sábado, 8 de março de 2014

Feliz dia Internacional das Mulheres ( mas eu ainda choro)


Choro porque há muito pouco o que comemorar. Choro porque a mídia  ( sempre ela) transforma este dia de luta em mais um dia de dar presentes e pasme, de levar amante ao motel! Flata dignidade a este dia e ao dia a dia de milhões de mulheres no Brasil e no mundo.

Mulheres que ainda ganham em média de 25 a 40% que os homens para fazer a mesma função. Mulheres que pegam conduções lotadas, seja aqui ou no Japão e são assediadas de forma covarde e vil por homens que as veem apenas como objeto de uma satisfação abjeta, nada mais que isso. Mulheres que não tem onde deixar seus filhos com segurança e minima dignidade para trabalharem quando precisam.

Mulheres que são tão mal representadas por suas iguais que perferem mostrar a bunda e fazer sexo para milhçoes e milhões de pessoas verem em rede nacional em realitys porcarias fazendo com que homens sem cabeça, ( ao menos onde de fato ela deveria estar) ache que todas as mulheres são vadias como elas.

Até quando este estado de coisas perdurara? Mulheres que não podem dizer o que pensam, que são espancadas, maltratadas ao redor do mundo por pensarem e quererem o obvio direito de terem tratamento igualitário. Não precisamos de dia internacional da mulher. Precisamos de ações que tornem todos os dias do ano um dia em que as mulheres possam viver sem a sobra de serem diminuidas por uma sociedade ainda machista e despreparada para lidar com as questões femininas de forma adequada.

Vivemos em um mundo onde as demanas femininas são muito maiores do que a 20 anos atrás e continuarão crescendo, pois as gerações que vem por ai querem sempre mais e com total razão. Qurem crescer em um ambiente mais justo, querem ter mais coisas, realizar mais, sorrir mais, ser mais feliz enfim, e a igualdade para estas gerações precisa começar a ser construida agora, com atitudes que façam os meninos que vem por ai entender que o Falo que carregam nada mais é do a diferença biológica entre eles e as meninas, ( além de possibilitar, morram mulheres, fazer xixi em pé) nada além disso.

Eu desconfio no entanto que as mulheres ainda não fazem xixi em pé de forma confortável porque não querem, pois por mais inteligentes que são, poderiam ter inventado facilmente um metódo, isso é fato.

Mulheres, que neste dia tudo lhes seja lindo,tudo lhes seja justo e tudo lhes seja acima de tudo real! E que este realidade de beleza e justiça se espalhe por todos os dias de vossa existência. Vocês merecem!!!

É  isso.

Ouvindo: Michael Bublé

sexta-feira, 7 de março de 2014

Noé, de Darren Aronofsky



Noé, o filme estrelado por Russel Crowe, Jennifer Connoly, Emma Thompson e Anthony Hopkins ja faz barulho antes mesmo de estrear. Foi banido nospaíses árabes (ao menos na maioria deles), pois vai contra a Lei Islâmica. Nos E.U.A gerou controvérsia por seu tom sombrio, tanto no filme como no material promocional e a Paramont em uma atitude canhestra, não bancou o que fez mudando parte do material promociona, para "deixar claro" que o filme não é uma versão literal e sim uma leitura livre dos autores.

Como ficam diretor e elenco diante disso? Vi o trailer, e realmente é absolutamente sombrio. Mas é a visão de Darren, um diretor absolutamente competente, que tem muito mais acertos que erros na carreira e cá pra nós, o que esperam esses fundamentalistas? Que se filme o relato bíblico de forma literal? Que o filme seja absolutamente fiel a Bíblia? Porque se for isso, surgem problemas... Que versão usar? NVI? King James? Faça-me um favor não?

Noé é a história tal qual o diretor e roteiras a enxergam,  e como em toda obra de arte foram tomadas 'licenças poéticas" ou mesmo desvios de rotas propositais para que funcione melhor nas telas. Vou assistir porque sou curioso e gosto do diretor, não esperando uma aula de Biblia, esperando que haja um fundo moral no final do filme, isso seria além de ingênuo, cisa de gente burra mesmo.

