quinta-feira, 4 de junho de 2015

O Boticário, Silas Malafaia e o teatro das polêmicas que nem polêmicas são.



Silas Malafaia não é uma figura polêmica. é um abestado. Nada além. Perdeu a mão, perdeu a aura de lider espiritual que sim, ao meu ver, chegou a ter. Hoje é um arremedo de si mesmo, alguém disposto a se posicionar como lider moral não de um povo especifico, mas de uma nação, nação esta que não esta ao que parece de forma alguma disposta a ter como líder alguém como ele. Silas berra, se esborracha tentando ganhar obviamente no grito, o que quer que seja. Silas não percebeu ainda, mas já perdeu.

Chega a ser patético, para não dizer catastrófico e infeliz pura e simplesmente o seu último vídeo convocando seu seguidores a dizerem "não" a marca de cosméticos "O Boticário". Por que? Por que a marca fez um comercial para o dia dos namorados mostrando diferentes modelos de relacionamentos. Ora, faça-me um favor! Os argumentos de Silas são canhestros. Ele diz entre outras bobagens, que se está querendo ensinar homossexualismo as crianças. Ensinar? Será possível que realmente se ensina alguém a ser homossexual?  Acho díficil, mas certamente um comercial como este ensina ou contribui ao menos para o ensino da tolerância entre os diferentes e é isos que se espera: Que desde crianças, esta nova geração que vem ai saiba respeitar os direitos de cada um dos seres humanos e que uma geração de "livres-pensantes" se instale e torne o mundo menos cruel  e abjeto.

Lideres como Caio Fábio e Silas Malafai cometem o mesmo erro o tempo todo, a saber: Se acham maiores do que a palavra que dizem pregar. Acham que emprestam credibilidade a palavra do Deus que professam quando ela já a tem por si só. Não é o ato de Silas, ou Caio, ou Waldemiro, ou Edir falarem o que quer que seja sobre a a palavra de Deus que a torna crível. Ela é crível por si só e ainda que pessoas como eles se apoderem dela para desfilar seu rosário de intolerância e raiva contra minorias.

Nem vou entrar na infrutífera questão de com Deus vê o homossexualismo. Isso não importa em uma sociedade Laíca como a brasileira, e da mesma forma que os cristãos não devem hostilizar aos gays os gays não podem e não devem hostilizar aos cristãos, mas eu devo admitir com vergonha alheia aflorada que os Cristãos atacam muito mais e de forma muito mais gratuita aos homossexuais do que o contrário. Pedir boicote a uma marca porque ela fez um comercial exaltando a pluralidade sexual? Por favor né?

Eu não sou homossexual, não concebo a ideia de me envolver com outro homem, para mim não serve. Se serve a um amigo meu, ele que seja feliz nesta área da  vida dele. E não caio na bobagem de falar uma das frasdes favoritas do que são pseudo liberais que é "Ele que assuma as consequências de seus atos" Hello!!!! Isso é tão verdade para um casal gay, como para um casal hetéro. Ambos tem consequências a assumir quando entram em um relacionamento. Imbecil pensar que um relacionamento hétero é imune a chuvas e trovoadas enquanto um relacionamento gay é fadado a infelicidade. Só na cabeça de alguns cristãos que deveriam se envergonhar e não se orgulhar de pensar assim.

Claro que tenho pena do movimento homossexual por ter como um de seus líderes alguém tão igualmente abestado como o Dep e ex BBB Gean Willys. é triste que a causa gay não tenha porta voz melhor para expressar seu  pensamento e é muito mais triste que tanto um lado, quanto outro, sejam obrigados a ter entre suas lideranças pessoas de matiz tão radical e pouco afeitos ao diálogo.

Para finalizar, palmas e loa ao "O Boticário" pela coragem de ser uma empresa que incentiva a pluralidade de comportamentos.

É isso.

Ouvindo: Sandy

terça-feira, 2 de junho de 2015

De novo, poema meu


Porque eu não me calo, eu falo e falando eu respiro mais do que respiram essa gentes caladas.
Eu não entendo essas gentes que calam quando querem falar, que silenciam a dor, que abafam o grito,
que não conseguem ao menos tentar fazer fluir as palavras e assim tirar a opressão de seus próprios ombros.

