segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Times da NLF X times do Brasil


A comparação dá dó. De verdade. Enquanto o Dallas Cowboys vale simplesmente 4 bilhões de dinheiros americanos, o time mais bem avaliado no Brasil, o Corinthians Paulista, vale 322 milhões de dinheiros americanoss e isso devido a alta recente da moeda gringa. Chega a ser covardia. Mas é a mais pura realidade.

Na lista dos 10 mais da NFL,  o time que vale menos, ocupando a décima posição é o Green Bay Packards que tem seu valor mensurado em 1.95bilhões de dinheiros gringos. Agora vejam, que o décimo colocado ( a liga tem 32 times mas a Forbes, minha fonte para estes números, só pública os 10 mais ricos), vale mais do que os três primeiros Brasileiros, que são o ja mencionado Corinthians, seguido pelo Flamengo (262milhões de gringas notas ) e São Paulo que vale  235 milhões de dinheiros de lá. Somados, o trio de ferro em termos de valor de mercado no Brasil não chega ao bilhão de dólares. Como pode?

Bom, existem motivos óbvios. Não precisa ser gringo, basta assistir as transmissões dos jogos da NFL para o Brasil e perceber que os estádios estão sempre lotados. Sempre! Os torcedores são rtatados como clientes que tem a disposição um serviço a altura do dinheiro que gastam. Banheiros limpos, lanchonetes organizadas, estacionamento onde não são achacados por marginais ao parar o carro, comodidade de comprar o pacote para toda a temporada, jogos de alto nível onde os arbítros não são protagonistas pois podem ser desautorizados por equipamentos eletrônicos que garantem a justiça dos placares, e protagonistas (jogadores) muito bem remunerados.

Não vou a estádio de futebol a anos no Brasil.  é sempre a mesma corja presente tumultuando o que deveria ser diversão familiar e saudável. Mudaram o nome dos estádios para arenas, mas estas arenas, continuam a receber gladiadores desmiolados em suas arquibancadas que estão mais preocupados em brigar entre si do que apoiar os eu time de coração.

A organização do campeonato  Brasileikro é de impressionar. Mas infelizmente impressiona apenas por ser um lixo. Juízes despreparados, jogos com horários que penalizam o torcedor em detrimento a TV, "arenas" que ainda guardam diversas semelhanças com possilgas, sendo apenas um pouco mais chiques, jogadores com salários atrasados que não rendem o que poderiam e deveriam, times com programas de socio torcedores patéticos, enfim, uma bagunça generalizada.

Enquanto na NFL  os times tem donos e  estes contratam dirigentes profissionais que buscam tratar o time como uma empresa com metas de lucros nas mais diversas áreas, por aqui a figura do dirigente que faz tudo por "amor" é ainda o modelo que se segue. Modelo tosco que estrangula ganhos e faz os times serem deficitários e viverem pendurados na TV, sua grande mantenedora que não trata o produto que tem nas mãos com a inteligência que deveria. Ao invés de um modelo que divida de forma equiname os lucros entre os times,  o que temos são times de primeira, segunda e terceira classe  ao menos na visão da TV que paga os times desta forma com cotas diferenciadas entre si.

Fica claro que nosso Fut é tratado como lixo e não será tão cedo tratado como se deve. Dirigentes de times e principalmente os da Casa Bandida do Futebol se locupletam de forma espúria de um produto ao qual deveriam zelar e fazer girar a roda da fortuna para um sem número de pessoas. Preferem antes, que a fortuna se acumule nas mãos sujas pela corrupção de poucos que desfrutam das benesses que dele advém.

É por este motivo que desde a última Quinta Feira, quando meu time,  o New England Patriots, fez o jogo de abertura da temporada  2015/16 contra o Pitsburgh Steelers e já saiu ganhando (é óbvio) que durante os meses que durarem a Regular Seassion e logo depois os Playoffs culminando então com o jogo final, eu serei o mais apaixonado torcedor de Futebol Americano que o Brasil já viu!