Pode-se gostar ou não do que de verá e pode-se até identificar-se algumas 'heresias" dependendo da visão de quem assiste, isso é o que se chama de pensamento plural, que dá o direito de pessoas gostaram e outras não, mas proibir o filme é algo absurdo. Cada um pensa o que quer, ve como quer, tem gente que vai dizer que o filme é obra do onipresentes Illuminatis, essa galera que controla a música a mídia a vida e tudo o mais que há na face da Terra segundo algumas pessoas insistem em crer e é direito delas acreditar nisso, mas proibir ou sequer pedir a proibição de uma obra de arte por que um determinado grupo não concorda com ela? NÃO VÁ AO CINEMA E PRONTO! DEIXE PARA QUEM QUER VER!

E  a Paramont hein? Alterar o material promocional do filme nos EUA por força de grupos de pressão? Não bancam então o que acreditam? Quais são os valores desta empresa? Mudar correndo caratazes e outros porque a direita cristã estrilou? Estou pasmo!

Não da pra falar sobre o flme pois ainda não o assisti, mas repito que pelo que vi no trailer deve-se esperar algo sombrio, pois a fotografia é sinistra por si só, então da pra imaginar o que será o filme. De  qualquer forma, pode-se simplesmente não ir ao cinema, este é o melhor e mais eficaz protesto que se pode fazer, ignorar completamente o filme, fora isso deixa de ser protesto pra ser tentavida de coersão dos direitos de individuais de cada ser humano que incluem ir ou não a um cinema e ver determinado filme se assim desejar.

Mas no dilúvio de intolerância que se form ou antes mesmo da estréia, o que se afogou, ou quase, foi a reputação da Paramont como empresa séria que banca seus filmes assim como seus diretores os conceberam.

É isso.

Ouvindo: Elton J.

sábado, 1 de março de 2014

About Robocop

"Todos os anos,
 Todo o amor que foi nosso,
 Todas, as horas"
Frase final do espetalcuar, magnifico, excelente mesmo, "As Horas" de Stephen Daldry com a arrebatadora trilha de Philip Glass

Uma frase, uma misera frase de um bom filme pode ser mais significativa que todo um filme feito para ser apenas um fim em si mesmo e nao alimentar alma e coração.

Stephen Daldry, quando  dirigiu, as Horas, certamente não tinha em mente se este filme seria um blockbuster, alias, tinha certeza que não seria. Mesmo assim, Maryl Steep, Juliane Moore, e até Nicole Kidman que geralmente é uma atriz de gritar de ruim emocionam ajudadas por Ed Harris (sempre fabuloso) em pouco mais que uma magistral ponta. Esse pessoal todo, tem muito o que se orgulhar por ter participado deste projeto, por tudo o que ele representa como arte e por fazer o público que foi assisti-lo sair com a respiração presa, pensando sobre o que é a vida e seu real significado.

Agora, esculhambemos Robocop, o filme de José Padilha, para horror dos brazucas que se emocionam por ser o primeiro blockbuster dirigido por um brasileiro que teve 130 milhões de dinheiros americanos da Sony e da MGM para torrar com a bosta que ele chama de filme.

Um parêntese: José Padilha é sim um grande cineasta, "Onibus 174" é simplesmente perfeito como cinema, um documentário que se assiste do inicio ao fim sem respirar praticamente, mas que em Robocop, simplesmente fez um cinema rasteiro e sem vida.

Padilha andou falando para os principais meios de comunicação brazucas que fez um filme "brasileiro" com as 130 milhas que teve para desenvolver o projeto, mas os primeiros 15 minutos de filme desmentem totalmente sua tese. Robocop é apenas mais um entre os tantos lixos feitos para faturar no minimo 3x mais do que custou que anos após ano invadem as telas mundo a fora.

Não basta ter bons atores para um filme funcionar e no caso de Robocop eles estão no minímo preguiçosos. Samuel  L. Jackson, que já brilhou como "Shaft" atua claramente no automático, tentando a todo custo inserir um debate tolo na mente do coitado do espectador que caiu no conto do bockbuster made in USA com sotaque brasileiro. Ele mesmo sabe a bobagem que é o seu papel pois o desempenha de forma sonolenta demais.