Palavras que eu escrevo, palavras que eu digo, palavras que me encantam que me acalantam, que me eternizam, que revelam o melhor e o pior de mim, geralmente o pior uma vez que pouco tenho de bom e nada de melhor há em mim na verdade.

Eu digo, eu grito, eu esperneio através de minhas palavras. O que são essas palavras todas senão a expressão mais genuína do meu ser? Um ser que não sabe de outra forma viver além de falando, expressando de forma verbal e escrita o que sente o que pensa, o que espera. Falando a quem quer ouvir ou a quem não quer mas esta em seu caminho.

Não sei e nem quero aprender a ser silêncio. Eu quero berrar quero quebrar com minhas palavras as barreiras que me cercam e me deixam longe de você. Quero penetrar na tua vida, quero que me vejas, quero  fazer parte da tua história, quero me posicionar, nunca me acovardar, nunca recuar apenas avançar e avançando, ganhando jardas e jardas através de dito e editos falados, eu quero chegar onde nunca imaginei que fosse possível. Que minhas palavras sejam minha corrida e que minha corrida me leve direto para onde tanto anseio.

O teu coração.

É isso.

Ouvindo: Madredeus

segunda-feira, 1 de junho de 2015

Madrugada, de Fernando Iglesias, faixa a faixa


Não, eu não parei no tempo. Sei que Fernando Iglesias ja lançou material novo após "Madrugada", mas este álbum segue sendo de longe o melhor de sua carreira e um dos melhores álbuns solo masculino já lançado no Brasil. Madrugada é denso, mas absolutamente delicado, suas canções são interpretadas por Fernando Iglesias de forma absolutamente autoral, sem que ele se prenda a esta ou aquela escola de interpretação, é um álbum que flui fácil de Fernando para o seu público e em muitos momentos emociona de forma ímpar. Merece ser comentado faixa a faixa e merece ser ouvido como quem ouve uma obra de arte, que de fato, ele é.

1. Alguém como eu.
Abrir um CD com uma faixa composta por Stênio Marcius é antes de mais nada uma responsabilidade. Pode sair rísivel ou pode ser genial. Aqui, obviamente graças a interpretação sem igual de Fernando o resultado é genial, mas a de se destacar que embora a forma com que Fernando canta a canção não guarde de forma alguma semelhança com a interprertação do próprio Stênio, sente-se nitidamente no arranjo um respeito a forma com que a música foi composta no sentido de não descaracteriza-la do que o autor propunha que era ser uma canção absolutamente emocional e emocionante. Fernando Iglesias respeitou esta premissa e ainda imprimiu um toque todo seu que deixou a canção que já era linda, ainda mais bela. Se apenas "Alguém como eu" houvesse no CD já valeria a pena compra-lo.

2. Desperta
Sem dúvida uma canção que chama os Cristãos a responsabilidade. Uma "canção sermão" por assim dizer. Aqui Fernando novamente mostra seus recursos interpretativos de uma forma única. Simplesmente não guarda correspondência com o cantor da música que a antecede e sem perder a doçura característica de sua voz e apoiado em um arranjo com guitarras para lá de espertas, Fernando da show e ganha o jogo com apenas duas canções entoadas.

3.Madrugada
A música que da título ao CD é de longe a mais poética do trabalho.  Algumas frases simplesmente acompanham o ouvinte mais atento pelo resto da vida. O clima do aranjo realmente remete a uma madrugada e intimista, com um arranjo de cordas que ao mesmo tempo é forte e delicado, emociona e faz com que o desejo de um encontro com o Eterno seja realizado o mais rápido possível e aqui cabe dizer que é disso que se trata um álbum de músicas com temática Cristã: Aproximar o ouvinte de seu Deus. O resto é perfumaria. Fernando consegue isso de forma brilhante.

4. O peso da glória
Me da impressão estas música que ela foi concebida para ser aquela no álbum que vai ser a canção "assobiável" tem uma letra tão bela, um arranjo tão em consonância com a letra e uma interpretação tão simples (embora tocante), que acionar o "repeat" é inevitável. Há que se destacar o back vocal, discreto, mas absolutamente necessário, dando outra cor e textura a canção cada vez que é acionado.