É uma pena, que o meu futebol e o meu Santos, time que aprendi a amar ainda garoto ficaram de lado por conta das bandalheiras que enojam a qualquer pessoa minimamente de bem. Deixo o futebol, então neste período, para os barbáros.

É isso.

Ouvindo: Bruce E.

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Meu mundo não é aqui


Existem momentos, existem dias, sei lá, em que desesperança bate forte. O mundo me parece cada vez mais ter chegado a um pojto onde é irreversível a falta de amor. Esqueçam o pobre Aylan e seu simbolismo sobre refugiados que tem que deixar sua pátria. olhem para a sua vizinhança. Olhem para a rua onde trabalham, olhem para o escritório onde executam suas tarefas diárias. O mundo tem alguma solução?

Mães permitem que homens matem seus filhos e ainda o acobertam, desocupados espancam moradores de rua apenas por diversão, bandidos matam apenas por matar, o homem agrediu a natureza a um tal ponto em que não existe mais retorno possível.

Aceitamos a pornográfia como algo absolutamente natural e cada vez mais escancarado, comportamentos que deveriam ser absolutamente privados se tornam públicos com uma dose de desfaçatez nunca antes vista. Deixamos de ajudar ao semelhante, rotulamos os que necessitam de ajuda como "perdedores", consumimos cada vez mais e em uma medida muito maior do que realmente necessítamos.

Perdemos a capacidade de analisar as pessoas pelo  o que elas são e só conseguimos analisar o seu exterior e por mais maculado que seja o nosso próprio ser, buscamos a perfeição de comportamento e caráter no  outro. Julgamos o tempo todo o que as pessoas fazem e nos sentimos genuinamente ofendidos quando somos nós a sermos julgados.

Gestos  triviais como devolver dinheiro a quem o perdeu elevam pessoas que ainda o praticam ao status de "heróis". Gestos de bondade desinteressados são tão raros que quando os vemos os olhamos com cinismo e buscamos o motivo oculto por trás deles. Não admitimos mais que alguém possa fazer o bem apenas porque o quis fazer e que esta pessoa seguirá seu caminho sem requerer recompensa alguma.

Deus virou uma abstração completa e absoluta. E embora ainda tenha uns poucos fiéis seguidores, nunca foi tão questionado  o seu papel na sociedade. Crer em Deus  de forma genuína hoje em dia é quase que atestar um rebaixamento intelectual, pois logo o sujeito que  Nele crê será visto como um ser manipulável e de entendimento do mundo questionável. 

São inúmeros pontos que me levam a ter desesperança no mundo em que vivemos e este post na verdade é sobre o único motivo que me leva a ter esperança: Eu sei que meu mundo não é aqui.

Isso mesmo. Eu sei que meu mundo não é aqui. Eu creio em Deus e em seu filho Jesus Cristo e isso me dá o direito, apenas por crer que ele me ama e morreu pela remissão dos meus pecados e aceitar tal morte como remissora de meus erros, (apenas por este motivo mesmo, por mais simples que possa parecer),  a esperar  uma vida nova em um novo mundo e sei que isso em breve acontecerá.

Deus me ama ao ponto de dar a vida de seu filho pela minha, me comprou, me lavou dos meus pecados com seu sangue, me da a oportunidade de viver com Ele eternamente no céu. Viver uma vida de alegrias, de felicidade plena na verdade, de poder nunca mais sentir tristeza, dor, medo, fome ou qualquer outro sentimento negativo e isto é a mais maravilhosa das esperanças.

Quem acompanha este blog, sabe que muito, mas muito raramente eu falo sore minhas convicções religiosas, até porque eu as ponho em dúvida de vez em quando, mas hoje senti uma necessidade repentina de falar e declarar sem medo a quem quiser ler que sim, Deus é parte integrante e vital de minha vida e sem o seu amor e cuidado eu seria uma pessoa ainda pior do que eu sou. Eu creio isso e não sinto vergonha de declarar ou de ser visto como um rebaixado intelectual. Deus é meu centro, é o amor da minha vida! Amém por isso.