Gary Oldman, um puta ator, mas um ator que quase nunca é menos que espetacular mesmo, está irreconhecivel como um cientista metido a cretino que só faz merda o filme todo. Que conversa mais fiada é aquela? Ele tem coração? Ele é bacana? Ele se move pela ciência ou pela grana? A indefinição de seu personagem, tanto moral quanto pratica mesmo não contribui em nada para salvar o filme da derrocada eminente já pela primeira meia hora. Da vontade de sair do cinema e cometer assasinatos em série e jogar  aculpa no filme, mas ninguém levaria a sério haja visto como o filme é ruim!

Joel Kinnaman em comparação com Peter Weller, o Robocop original, é simplesmente um lixo. Um ator que tenta ser algo entre o emocional e o durão e nada mais é que uma caricatura sem sal do original. Lhe falta o humor de Weller, lhe falta  a competência dramática, lhe falta timming comico, pois em alguns momentos ele poderia fazer de passagens tenebrosas do filme, algo meio puxado para o humor, mas não,  insiste em se levar a sério assim como todos ali. Com aquele roteiro mediocre?  Impossível!

Roteiro que alias é o grande problema de Robocop.  Uma tentativa idiota de falar sobre o futuro de um mundo cercado por Drones policiais sem alma e coração e mega corporações dominantes. Futuro??? Em que mundo Padilha e seus roteiristas metidos a besta mas que mal sabem escrever vivem? O futuro de Robocop já existe. Então inserir uma discussão sobre algo que já acontece, sem diga-se de passagem propor soluções, ou ao menos, caminhos a serem seguidos em uam discussão sobre os tema, jogando-os ao leo, apenas por jogar para matar as quase duas horas de aborrecidas imagens se sucedendo na tela é perda de tempo meu , seu e de quem mais for assistir.

Padilha poderia ter optado por um projeto mais autoral como fez Fernando Meirelles ao filmar uma história de Saramago. Ninguém viu? Não, ninguém viu, mas os poucos afortunados que viram certamente gostaram de ter o que debater depois, ao invés de ficar com os ouvidos prejudicados por explosões sem sentidos e diálogos de horripilantes de tão mal escritos, que dão claramente a impressão de terem sido feitos as pressas.

Padilha, ao afirmar que Robocop é um filme brasileiro feito com dinheiro gringo, só mostra que ainda estamos a anos luz do que cinema sério e sobretudo do cinema como obra de arte que tolos como eu imaginam que ele deve ser. O cinema hoje é apenas um negócio, como qualquer outro, em que 130 milhões de dinheiros americanos devem virar no minimo, 3, 4 ou 5x isso.

Robocop, certamente conseguirá isso, ainda mais com a debilidade mental de públicos como o brasileiros e os chacaninhos ignorantes da periferia do mundo que adoram explosões em profusão, mas certamente o primeiro Robocop de Paul Verhoeven, segue imbátivel como denuncia de um mundo frio, cinico e calculista que já se instalou sobre nós. A José Padilha, resta ser lembrado por "Onibus 174" e o PRIMEIRO "Tropa de Elite, por que Robocop segundo sua visão é pouco mais que um lixo em forma de pelicula!

É isso.

Ouvindo: A magnifica trilha sonora de "As Horas"

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

A maldita obrigação de vender


A pirataria matou o CD. Isso é ruim? Não acho. Acho maravilhoso. Pena que os artistas ainda não tenham entendido isso. Pouco me importa neste post, os artistas seculares, pois depois de J. Cash, pouca coisa se fez prestável no mundo da música, mas falo aqui dos artistas ditos Cristãos. São eles, que cada dia mais tem essa maldita obrigação de vender.

Hoje, cada dia mais a música Cristã está igual e guiada pelos mesmos parametros da música secular, que é o parametro da venda. Claro que o artista tem que vender seu trabalho, afinal vive dele, isso é obvio e só menciono porque tem muito retardado sem compreensão de texto que insiste em ler meu blog, então tem que deixar explicadinho para essa patota também.