5.Desvanecer
Esta música é minha companheira diária. Toca em meu celular, toca no notebook e quando não tenho dispositivo algum, toca em minha mente. Letra simplesmente perfeita, a melhor interpretação da vida de Fernando Iglesias, merece elogios infindáveis principalmente por não ceder a tentação "melismática" que destruíria uma canção virtualmente sem falhas e um resultado final de chorar. Literalmente. Como disse acima, música de "crente" é pra trazer o crente pra perto de Deus e esta canção te joga aos pés dele.

6. Aleluia
Já ouviu o termo "música para acampamento"? Aquela que o cara descoladinho da turma pega o seu violão e puxa o coro? "Aleluia" cabe a perfeição para isso. Uma música pra se cantar juntos, pra sentir a segurança e a união que uma vida em comunidade Cristã pode oferecer. Pra cantar e ouvir todo dia.

7.Usa-me
Simplesmente um pedido que vem do fundo do coração do Pastor Fernando e bate direto em nosso coração. Gente, cantor cristão tem que ter mensagem, postura, voz e sobretudo cantar mensagens que nos enlevem, nos faça querer estar perto do nosso Pai e Dele sermos instrumentos. "Usa-me" reúne todas estas qualidades.

8. Doce Presença
Xiiiiii!!!!.... Ponto absolutamente fora da curva de um álbum que se não fosse por esta música seria nota 11, não 10. Não se se a moça que divide os vocais com Fernando é uma criança, uma adolescente ou uma adulta querendo cantar como uma criança quase adolescente. A música em si é boa mas o arranjo tateia entre o infantil e o intrágavel, então fico sem saber o que a música de fato quer me dizer. Se eu sou o produtor ela simplesmente não exisitiria no CD.

9. Indecifrável Amor
Quando você pensa que o nível do álbum ia cair por conta de "Doce Presença", o Pastor Fernando simplesmente nos presenteia com este primor de canção. Ao narrar com tanta delicadeza o nascimento de Jesus, fazer com que o ouvinte consiga visualiza-lo ali, chorando, enchendo de ar os seus pulmões e traças um paralelo com o choro do Cristo por ter sua mensagem rejeitada por quem tanto amou  é de um primor poucas vezes alcançado no cancioneiro vá lá, Gospel brasileiro. Poesia da melhor qualidade.

10. O Deus que eu conheço
Aqui Fernando fecha o seu trabalho desculpe o clichê, com chave de ouro! Guarda sabiamente para o final a sua apresentação do Deus que ele conhece tão bem para o final. Uma música que te coloca reflexivo, conduz a uma instrospecção tão necessária nos dias de hoje mas que dificilmente alcançamos pela correria da vida e por nosso próprio desinteresse acerca de quem é Deus e o que ele faz por nós. Um encerramento magnífico de um trabalho como poucas vezes tive a opotunidade de ouvir.

Quem me conhece sabe que nunca morri de amores embora sempre tenha respeitado profundamente o trabalho do Pastor Fernando Iglesias como cantor. Sempre achei seus CDS mais do mesmo, mas este álbum é tão diferente de tudo que ouvi no universo dos solistas masculinos que não me canso de ouvi-lo a aprecia-lo com o devido respeito e reverência. Fica aqui a indicação de um trabalho que certamente falará a você que lê em vários níveis e te colocará mais proximo do Senhor e Salvador Jesus Cristo.

É isso.

Ouvindo: Fernando Iglesias


quinta-feira, 28 de maio de 2015

Se... ainda sim...


Se o céu fosse vermelho, se a chuva não molhasse e sim queimasse, se as rosas mais bonitas fossem verdes, e a grama, a que a gente pisa embora não deva fosse bem vermelhinha... Se os carros voassem e os aviões usassem o asfalto para se locomover, se as canções mais belas tivessem uma nota só e as complexas composições clássicas fossem consideradas feias, se tudo isso acontecesse e de fato fosse como o descrito, o que era que tinha?

E se o Sol fosse roxo e a Lua a noite, parecesse por conta disso um hematoma enfeiando o céu e por conta disso os poetas perdessem a sua inspiração, pois um pedaço de rocha roxo não os  faria suspirar, a vida perderia o valor?

