de presos, quanto de cidadãos de bem e não levaria um bandido para casa por motivos óbvios, mas nem uma coisa nem outra fazem de mim leniente em relação ao crime, apenas fazem de mim uma pessoa com bom senso em suficiente medida para entender que para cada crime existe uma punição e que a sociedade não se vinga, ela pune, o que são coisas bem diferentes.

Todos dentro de uma sociedade constituida de forma legítima, precisamos da policia. Apoiar a forçsa policial é dever de uma pessoa de bem, mas dever ainda maior é o que diz que esta mesma força precisa de forma racional, ética, responsável e sobretudo digna defender os interesses da população, independente do extrato social que o individuo vier e da cor de pele que ele tenha. A policia tem obrigação de tratar a todos com descência e não é ela uma "feitora" e sim uma organização constituída para cumprir apenas um papel: O de  proteger a população dentro dos parâmetros estabelecidos. O que passar disso, é banditismo que usa farda, o que é intolerável.

É isso.

Ouvindo; Magic Numbers

sábado, 17 de outubro de 2015

Eduardo Cunha, o "evangélico"


Se em nome de Deus, em eras passadas se matavam pessoas sem dó nem piedade, no Brasil de hoje em dia coisas tão horrendas como são feitas por pessoas que insistem em se dizer seguidores seus. é vergonhoso, é lástimavel, mas pior do que os maus feitos, é o silêncio conivente de uma parcela que infelizmente é a maioria dos evangélicos brasileiros que se cala antes este estado de coisas.

Eduardo Cunha é presidente da casa parlamentar do deputados federais brasileiros. Ele se diz crente, evangélico, o que quer que seja. Os evangélicos se dividem em 3 grupos: Os Silênciosos que simplesmente ficam quietos diante de tanta esbórnia  que enxovalha o nome de Cristo e de seus fiéis seguidores, os alienados, que nem sabem quem é Eduardo Cunha e com sua alienação acabam apoiando seus atos asquerosos e os poucos que tem consciência e gritam contra essa balbúrdia e não se diexam representar por este senhor de infeliz imagem e mais infelizes ainda, atos.

No momento em que começou a ser acusado, Cunha deveria ter tido a postura de entregar seu cargo, abrir suas contas, e como cristão que diz ser,  se colocar a disposição da justiça para todo e qualquer tipo de inevstigação que se faz necessário e uma vez que tudo se comprovasse uma grande armação, voltar em triunfo ao seu cargo.

Ao invés disso, Cunha se aferrou ao poder, mentiu ao dizer que não tinha contas no estrangeiro, enxovalhou o nome dos Cristãos que com honradez trabalham de Sol a Sol para ter uma vida minimamente digna e sem se importar com nada disso, continua agindo como se fosse um paladino da moral e bons costumes. Não é. Cunha é hoje em dia, exemplo de tudo o que de mais vil se pode esperar de alguém com um cargo público tão elevado quanto o que ele exerce. E pior, continua a disparar impropérios e jurar que se cair, cairá derrubando a outros. Exatamente como Jesus, o lider da vertente religiosa a que cunha diz pertencer, faria. Jesus, faria exatamente isso, mentiria, chantagearia e ameaçaria aos que lhe acusam. Esse era o seu estilo.

Acontece que este é o estilo do Jesus Diabo proclamado an música "Sabor de Mel" de Damaris, aquela cantora avoada que não tem noção das letras que colocam em suas músicas, não do Jesus que veio a Terra por mim e por você e foi ferido de morte por nossos pecados e antes disso dormia ao relento e comia do que lhe davam. Este Jesus,  Cunha não deve nem ao menos conhecer, já que esta ocupado demais com suas falcatruas e negociatas, mas o que cunha, o "evangélico" não sabe é que em algum momento a Ele será apresentado, e pelo andar da carruagem de Cunha, não será nas melhores circunstâncias... Pobre Cunha.

Hoje o Brasil está estagnado em uma crise horrenda tanto política quanto financeira que em grande parte tem a responsabilidade de Cunha, que ao invés de tentar dar um minimo de governabilidade a nação, está mais preocupado em manter seu cargo e os privilégios que dele advém. Então, apenas para deixar claro: EDUARDO CUNHA NÃO ME REPRESENTA, ACHO UMA VERGONHA TE-LO COMO PRESIDENTE DE UMA DAS INSTÂNCIAS MAIS PÓDEROSAS E IMPORTANTES DO PAÍS!!!