Mas antes de vender, antes de pensar em vender, o artista Cristão tem a OBRIGAÇÃO de buscar a sua identidade e fazer um trabalho que transpire verdade e sobretudo Cristo, por todos os poros. Sim, OBRIGAÇÃO, nada menos que isso.

Não falo de genero musical a ser seguido e muito menos que só se fala de Cristo de forma verdadeira se a mpusica for do tipo A, B ou C. Nada disso. Mas seja um Rock, um Rap, algo mais tradicional, instrumental ou o que quer que seja, o trabalho de um músico que trabalha a música dita Cristã deve refletir o motivo maior de sua mensagem, ou seja o próprio Cristo. Então tanto faz o que se canta ou se toca, desde que o alvo seja mostrar a figura e o carater de Jesus de forma fiel.

As grandes gravadoras entraram no mercado evangélico por ser o único em que os números ainda apontam no minimo para uma estabilização em número de CDS vendidos, pois o secular só cai e os artistas estão entendendo que podem ter com isso total controle sobre o que produzem desde que consigam canais eficientes ( que estão obviamente na internet sobretudo) de distribuição. Muitos destes artistas na verdade já partiram para o que eu considero ser o futuro da música ao distribuir gratuitamente seu conteúdo e cobrar pelas performances ao vivo em shows.

Isso traz duas questões importantes: Ao vivo é muito mais difícil enganar as pessoas, ou seja, artistas mediocres tendem a sumir do cenário seja ele secular e muito mais ainda no cenário Cristão que conta com um público mais exigente. Segunda questão, esta mais espeicifica para o contexto dos evangélicos: é necessário encontrar um equilibrio saudável e aceitável entre o que se  quer cobrar e o que se é justo cobrar por um show Cristão.

Muitos crentes tem urticárias só de ouvir em uma mesma frase a palavra "show" e a palavra "Cristão", mas não, não são elas palavras rivais, muito pelo contrário, uma apresentação de artista do meio evangélico deve ser toda ela um show que exalte a Cristo. Só um tolo não vê a clara lógica por trás deste raciocínio.

Acontece que os artistas cristãos estão cada vez mais correndo atras das "grandonas" Sony, Som Livre, IMI,  entre outras buscando contratos que garantam distribuição nacional de seu trabalho e muitas vezes um orçamento que garanta um bom produtor e obviamente uma boa produção. Claro que se o artista é talentoso, carismático ou ambos as gravadoras oferecerão contratos, mas ai entra o título do post, pois estes contratos vem antes de mais nada com a maldita obrigação de vender!

Elas estão erradas? Sim e não. Não porque são gravadoras, dependem da venda de seus produtos para fazerem mais produtos, pagar salários e gerar valor para seus acionistas, isso é inquestionável, mas o artista Cristão não pode se guiar por esta obrigação. Porque a música Cristã. querendo estes mesmo artistas ou não e suas gravadoras respectivas tem sim um cenário abarrotado de questões muito particulares que fazem com que a música que eles escolheram executar seja muito mais que um produto, seja benção ( ou maldição) as vezes, na vida de quem as escuta.

Seria muto melhor que tais artistas se vinculassem a gravadoras conduzidas por pessoas que partilhassem sua fé, e entendessem as questões particulares que cercam este tipo de negócio ( sim, é um negócio. apenas que é um negócio que deve ter Cristo como sócio, só isso), que não coloque pressão comercial e entenda que muitas vezes um artista precisa  de dois, três álbuns para amadurecer seu potencial, para ser o grande músico que dele se espera e sem este respaldo talevz ele naufrague no primeiro trabalho.

Por outro lado é visivel a olho nú que as grandes estão sufocando as gravadoras com DNA 100%  cristão e absorvendo seus melhores artistas e por este motivo, advogo a idéia que músicos que escolheram o caminho de propagar a mensagem do evangelho devem ser indenpendentes, buscando apoio na Internet entre outros possíveis para distribuir seu material e treinar e capacitar empresários também cristãos que saibam negociar cachês e contratos para apresentações que garantam uma boa parte de sua renda mensal.