Peixes respirando alegremente fora da água e seres humanos mergulhando a profundidades abissais, encheriam nosso coração de estupefação? Provável, mas por quanto tempo? Dias depois os peixes não mais celebridades seriam e os seres humanos perderiam o encanto pelo mergulho. A vida? Esta continuaria célere e sem maiores sobresaltos até a proxima novidade.

Cachorros falantes, gatos resolvendo equações de segundo grau, quanto do nosso sono perderiamos e em quanto tempo isso seria considerado banal? Creio que sono algum e muito rapidamente a banalidade destes fatos não nos despertaria mais que muxoxos irritados por ver nosso tempo sendo desperdiçado com tal assunto.

Não importa o quanto o mundo possa ser virado de cabeça para baixo já a partir de amanhã. Simplesmente não importa. O que importa é que nosso instinto de sobrevivência nos impele a continuar vivos e vivendo, de uma forma ou de outra. Nos adaptamos aos fatos muito mais do que os fatos a nós se adaptam até porque fatos só existem quando nós os produzimos. O mundo pode virar de ponta cabeça com eu disse, tanto faz, vamos dormir no teto. É  assim que somos, faz parte do que somos e de como vivemos e a magia e beleza da vida consiste em aceitar, se preciso for um Sol roxo que deixa a Lua feia, sem trazer inspiração para os poetas, um mero hematoma no céu.

É isso.

Ouvindo: Roberta Spitaletti

quarta-feira, 27 de maio de 2015

Rafael Ilha, retrato de um mundo cada vez mais banal


Rafael Ilha, o "Eterno Polegar" segundo parte da imprensa Brasileira foi, no espaço de 24 horas, preso, depois solto por algum motivo que não ficou claro e não ficará e serviu apenas para capitalizar por alguns dias a sua combalida imagem.

Rafael, uma parte da imprensa também insiste em dizer, era vocalista da banda Polegar. Ele até estava a frente da banda segurando um microfone, mas quanto a ser vocalista... Bom, vocalista é quem canta e Rafael nunca fez isso da forma correta então era apenas um pateta dançando com outros quatro patetas. E dançando é aqui uma expressão amigável e elegante porém mentirosa para dizer o que de fato faziam eles e seus amigos no palco.

Acontece que o tempo do Polegar passou, Rafael não se ajustou e se tornou um pária. Alguém que chegou ao ponto de tentar assaltar duas pessoas de na rua de forma absolutamente canhestra apenas para conseguir miseros trocados para sustentar seu vício em drogas. Não conseguiu e foi preso. E desde então de volta aos holofotes que insistem em iluminar apenas flagrantes sombrios de sua pessoa, Rafael vem vivendo como dublê de reporter na também dublê de rede de televisão Rede TV.

Pessoas como Rafael, até porque ele não é o único a viver o martírio de ter sido famoso e perder tudo, fazem qualquer coisa e aqui qualquer coisa não é figura de linguagem para estarem novamente no centro das atenções. Creio firmemente que Rafael, uma pessoa "safa" na arte de ser preso e dos motivos que levam alguérm a prisão, foi  a delegacia sabendo exatamente o que iria acontecer e qual o desfecho. Rafael tem um advogado a orienta-lo e sabia que não ficaria mais que um dia no Xilindró mas sabia que esta história renderia (com esta rendendo) semanas de exposição gratuita de sua imagem em todos os veículos de imprensa ávidos por bobalhões como ele que se auto imolam na praça pública das sub celebs. Estes "profissionais de imprensa" que cobrem este tipo de situação constrangedora não tem escrupulos em carregar nas tintas para fazer render muito mais do que ela deveria na realidade. Lamentável.

Claro que o grande culpado é o público que compra revistas especializadas em fofocas, que assite programas especializados em fofoca e que é em sua essência ele mesmo especialista em fofocas. Um público que não se dá ao respeito e não busca algo que possa fazer nada além do que saciar a sanha implacável por saber da vida alheia. Triste.

O mundo caminha de forma inexorável e irreversível para um estado de banalidade que temo ser sem volta. Facebook e outras redes sociais dia a dia bombardeiam seus usuários com noticias, fotos, notinhas que falam e quase sempre mal da vida de quem quer que seja e a maioria dessas pessoas fazem de tudo para aparecer, pagam um preço que não percebem o quanto é alto para terem suas vísceras expostas a uma turba sequiosa deste tipo de exposição.