É isso

Ouvindo: Alessandra Samadello

quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Verdades Secretas. Grazi Massafera tem muito, mas muito ainda o que provar.


Como todo texto de Walcyr Carrasco, "Verdades Secretas" é uma lástima. Há no entanto que se admirar a coerência de Carrasco como escritor de folhetins. Assim como Glória Perez, ele se recusa a escrever uma só novela que preste. "O Cravo e a Rosa" não conta por ser uma adaptação de uma obra de Shakespeare e quem, amigos, se perderia adaptando o Bardo? Embora ele tenha se esforçado, não conseguiu.

Carrasco, na falta de argumentos que sustentem minimamente uma história, apela para a baboseira pura e simples. Sua "Verdades Secretas" apela muitas vezes para a baixaria pura e simples e quando não o faz, ele usa de sua técnica favorita que é a de criar falsas polêmicas. "Book Rosa"? Jura que isso é polêmica? Qualquer imbecil com um número minimo de neurônios sabe que isso existe desde a época da Távola Redonda. Bonitinhas mas ordinárias? Sinceramente Nelson Rodrigues escrevia com maestria sobre o assunto, deixando popular sem ser popularesco.Walcyr é basicamente uma vergonha como escritor e sabe disso,  direção da Rede Esgoto também sabe, mas a vida segue.

Depois de espicaçar mais uma vez a Carrasco, falemos de Grazi. Grazi talvez, um dia possa ser chamada de atriz. Antes disso, tem um longo caminho a percorrer. Precisa ser pelo menos, crível e, nmas cenas em que assisti de sua personagem, oscila demais. Hora prace estar pronta, hora comete erros grotescos de atuação. Normal, ela esta iniciando e convenhamos, uma pessoa que conviveu confinada com Jean Wyllys por tanto tempo, certamente teve algum dano cerebral perto do irreversível e a recuperação leva tempo. Tenhamos pois, paciência com a moça.

Diga-se de passagem, a moça é discreta. Não fica gritando que é boa atriz nem fica chamando holofotes para si. Claro que aproveita-se do fato de naturalmente eles se virarem para ela, mas quem não? Fato é que seu destaque em Verdades... é parcialmente merecido por conta de sua atuação parcialmente boa. Mas o que irrita na verdade são as redes (anti) sociais. O endeusamento de Grazi, e a elevação de sua persona a um patamar que ainda não lhe é merecido chega a ser patética mas pior do que isso é a profusão de opiniões tresloucadas sobre a atuação da moça.

"Diva",  "perfeita", e pasmem, "nova Fernanda Montenegro", são alguns  dos adjetivos sem noção que li  e o Globo.com em sua sanha para promover a artista do casting da emissora proprietária do portal publica quase que diariamente como parte do esforço de tornar uma atriz ainda de limitos recursos em nova diva da dramaturgia nacional.

A boa de hoje foi a noticia que as redes "ferveram" por conta da cena em que Grazi vende seu corpo por droga na Cracolândia. Algumas coisas são realmente complicadas de se entender, ao menos para mim que talvez seja um pouco burro, mas numa boa, a cena não tem nada que a faça se diferenciar de milhares de cenas de mulheres em situações degradantes interpretadas por um sem número de atrizes ao longo dos anos. O que acontece é que o público de Verdades... é tão limitado quanto o seu escritor e vibra ao vê-lo colocar um bibelo como Grazi em tal cena.

Grazi não brilhou por sua atuação, brilhou, e brilhou apenas na visão de seus admiradores, por passar um minimo de credibilidade a uma cena que não alcançou a densidade que pretendia ter e nem vai mudar os rumos da teledramaturgia seja no Brasil, seja no Universo. A cena foi apenas mais uma dentre dantas, só isso.