A maldita obrigação de vender, não pode se aplicar de  forma alguma aos artistas que se denominam cristãos sob pensa de matar a originilidade, verdade e sobretudo o ministério ao qual eles se propuseram a levar. Se não se propuseram a ministério algum, ai me desculpem, estão todos loucos.

É isso

Ouvindo: VPC, um dos grupos que jamais se desviou do seu ministério original e por este motivo tem meu total respeito.

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Sim, sou gordo, e dai? ou de como é idiota alguém se auto denominar "Modelo Plus Size"


Então, com 1.77 e 118kg, obviamente sou uma pessoa gorda. o nome é esse, gordo, sou gordo e pronto. mas não sou indolente, não sofro de depressão, não tenho problemas com minha auto estima (alias, até tenho, gosto demais de mim, demais mesmo), não tenho vergonha de sair a rua, enfim, não existe nenhum destes esteriotipos comuns aos gordos presentes em minha vida. sou gordo porque gosto de comer, tenho diabetes, após os 40 é notória a alteração do meu metabolismo e porque realmente adoro comer! ser gordo é tão natural para mim quanto ter um pênis dado ao meu genero (masculino). não me envergonho e não vou enlouquecer buscando ser magro.

Os problemas que enfrento sendo gordo são criados muito mais pela sociedade que me quer magro, do que pela minha condição de gordo, e não me venha com este papo de gordinho, como se isso me deixasse mais magro. Sou Gordo, não gordinho. Vou comprar camisas sociais e tenho problemas. Mas o problema é eu ser gordo ou a miopia das confecções que insistem em querer enquadrar as pessoas em modelos surreais de tamanhos? Quem perde de vender? A loja não é mesmo? Eu saio rindo e entro na próxima loja. Outra coisa que sempre acontece: Coletivos que são feitos apenas para magros. Se eu sento acabo pegando o meu lugar e metade do outro. Vamos combinar, quem é o idiota? Eu por ser gordo ou os designers  de coletivos que fazem bancos para pessoas subnutridas?

Ser gordo  tem algum lado negativo? Claro! Mas ser magro também tem. Eu vejo meus pés ao olhar para baixo, vejo o meu penis  ttals e aquels que são extremamente gordos e não vem nem um nem outro,  ( o outro, as vezes até esquecem que tem), não tem que ser ridicularizados por este motivo, até porque muitas vezes ser gordo é um processo doloroso em que doença e estima baixa se juntam em uma combinação maléfica. Como disse acima, não é o meu caso, mas pode ser e é sem dúvida o de algumas pessoas e isso não é motivo para que estas sejam ridicularizadas.

Uma coisa mega engraçada é ver mulheres (grupo que está ficando cada vez mais gorda na população, bem mais que os homens), se recusando a sequer olhar, a menos que seja com asco para homens gordos. Querem homens sarados, mesmo que elas mesmas levem consigo alguns quilinhos a mais. Claro, cada um gosta do que quer e como quer, mas que conversa é essa? De bebado? De Louco? De bebado louco? Ser gordo não é nada mais que isso: Ter uns quilos a mais.

Dietas, academia,  tudo isso é válido, porque cada um sabe o que é melhor para si, mas quando isso vira uma obsessão, quando deixamos de pensar de forma racional,  quando deixamos de ver as pessoas como elas são para ver o formato que elas tem, ai ferrou! Ai perdemos a noção de que sim, somos todos iguais e criamos preconceitos perigosos, ainda mais perigosos que aqueles étnicos ou raciais, pois esses são reprimidos quando ditos em voz alta pela parte sensata da popilação, enquanto ser preconceituoso com os gordos gera nada mais que piadas.

E o lance das modelos "Plus Size"? Quer idiotice maior que essa? Não podem apenas ser modelos, pessoas bonitas? Por serem bonitas, tem que ser taxadas de "Plus Size"? Até onde vai nossa imbecilidade em aceitar rótulos em cima de rótulos. Aceitar ser chamada(o)  de modelo "Plus Size" equivale  a aceitar que alguém te diga: " Olha, você até que é bonita(o), mas tinha que ser gordinha(o)? Ou seja, ser bonito, e ser gordo, são conceitos rivais.