Enquanto tudo isso ocorreu, 28 pessoas foram assassinadas na região metropolitana de São Paulo.  Pessoas a quem não se dedicou uma linha, uma palavra se quer. Pessoas que pelo seu medíocre anonimato lhes foi reservado apenas isso em seu último acontecimento: Mais anonimato.

É isso.

Ouvindo: J. Cash

terça-feira, 26 de maio de 2015

Eu aqui de novo


E ai eu voltei. Era hora, se é que existe horas para chegadas e partidas. Elas se dão as vezes, na maioria das vezes, de surpresa, porque  são nas surpresas que a vida nos proporciona que residem as decisões mais capitais que tomamos pelo fato de sermos forçados a sair da tal zona de conforto. Então, eu voltei.

E foi, na verdade, como se eu nem tivesse saído. Foi natural, simplesmente sentei em uma bancada e comecei a trabalhar, a ligar para clientes, a ver tabelas, a fazer, enfim, as coisas que um corretor de imóveis faz. Foi no automático, com a diferença que eu me senti em casa. é como colocar, para ficar no clichê, um sapato velho, que é confortável, embora não seja tão bonito. Cada dia mais eu aprendo que as coisas não precisam ser bonitas e sim práticas, efetivas, e estou, de verdade, me sentindo feliz.

É claro que depois de dois anos fora de qualquer lugar, ou quase dois anos, você percebe que procedimentos e sobretudo pessoas, mudaram. Alguns e algumas para melhor e outras, obviamente pioraram o que já era ruim. A vida é assim,  as coisas mudam, terremotos acontecem, depois o chão ao redor se acomoda, a vida prossegue e depois tudo de novo se repete e se repete, e se assim não fosse a vida não teria graça.

Eu nunca quis uma vida ordinária e se não consegui a vida espetacular que imaginava, ao menos consegui me destacar na profissão que escolhi, consegui atingir uma satisfação ao trabalhar que me faz feliz todas as manhãs ao acordar e saber que tenho que vir para o trabalho.  Agora, me sinto a mais feliz porque sairei de uma casa, onde vivo com minha família e chegarei em outra casa, onde ao desenvolver o meu trabalho eu estarei cercado de pessoas com as quais convivo mais tempo do que com minha primeira famíliae embora aqui tenham alguns "primos' que talvez não gostem muito de mim, ainda sim a minha sensação é de estar em casa.

Eu não sei o que vai ser e nem o que vai dar. Eu acredito no sucesso, sempre. Eu acredito que posso triunfar, que posso vencer pelos meus méritos e creio que estar em minha casa vai me ajudar muito neste intuíto.

Eu estou feliz, genuinamente feliz e em se tratando de mim, isto é um feito.

É isso.

Ouvindo: Cindy Morgan

segunda-feira, 25 de maio de 2015

Quando eu voltar a ser criança (novos projetos)


Eu tenho pensando muito neste negócio de voltar a ser criança. Ser adulto é muito chato, muito opressivo e quanto mais velho você fica, mais perto de morrer esta e eu, por algum motivo que desconheço, gosto de viver. Deve ser porque viver é bom mesmo com tudo de mal que ocorre, sei lá, estou só tergiversando, só jogando palavras ao vento, só imaginando que...

Uma coisa engraçada de ser criança é que todos os adultos parecem ser bem maiores do que são. Todos eles parecem ter mais de 2metros de altura e isso é de certa forma opressivo. E tem outra, como estão no alto e nunca se curvam para conversar com as crianças, a gente (voltei a ser criança) não consegue entender muito bem o que eles falam e isso pode ter consequências bem ruins por conta dos mal entendidos.

Então já que voltei a ser uma criança vou tentar me comportar da forma mais discreta possível. Não ser visto, ser praticamente invísvel é uma boa maneira de evitar problemas e gritos. Sim, os adultos quando  não se fazem entender ficam nervosos e começam a gritar ferindo a audição ainda sensível de nós crianças. Se fossem menos estúpidos e mais espertos, não fariam isso.  Mas uma coisa que aprendi como adulto é que não adianta tentar mudar certos comportamentos de certas pessoas. Nãso da certo.