Grazi Massafera tem um longo caminho a trilhar e muito a provar ainda se quiser firmar-se como uma atriz minimamente digna de ostentar o título de sua profissão. No fundo , ela mesma deve saber disso muito bem. Engraçado mesmo é ver como seu público surta com situações banais. Imagina se ela pega um texto que preste e o interprete de forma adequada? Isso ainda não aconteceu, então...

É isso

Ouvindo:Crioulo

segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Voce Acredita?


E então fui assistir o filme "Você Acredita". Esquemático ao extremo no início, beirando a chatice das pregações mais sonolentas e ainda contando com atuações das mais preguiçosas que já vi. Sean Austin jamais deveria feito qualquer coisa além de "Goonies" pelo simples motivo de não ter o menor talento para interpretar o papel que seja. Aqui é um médico que de tão esquemático chega a ser caricato e sua atuação (?) só piora as coisas. Mira Sorvino é atriz de um filme só (Poderosa Afrodite) depois só fez caca. Ela e Sean encontram aqui Lee Majors que deve ter feito algum tratamento estetético que certamente destruiu além de seu rosto, sua capacidade de atuar. Cibyll Sheppard, falar o que?

Mas o legal é que o filme resiste a tudo isso. O filme é necessário e seu argumento é bom. é fiel ao retratar o mover de Deus na vida dos seres humanos e como ele deixa tudo em aberto, cabendo a cada um de nós tomar a decisão que melhor nos aprouver. O filme trata de verdades e suas consequências, trata de fé, a materia prima do cristianismo e trata sobre tudo da fé aplicada ao amor, que é exatamente o que nos faz sair da letargia e partir para a ação. Sem amor, do que vale a fé afinal?

E ai, nos vinte minutos finais do filme, após mais de 1:40h de projeção, você percebe que sim, ser cristão é estar dentro de um esquema e que nossas ações como cristãos seguem um script ou deveriam seguir, que é fazer o bem, amar ao próximo, viver de forma correta e honesta,  não se envergonhar de proceder desta forma, entender que cada um de nós carrega uma bagagem adquirida em nosso passado e muitas vezes ela vai influenciar nossas ações no presente e no fim de tudo isso é muito melhor ter Deus no controle do que tentar resolver por si só.

O filme fala sobre dependência de Deus e talvez a péssima atuação dos atores seja um ponto positivo. Porque bons atores talvez dessem o seu "toque pessoal" aos personagens, adicionando ou subtraindo características que os personagens não precisam ver ressaltadas/escondidas.

Como cinema, "Você acredita" é pouco, quase nada. Como mensagem para um mundo cada vez mais secularizado no entanto é um poderoso instrumento propagador de uma mensagem que não obstante estar se tornando antiquada mesmo entre os cristão, nunca foi tão necessária como nos dias de hoje. A lembrança da cruz de Cristo se faz necessária em todos os momentos de nossa vida, mas não apenas como curiosidade ou memória de uma bela história, mas como necessidade vital para uma vida que exalte o nome de Cristo e seu plano de salvação. Neste sentido, "Você Acredita" cumpre de forma categórica o seu papel.

É isso

Ouvindo: Heritage Singers

sábado, 5 de setembro de 2015

Dorme, menino morto, dorme. (uma carta que Aylan nunca lerá)


Não, Aylan, não vou publicar sua foto. Por respeito a ti, ao seu pai (eu sou pai, Aylan, sei o que o seu está passando), a seu outro irmão e sua mãe. De sua família, restou apenas o seu pai, seu irmão se foi, no mar. Sua mãe, também. Cabe agora a seu pai  prantear todos vocês. Restou sua foto, emblema de um mundo que se perdeu, restou um blogueiro que ninguém lê, aqui no Brasil (eu), a chorar quase um mar, como o que te afogou, por sua morte. Restou a insanidade, restou o horror, o horror.