Ninguém diz " a Gisele Bundchen é uma loira linda!" Diz-se que ela é linda e pronto. Mas se for a tapada da  tal de Fluvia Lacerda, que aceitou para si o rótulo de "maior e mais bem paga  Modelo Plus Size" do mundo, sempre se diz: "A modelo Plus Size, Fluvia Lacerda", ou seja, o rótulo precede a pessoa. Que mundo é esse que vivemos???

Já fui chamado aqui no meu próprio espaço de "gordo feio" Feio é questão de gosto e eu mesmo me acho bem feinho, mas gordo é preconceito. Pra que? Como se o que escrevo, minhas opiniões, advenham todas de minhas camadas a mais de banha, não da minha mente privilegiada (é, privilegiada sim).

Gordos são pessoas tão  iguais como os magros e em um mundo, louco mundo em que é melhor ter do que ser e se for pra ser, tem que ser magro e belo, vivem muitas vezes uma rotina de preconceitos desnecessários. É  triste, mas é assim que é. Eu dou risada, mas nem todos dão, pense nisso antes de ridicularizar alguém porque esta pessoa pesa mais do (que você acha) que deveria.

É isso.

Ouvindo: J. Cash

sábado, 15 de fevereiro de 2014

uma pizza na Speranza


Ela tinha um sobrenome Judeu que acrescentava ainda mais charme a sua já charmosa figura. A primeira vez que fui ve-la, ela estava malhando na Runner da Av. Angélica, em Higienópolis, reduto do seu povo em São Paulo e confesso, fiquei entre o apaixonado e o bestificado. Saca a Vandinha Adams? Igual! Só que linda, espirituosa e com um exemplar de  "Silence of The Lambs" em Inglês mesmo, o que lhe conferia além de tudo uma aura intelectual, (ao menos aos eus olhos de garoto de 19 anos) embaixo do braço.

Um corte rápido para o passado, dois dias antes tinhamos nos conhecido no metro, também por causa de um livro, ela indo para Unicamp, em Campinas (não de metro, obviamente), onde cursava Dança. É, Dança. e em seus tenros 17 anos parecia carregar toda  a carga de inteligência concentrada que alguém poderia ter. Ela usava sapatos de boneca, um vestido florido e suas pernas eram descuidadamente um pouco peludinhas, o que se para alguns denotava desleixo, para mim, mostrada pouco apego a frivolidades.

Conversamos e ali mesmo decidimos que eu iria com ela para Campinas e o único lugar em que não fomos foi a Unicamp. Passamos dois dias e uma noite absolutamente enclausurados em uma casa tão bela quanto surreal, conversando sobre tudo e todos e quando eu disse que politicamente eu era de centro, quase coloquei tudo a perder, mas nos acertamos. Falamos de filmes, falamos sobre filosofia, da minha admiração pelo avô dela, um dos maiores intelectuais brasileiros, falamos sobre a vida e também calamos. E nos silêncios nos conehcemos ainda mais, pois estavamos confortáveis com ele e pessoas em silêncio e confortáveis entre si é algo muito raro.  E entre conversas abraços, risos e outras coisas desxobrimos que era hora de voltar e voltamos, mas eu precisava ve-la novamente.

E a imprudência dos jovens e só isso explica, a tinha feito me dar o seu endereço, onde fui, entre o temeroso e ansioso e soube por intermédio de sua mãe ( meu aquilo nçao era uma família, era um parque de diversões para pessoas muito, muito inteligentes saborearem a vida), que ela estava na tal Runner. E nosso encontro foi belo novamente e houveram muitos outros todos dignos de nota, mas o que me lembrei fala de uma noite quente de verão em que decidimos por uma pizza.

Nos encontramos ali na região da Paulista e como só a juventude explica decidimos ir apé até a Speraza  que fica na 13  de Maio,  descendo pela Brigadeiro Luís Antonio  até nela chegar, mas na verdade a ida é o que menos importa e curiosamente a pizza, embora seja a melhor do Brasil com toda certeza também não é tão importante em si, comemos, tomamos um bom vinho,  mas a volta... Há!, a volta...