É isso.

Ouvindo: Vencedores por Cristo


quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Oscar Wilde


Oscar Wilde, escritor, poeta, agitador cultural e desde sempre dono de  uma personalidade fascinante para mim, é sobre quem hoje eu quero falar.

O autor de "O Retrato de Dorian Gray", que foi alias seu único romance, foi também um poeta nada menos que genial, um contista inspirado e o fundador de um movimento chamado de "Esteticismo" ou "Dandismo" que pregava que a beleza deveria ser o antídoto que combateria os horrores da sociedade de sua época e ele mesmo se autoproclamou o primeiro Dandi a caminhar nesta Terra.

Sempre que vejo alguém que tenha a elegância como característica intrínseca, que independa da roupa que esteja envergando ou outro acessório qualquer a chamo de Dandi. Sempre sou olhado feio, ou porque a maioria das pessoas não tem ideia do que o termo signifique ou porque atrelam a Dandismo a homossexualidade de Oscar. Sim, apesar de ter tido um casamento e dois filhos, Wilde era homossexual, tendo sido inclusive preso por praticar atos considerados obscenos com outros homens em lugares considerados públicos como banheiros e parques.

O  movimento criado por Wilde, era sua bandeira romântica por assim dizer, uma vez que a beleza não obedece parâmetros pré estabelecidos  e nem pode ser  entendida da mesma maneira por todas as pessoas. Mas o romantismo contido no movimento de Wilde buscava sim de alguma forma padronizar o belo através de vestimentas impecáveis e gestos e atitudes elegantes, seja no interagir com as pessoas, seja com o ambiente que as cerca.

A elegância sim pode ser balizada por gestos, e forma de vestir-se e sem dúvida alguma era a força motriz por trás do movimento de Wilde e ele também pode e deve ser considerado um Dandi na forma de escrever. Além do romance, Wilde foi um autor de peças teatrais e  "A Importância de Ser Constante" que virou filme e teve inúmeras montagens teatrais mundo a fora é sem dúvida o exemplo clássico do que digo, uma vez que a elegância permeia um texto que de forma alguma é simples ou raso, longe disso.

A homossexualidade de Wilde trouxe grandes problemas para si, uma vez que a sociedade em que ele vivia era claramente homofóbica e hipócrita, sendo esta homofobia um dos pilares da hipocrisia citada. Wilde foi preso, teve que se submeter a trabalhos forçados na prisão, onde toda a beleza e vaidade se foram de forma inclemente.

Em o Retrato de  Dorian Gray, Wilde fala sobre a vaidade, beleza como forma de manipulação e outros sentimentos menos nobres, de forma pungente sendo considerado por muitos estudiosos como a obra máxima da língua Inglesa (claro que estes estudiosos nunca se deram ao trabalho de ler o W. Shakespeare), mas é inegável a qualidade literária de Wilde bem como o alcance universal de sua obra e sobretudo é impossível negar o caráter atemporal de seus escritos. Wilde jamais será considerado um escritor datado e fora de moda, pois tanto os seus escritos quanto a forma de escreve-los os credenciam a ter um lugar no panteão dos grandes e geniais escritores que a humanidade produziu em todos os tempos.

Tudo isso porque estou iniciando a releitura de  O Retrato de Dorian Gray e deixo com vocês, uma única frase  contida no livro que para mim é exemplar da forma com que Wilde escrevia e da acidez saborosa de sua escrita:

Há sempre algo de ridículo nas emoções de quem deixamos de amar."

É isso.

Ouvindo: Cindy Morgan

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Um dia tipico


Hoje é feriado. Dia das crianças, dia da senhora aparecida de alguns brasileiros, (isso porque somos um país laico, mas enfim), é o último dia de um feriado prolongado. Feriados são legais, as pessoas se divertem, viajam, ou ficam em casa descansando. No meu caso, o entanto, pela profissão que exerço e amo exercer, feriado é dia de muito trabalho. Dia de vender imóveis.