Aylan, você dormiu. Na sua inocência você dormiu. Seus pulmões, cheios d'água, sucumbiram. Não houve crownfounding  possível de veganos bobos e pseudos defensores de animais para te livrar da morte. Essas pessoas, não te queriam nem no Canadá, onde seria o teu destino, nem na Europa, nem no Brasil, porque você Aylan, era um pequeno ser humano vindo da Síria, um país que todos  fingem  não existir para não ter que arregaçar as mangas e fazer algo em prol dos que lá sofrem. Salvemos os porcos, deixemos os seres humanos viverem pior que eles. Este, Aylan, é o pensamento vigente no mundo que você mal conheceu. Sabe de uma coisa, Aylan?  Você esta dormindo e dormindo como está, está melhor do que os que aqui estão, entorpecidos por uma falsa sensação de que fechando as portas para você tornariam seu pequeno mundo mais seguro.

Meu pequeno Aylan, o mundo não merece que inocentes como você o habitem. Não estamos preparados para isso, estamos alienados, completamente alienados de qualquer padrão minimo de moralidade que  impeça que corpos de garotinhos como você apareçam inertes em praias que deveriam servir como um lugar de recreação, esportes ou simplesmente um lugar para se meditar. Não, Aylan, no dia em que teu corpo ali apareceu, toda e qualquer beleza que pudesse haver naquele litoral se foi, se evaporou no ar como se evapora a água a altas temperaturas.

Crianças como você Aylan, só deveriam brincar e estudar. Nada além disso. Deveriam também receber amor sem limites para descobrirem quando adultos, que não existem limites para amar. Mas você, Aylan, um pequeno Sírio oprimido por gente como o ditador do seu país, Bashar Al Assad, um pseudo durão que não sobreviveria a uma noite sem escolta na favela do Canão no Brooklyn Paulistano, mas que escondido em um palácio cercado de puxas sacos e um exercito de desvalidos, acaba com a vida de seu próprio povo sem piedade alguma.

Seu corpo, jaz agora em algum cemitério na mesma Síria que te expulsou, Aylan. Teu pai, voltou para lá e o sepultou, junto com seu irmão e mãe. Você agora pode dormir Aylan. Não haverá mais bicho papão, nem Estado Islâmico batendo em tua porta. Al Assad agora não pode mais te fazer mal e as águas frias do mar não te tocarão mais o corpo inocente e nem por ele entrarão.

Você não vai mais jogar bola, não vai estudar, se formar. Não terá uma família como seu pai teve. Não vai descobrir como é emocionante o primeiro beijo que damos em alguém. Não vai correr contra o vento em um dia de chuva. Vai apenas dormir, Aylan. Vai dormir sem ser mais incomodado por quem quer que seja. Não verá pessoas chorando por porcos quando deveriam chorar por pequenos inocentes como você. Não vai  pesar sobre você o medo, o frio, a fome e a sede. Tudo isso não te pertence mais, Aylan, porque agora você dorme, enquanto os teus algozes, celebram. E que eles celebrem enquanto podem celebrar, porque a justiça será feita, pequeno Aylan, de uma forma ou de outra, a justiça truinfará. Ao contrário do que possa parecer, ela sempre triunfa.

Então, dorme em paz, Aylan.

É isso.

Ouvindo: Maria Callas


sexta-feira, 4 de setembro de 2015

De tudo o que eu preciso, o que eu mais preciso, é não precisar de nada.


Correr atrás de prêmios, de reconhecimento, correr atrás das luzes, ser um coordenador, acumular dinheiro? No que estou me tornando? Não, eu não sou assim. Dinheiro é bom desde que seja para ajudar a outros. Ando bem de ônibus, pra que essa loucura de carro novo, de carro 0, de mostrar que consegui acumular, que consegui  ganhar, que vendi mais que os outros?

Estou vivendo por coisas que não fazem viver, que não constroem vida em mim.  Ser competitivo é minha natureza, isso é fato, mas tenho que me conformar com isso?  Competir com quem? Pra que? Pra ganhar? Tá, eu ganhei. E dai? O que fiz com meu prêmio? Ficou sem graça né? Bati meta, que venha outra.