Aqueles quarterões de volta, até a Paulista e depois até a Angélica foram mágicos... A noite era agradável, estrelada, mas não quente. E curiosiamente não era fria. Era uma daquelas noites em que a vida nos brinda com um clima ameno e uma pessoa fantástica. Eu estava educado e comi apenas dois pedaçoes de pizza e ela também apenas dois ou teriam sido as entradas que devoramos também, mas o fato é que me lembro que cruzamos com um morador de rua e naquela noite, ela não andava, ao meu lado ela dançava. Acredite ou não, ela dançava, e chegou mesmo a dar uns rodopios pelas calçadas iluminadas da Paulista e assim entregou ao morador de rua a Pizza que haviamos decidido levar para casa. Tenho certeza que nunca, em momento algum da vida de qualquer morador de rua. alguém lhe entregou algo com tanta graça, tanta doçura e com um sorriso tão lindo nos lábios.

Nós nos davamos as mãos e ao mesmo tempo era necessário solta-las para que ela executasse seu movimento e a conversa era tão agradável, e versava sobre tantos e variados assuntos e nós riamos e celebravamos a nossa juventude e a possiblidade de andar por ai sem medo, sem pressa e sema amanhã.

Não sei por que me lembrei desta noite em especifíco, mas me lembrei e talvez, algum dia no futuro conte sobre o dia que fomos ver em algum daqueles cinemas "cults" da Rua Augusta "A Liberdade é Azul" com a fantástica Juliette Binoche,  e na volta convencemos o taxista  que nos conduzia até uma casa no Pacaembu a se embriagar e dizer que amava sua mulher.

Foram dois meses loucos, dois meses felizes. Recheados de histórias que jamais esquecerei.

É isso

Ouvindo: La Mamma  Morta

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Oi, Deus


Então, eu estou aqui no plantão ( não que você não saiba minha localização, mas enfim) estou aqui pensando na vida besta que eu levo sabe? Eu preciso abrir meu coração para você ok? Note que eu falo como se você de fato existisse, porque é o que eu creio. Creio porque me ensinaram desde de criança que você existe e sendo absolutamente sincero, se você não existir será uma tremenda decepção na minha vida.

Ok, assumindo que você existe, sabe dos meus anseios, sabe das minhas lutas e tals, porque as coisas chegaram a este ponto? Por que pra algumas pessoas você manda sinais, faz aparições mágicas, é bacana e o escambau (desculpe, mas estou sendo sincero e ser sincero pressupõe falar como eu penso) e comigo é esta dificuldade tremenda de aceitar até mesmo sua existência? Por que te amar tem que ser um ato de abnegada fé, sem um sinalzinho que dissesse "oi, to aqui, vamos conversar!"

Assim, o mundo me atrai. Você sabe disso. Você me criou, sabe segundo sua palavra o número de fios de meu cabelo, sabe que estão caindo ( isso me incomoda demais viu?), sabe exatamente onde eu falho, mas eu tenho certeza que você também sabe quem eu gostaria de ser. Não da pra me ajudar?

Tá, eu faço as coisas do meu jeito, sou impulsivo, sou absolutamente emocional, racionalidade passa longe ( ou resolve aparecer nos momentos mais inusitados), mas você sabe que eu gostaria de ser.  Por que pra tanta gente você se mostra todo pimpão e eu não tenho nada? Talvez eu esteja sendo injusto?  Provavelmente, mas até isso você conehce em mim, falo mais rápido, ou no caso escrevo mais rápido do que a mente pode processar.

É muito difícil me dar uma força? é complicado demais me fazer compreender algumas coisas? Ok, talvez ambos saibamos que eu as compreendo bem demais até, mas me escondo de assumir responsabilidades que não quero, mas não seria o caso de você entrar em ação e me ajudar a toma-las? O meu histórico não conta? Você acha realmente que sou como sou por livre desejo apenas? Preciso lembrar a você que todos os traumas e a busos sofridos na infância certamente contribuirão e muito para o adulto meio desequilibrado (mas totalmente brilhante) que sou hoje? Será que não fica claro que esta senssibilidade exarcebada, esse questionamento  de "por que será que ninguém gosta de mim?" quando de fato até que algumas pessoas gostam, que me bloqueia a vida a 41 anos, não poderia ser mitigado por alguma simples ordenança sua?