Além de chamar o minímo possível de atenção vou tentar também ser mais bonzinho como meus amigos. Na minha primeira infância eu não tinha amigos praticamente porque eu preferia ficar sózinho lendo livros. Não foi uma boa idéia uma vez que hoje, não sei me relacionar muito bem com as pessoas. Talvez os livros e a respectiva leitura deles tragam o inconveniente de fazer a pessoa ficar refém dela mesma. Agora que resolvi ser cirança novamente, vou mudar isso o quanto antes. Pessoas sem amigos tendem a ser mais tristes. Aprendi como criança e confirmei como adulto.

Ser criança é legal porque você pode fazer e dizer muita coisa e as pessoas olharão para você dirão que "isso é coisa de criança". Alguns adultos cretinos te baterão eventualmente, mas é legal ter a liberdade de  ter certas posturas inconsequentes e ficar meio que por isso mesmo. Os adultos não tem, via de regra paciência para educar, explicar a diferença entre o certo er o errado, até porque, neste mundo que vivemos, eles pouco sabem sobre isso, tudo é muito misturado, então deixam as crianças fazerem coisas que talvez seus próprios pais não deixariam quando eles eram crianças só pra não ficar tendo que aprender como as coisas funcionam para explicar as crianças. Dai dizem que "isso é coisa de crianças".

Eu vou eleger uma pessoa para ser minha amiga especial. Ou melhor, duas. Um menino e uma menina. Com o menino, que deverá ter a minha idade ou um ano a mais ou a menos no máximo, vou jogar bola, pingue-pongue, vídeo game, conversar sobre como as meninas são chatas e entronase gostam de bichos de pelúcia (eca) sabe-se lá porque. Vamos ter um descampado e ele será o nosso lugar de exploração, um mundo particular onde menina não entra e onde alguns adultos veem uma boa possibilidade de virar um terreno para incorporação imobilíaria futura. Adultos querem ganhar dinheiro a qualquer custo, mesmo que precisem destruir um território fechado a exploração e aventuras  de duas crianças. E dai né? Talvez tenham o desplante de oferecer uma unidade a nossos pais pelo pagamento pelo transtorno. Eles vão adorar. A gente, não.

Com minha amiga menina eu vou deitar a noite no chão e ver estrelas. E embora ela vá me dizer coisas imcompreensíveis por ser mais madura que eu mesmo tendo a minha idade ou uma ano a mais ou a menos e exatamente por este motivo eu vou acha-la incrível e certamente me apaixonarei por ela. Ela vai me achar bobo e vai me chamar de bobo o tempo todo, mas lá no fundo não vai querer ficar longe de mim por muito tempo e terá os seus sentimentos feridos quando eu aliado ao meu amigo que estará com ciúmes dela a ridicularizar por conta do seu maldito ursinho de pelúcia que não serve para nada. Quando eu fizer 13 anos e não for mais tão criança assim eu darei a ela um maior e mais bonito para que ela nunca se esqueça de mim. Fato é que sou bem desinteressante então é provável que sim, ela se esqueça.

Não vou ter nem cachorro nem gato. Eles vão morrer e eu vou sofrer e desde criança eu quero evitar o sofrimento. O conheço bem e sei que não é agradável, seja pelo motivo que for, sofrer. Melhor neste caso é ter como companhia os meus livros que farão de mim um cabra meio apalermado mas muito inteligente, embora ninguém de a miníma para se você é ou não inteligente.

Eu vou tentar também, seja via estudo, seja via uma idéia genial, ter bastante dinheiro desde cedo. Para ciranças, dinheiro é bom para comprar sorvete e cards. Para uma criança que já foi criança e só agora voltou a sê-lo, dinheiro é bom para te fazer ser aceito pelas outras pessoas. Sim, eu sei que já terei meus dois amigos, mas o dinheiro será importante de qualquer maneira. Ele sempre é. Por mais que eu o odeie, seja como criança, seja com adulto.

Por fim, todas as ações de minha nova vida como criança serão visando me tornar não um adulto melhor, mas sim um adulto que seja mais prático e menos sensível. Ser sensível, como diriam os outros adultos "é coisa de criança".

É isso

Ouvindo: Katy Parry - Fireworks