Pode parecer loucura, mas não curto dinheiro não. Curto o que ele pode me proporcionar para ajudar minha família e amigos. Dinheiro pra mim é chato, me faz perder a alma, me faz perder a integridade, me faz perder o senso, o controle. Dinheiro, premios, do que valem se minha alma se perder? Sou uma pessoa que crê na palavra de Deus e ela conta que Jesus, este ser que tudo tinha e tudo tem e tudo sempre terá, largou tudo lá onde morava e ainda mora para vir dar a sua vida por um trouxa como eu. Insano? Não, ato de amor. E eu? Qual a medida do meu amor? De que me serve ganhar uma bolada e guarda-la? E ver pessoas necessitando de tão pouco e virar o rosto, fazer que não é comigo. Como eu consigo?

Tenho essa coisa de não me sentir merecedor, desisto de entender por que, mas se eu não mereço muita coisa, e ainda sim recebo algumas coisas, não deveria eu dividir ao invés de acumular? Cara!, morrer sem ter ajudado, morrer sem ter amado, morrer sem ter sido útil... Pra que eu vivi então? Sei que parece conversa de bebado, mas não, eu não bebo, quem me conhece sabe.

A euforia de vender um apartamento dura o exato momento em que transcorre uma assinatura. Depois, de verdade, vem um certo questionamento interno. Coisa de louco, eu sei, mas não sou mesmo normal. Eu preciso olhar para dentro, eu preciso achar a minha essência, ela se perdeu em algum momento da caminhada.

Hoje, conforme eu ouvia sobre os ganhos extraordinários que o produto do qual sou coordenador oferece, me angustiei. De verdade, me veio um nó na garganta, e eu tinha que sorrir, eu tinha que motivar os corretores, tirar dúvidas, me colocar a disposição, mas meu Deus do céu!!! Onde esta corrida maluca vai dar? Claro que eu quero dar o melhor para a minha família, mas a que preço eu novamente pergunto?

Se eu perder a alma, perderei a capacidade de estar vivo e dai não saberei discernir o que vale a vida, o que faz ela valer a pena e ai quem serei eu? Alguém que ganhou muita grana e nem sabe o que fazer com ela e por não saber, gasta-la de forma irresponsável?

Eu quero não precisar de nada. Quero renunciar a uma vida consumista e desenfreada. Me chame de louco, hipócrita, proselitista, do que quiser, mas eu mais do que querer algo, preciso renunciar a muitos algos.  Existe um lixo que circula pelo mundo ao redor que simplesmente contaminou todo meu interior e eu preciso limpa-lo. Eu preciso ter um interior descente para o exterior também o ser. Eu já mexi em lixo procurando comida, e já almoçei nos melhores restaurantes de SP (mesmo me angustiando tanto com os pratos e copos e louças que nem senti o sabor da comida) e descobri que tanto faz de onde vem desde que a fome seja saciada. Não vamos a um "big" restaurante para comer vamos para ter uma "experiência" gastronômica. Não guiamos um carrão para chegar mais rápido, mas para que ele diga um pouco de nós ou do que achamos que ele pode dizer. Eu cansei de brincar disso.

Eu posso ter um carro simples, eu posso me vestir adequadamente sem que as grifes que eu envergo precedam a minha chegada. Não, não sou simplório, longe disso, mas quero sim ser simples. Quero viver os  30 anos que talvez  me restam sem me envergonhar de quem eu sou e do que eu faço. Eu quero  ser feliz e serei feliz se conseguir não precisar de nada. Se eu não precisar de nada, tudo o que eu tiver  será um "plus", tudo o que for ofertado pela vida será graciosamente aceito, sem reclamações ou muxoxos de desaprovação. Eu não quero acumular, eu quero dividir. Dividir bens multiplicar sorriso e multiplicar ainda mais o amor. A vida seria bem melhor assim, a vida pode ser bem melhor assim, a vida será bem melhor assim.

É isso.