É uma carta rebelde esta? É! Deveria ser assim aberta? Não sei.  Meio narcisistasinha? Totalmente! Você me conhece, se é que existe mesmo e sabe que não tenho problemas em admitir que eu sou e o que eu faço. Sabe o que é mais confuso? As mesmas pessoas que me traumatizaram e permitiram os abusos da minha inocência infantil foram as que incutiram em mim a certeza que até então eu tinha de sua existência. Não é meio irônico? No minimo engraçado não?

Eu tenho ouvido muito Mutantes ultimamente sabe? Sempre ouvi, mas ultimamente intensifiquei. Me parece inteligente, sofisticado e com mais respostas do que as que você me oferece. Faz um tempo que não vou a sua casa sabe por que? Tem mais hipócritas lá que em um show de rock. Uma galera que não quer amar ninguém, só ficar de papinho furado lustrando osegos uns dos outros com palavrinhas bobiinhas e 0% de questionamento. Por que não dar um chacoalhão nesta galera? Por que no tempo certo tudo vai ser eclarecido? A gente vive disso? Dessa esperança futura de que tudo vai melhorar? De que no tempo certo você vai resolver todas estas questões e seremos todos felizes no céu? DESCULPA A SINCERIDADE, EU QUERIA SER FELIZ AQUI UM POUQUINHO TAMBÉM!

Eu queria de verdade ter a paz de quem sabe esperar pelo seu reino eterno, mas eu sou meio como os Judeus do tempo em que seu filho supostamente andou pela Terra. Eles queriam   resolver tudo na espada e tudo pra ontem. Queriam um reino pra ser instalado ali, na hora, ontem. Eu não quero isso, o conceito de eternidade me é mais agradável, mas eu queria respostas sabe? Eu queria saber porque você deixou meu pai me chutar antes mesmo de eu nascer, por que permitiu que eu fosse sofresse tantas coisas que crianças jamais deveriam sofrer, por que, por que, por que!!! Eu não tenho respostas. Você pede pra eu ter fé e só isso. Sem um sinal de boa vontade de sua parte.

Encerrei o paragráfo acima com nova injustiça? Provalvelmente. Se eu acreditar no conceito de "guerra espiritual" certamente você ja me livrou de várias que eu jamais vou saber. Mas eu não quero ser sectário como algum de seus filhos, supostamente meus irmãos. Eu quero amar as pessoas. Se gays, dissolutos, pouco me importa. Se fizeram abortos, se roubaram, mataram, eu quero amar as pessoas. Mesmo que elas nõa me amem. E algum de seus filhos com seu discurso de "gente separada" com seu discurso de ódio aos que não te tem como Deus, que falam tanto dos muçulmanos mas são tão ou mais radicais que eles me atrapalham de ve-lo como o senhor do amor saca?

Sabe o que eu acabei de ver agora, pelas paredes de vidro do estande que trabalho? Um cara com um mega carrão passeando nesta tarde de Sol com seus filhos com metade do corpo pra fora pois estão com o teto solar aberto e estão de pé no carro... Eles estão aproveitando de uma coisa chamada dinheiro. Um lance que você sabe bem do que se trata e que só alguns tem. Você conehce meu coração (outra vez, assumindo sua existência), e sabe que ele é 100% livre de inveja. Isso não me pertence. Simples assim. Mas eu não pdoeria ter um pouco pra minha vida ser menos perturbada? ´Pra ajudar as pessoas? Você sabe que eu ajudaria, que não pe proselitismo barato. Sabe do meu desapego com o vil metal. Mas neste mundo, louco mundo, parece que só os que são extremamente apegados a ele  é que os tem.

Em suma, Deus, ta dificil pra mim sabe? Em todas as areas, em todos os níveis. Se você existe, me ajuda? Mesmo que de leve? Dá uma força ai?

Valeu por me ouvir. E sim, eu sei que você existe. Exatamente por este motivo que eu queria acreditar em você de uma forma que me fizesse ter paz.

É isso

Ouvindo: Alessandra Samadello