Falem de crise o quanto quiserem, mas fato é que o mercado imobiliário esta em ebulição aqui na região que atuo, Alphaville. Ficar em um plantão de vendas pode aparentemente não ser o melhor dos mundos, mas para quem gosta, para quem tem a corretagem na veia é algo extremamente excitante, que mantém a adrenalina no nível mais alto e faz tudo o mais valer a pena.

Vender quando se tem um mercado com economia favorável é fácil, mas quando se tem uma economia como a nossa em que tudo parece estar de pernas para o ar, vender é para poucos e bons. Desculpem a falsa de modéstia mas por ser bom, estou entre esses poucos.

Me sinto um pouco ainda deslocado com a função de gestão de produto, pois vejo os corretores iniciando o atendimento e quero logo encostar, tomar para mim, mas não posso. Tenho agora que esperar que os corretores comecem o trabalho e apenas ao ser solicitado posso entrar na negociação. Para alguém com minha carga de ansiedade, isso é uma tortura, mas o meu novo lugar é este, finalizar uma negociação que foi iniciada por outra pessoa. Vamos combinar que embora seja novo para mim é algo que eu já cansei de ver e mesmo de fazer sem ter a função no crachá, então não é o fim do mundo.

O problema é que sou o tipo de pessoa que confio demais em mim profissionalmente e nada nos outros, então sou obrigado a entender que as pessoas tem o seu tempo, a sua forma de agir e se expressar e me cabe conciliar tudo isto. Se me fosse permitido, tomava tudo para mim e tudo certo, mas não é.

Feriados, fins de semana, dias úteis. Todo dia é dia de vender, vender é o que me move, é o que eu gosto, ou melhor, amo fazer. Espero poder ainda por anos e anos continuar a fazer o que me motiva e me define. Sou um homem de vendas, com todos os defeitos e qualidades que um homem de vendas tem. É isso que sou.

É isso.

Ouvindo: J-Lo

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Se você vai falar de desigualdade social, não a incentive


Se você vai falar sobre o negrinho que apanha da polícia nos morros do Rio de Janeiro ou nas favelas de São Paulo, certifique-se que você não se utiliza da estrutura que o joga em baixo dos cacetetes dos policiais fazendo-os funcionar como aviõezinhos que entregam drogas oned você precisar 24 horas por dia e quando não estão entregando, estão preparando ou vigiando as entradas dos locais. Se você é daqueles que tem o telefone do seu traficante guardado na memória do seu celular, o silêncio é seu melhor argumento.

Se você vai falar sobre a situação de sub emprego que a maioria das domésticas ainda vive no Brasil, começe pagando a sua um salário digno, todos os encargos que garantem uma aposentadoria minima quando a jornada se encerrar e sobretudo não a trate como alguém "da familia" que obviamente ela jamais será e sim com o profissionalismo que ela merece.

Se você vai falar dos políticos, ao menos tenha a descência de lembrar-se em quem votou nas últimas eleições e porque o fez. Se não lembra nem um, nem outro, cale a boca e não passe vergonha querendo posar de paladino do saber social. Conseguirá apenas parecer um trouxa.

Se você vai reclamar da criminalidade galopante, ok. É justo. Mas esta agindo localmente para dete-la? Participa dos conselhos comunitários, incentiva ações que gerem a tos preventivos contra a açãos de bandidos? Procupra saber com ajudar a policia local a combate-los? Toma você mesmo, medidas de auto proteção racionais? Ou acha que comprando uma arma resolverá todos os problemas? Se acha, bico calado, ok?

Se você acha que bandido bom é bandido morto, mas isso se aplica só aos de pele parda ou negra, já que empresários corruptos, pedófilos de classe média alta e outros marginais não entram armados em pequenos comércios e isso os faz "menos bandidos", me diga, em que mundo você vive?

Se acha que uma mulher pode ser estuprada apenas porque o comprimento da sua saia consegue ser menor do que o que você acha adequado, torça para sua filha nunca ser alvo de um estuprador. Se alguém quer estuprar nem uma burca o deterá, seu parvo!

Se enfim você vive de discurso vazio e acha que o mundo esta perdido porque nem todos pensam como você, saiba que o único perdido de fato é você mesmo, seu tolo narcisista.

É isso.

Ouvindo: Sabotage