Ouvindo: Novo Tom

quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Miley Cyrus


Assim como seu pai, Billy Ray Cyrus, Miley Cyrus é uma artista mediocre. Como cantora, não sabe cantar, como dançarina é uma piada e como atriz, é simplesmente uma farsa. Ela tem completa consciência disso e embora na sua faixa de atuação, praticamente todas as cantoras ou "artistas" sejam exatamente como ela,

Miley, no entanto, parece ser uma das poucas que tem total consciência da própria mediocridade e sabe que jamais venceria pela música que entrega. Ja existem embustes demais concorrendo com ela e a julgar pelo seu comportamento ela não quis correr o risco de submergir sufocada no meio de tantas outras nulidades que fizeram alguma "coisinha" diferente para se destacar.

Acontece que Miley, desde que deixou de ser Hanna Montana, o personagem banal e insosso da série homonima, só faz uma coisa: Enfia o pé na jaca! Claro que ela domina a  arte de faze-lo das mais variadas formas, o que a torna uma espécie de lider do "ranking" das celebridades (odeiooooo esta palavra) que vivem de fazer merda em escala industrial. Ninguém se equipara a ela. É uma espécie de John McEnroe de saias. Na verdade, BigMac passa vergonha perto dela.

No entanto para mim o que importa é exatamente o fato de que é muito, mas muito triste vivem em uma sociedade em que artistas não vencem mais pelo talento e sim pela capacidade em inventar situações grotescas para se auto promover. E grotesco aqui, de forma alguma é uma palavra forte. No caso de Miley, são roupas, frases, comportamentos em público, fotos que deveriam permanecer em privado e ela faz questão de "vazar" (outro termo tosco) para todos os seus seguidores nas redes sociais entre outras paradas, que fazem com que a qualidade de sua música nunca, absolutamente nunca entre em questão.

Miley não é exatamente uma campeã de vendas, mas ja vendeu  por exemplo, muito mais cópias do que seu pai jamais sonhou vender e se esquercermos o mercado de álbuns físicos e formos para o da internet, ela é sim, uma das lideres o que mostra  em grande medida o que a internet se tornou.

Não entro no merito da discussão sobre Miley ser um bom ou um mau exemplo para a juventude americana. Alias, só os americanos para engatar tal discussão. Miley é alguém que tem data de validade, no máximo mais 3, 4 anos e ninguém  lhe dará mais a menor pelota. Haverá outra loirinha novinha ainda mais "transgressora" (e a palavra esta entre aspas porque seu comportamento não é trangressor, é apenas vulgar e chulo) para lhe tomar a coroa com atitudes ainda mais abestalhadas e sem o menor sentido mas que repercutirão de forma avassaladora na mídia fazendo com que hordas de  adolescentes sem o menor amor próprio e bom senso repliquem  tais comportamentos achando que estão de fato na "crista da onda".

Miley é uma vergonha não porque seu comportamento vá de encontro a uma sociedade retrograda e conservadora, nada disso. Se fosse, ela poderia tachada como libertária, como alguém a frente de seu tempo. Acontece que seu comportamento é vazio de significado, são atitudes feitas sob medida para chocar a audiência. Não existe um compromisso com ideologias, pontos de vista inovadores, nada disso, apenas ações desesperadas para mante-la como o "assunto do dia, da semana, do mês" e u a malta de adolescentes bobolinos que a admiram só cresce, pois são tão apáticos e sem direção como ela.

Não consigo assobiar uma música sequer de Miley. São canções feitas por produtores cabeças ocas,  que nãso tem profundidade musical alguma, apenas empilham entulho musical de forma a parecer que são músicas de um trabalho.

Miley, literalmente não vale o que come, mas não como dizia minha avó, tentando atacar a indole de alguém, Miley não vale porque sua irrelevância, quer seja como artista, quer seja como pessoa é gritante demais e impede que se atribua qualquer valor a sua obra.

É isso.

Ouvindo: Musica de Brinquedo, álbum espetacular do sempre espetacular Pato Fu