terça-feira, 26 de abril de 2016

MC Melody, seu pai retardado e o mundo colapsando de vez!


Antes de mais nada, existe "colapsando"? Se não, beleza, se sim, beleza também, estou usando e pronto. A cada dia que surge um vídeo novo desta pobre garota eu vejo o mundo entrando em colapso um pouco mais, ou seja colapsando.

Por que??? Por que esses vídeos pipocam no vocêtubo ou onde quer que seja? Por que esse pai que mais parece a figura do Demônio na vida da própria filha, tenta "construir uma carreira" para sua filha desta forma tão aviltante, expondo uma criança aos mais infames ridículos possíveis e imagináveis sem medir consequências e pior, sem pensar que a pobre garota crescerá e terá um dia consciência de todo o absurdo, todo o horror a que foi exposta quando criança. Será que o dinheiro que estão ganhando com isso compensa a destruição moral e psicológica de uma criança? Tenho absoluta certeza que não!

Belinho, o pai da Melody é antes de nada mais nada um analfabeto musical. Não conhece absolutamente nada de música, não tem ideia do que seja falsete, diafragma, nada enfim das sandices a que submete sua filha. Categoriza falsetes em "níveis de dificuldades" e escolhe logo o  de "Sister Act 2" que qualquer cantor profissional faz em um dia de preguiça de forma absolutamente banal como um dos mais difíceis do mundo em um de seus vídeos. De rolar de rir.

Nem vou falar das fotos absurdas de sua filha com maços de dinheiro ou de seu vídeo mais nojento quando em uma apresentação faz a menina dançar em poses que nem quero reproduzir aqui de tão sem noção e dignas de espancamento do pai que permite tal absurdo. Belinho deve ter passado fome  e só isso justifica embora nem isso justifique sua sanha em ganhar dinheiro em cima do talento que a filha não tem.

Melody é apenas uma criança, nada além disso. Sem nenhum talento especial e nem precisa ter talento algum afinal de contas, é uma menina graciosa, que encantaria a qualquer adulto com seus sorriso e ingenuidades típicos da idade se seu pai não fosse um anormal pronto a sexualiza-la  e acabar com sua inocência antes que ela atinja a pré adolescência.

Por que o mundo colapsa com isso? Simples. Assistimo tudo isso de forma passiva achando se tanto, graça em algo que deveria ser combatido, deveria ser parado. Belinho deveria ter o apoio de um psiquiatra e Melody  deveria poder ser apenas uma criança, nada além disso. Triste ver que nós enquanto sociedade estamos cagando para coisas deste tipo embrenhados em um individualismo que nos faz esquecer quem somos e por quem fomos criados.

É triste  ver o mundo ruir, é degradante ver as coisas tomarem tal forma. Avida vai, a vida vem e nada muda para melhor, as coisas só pioram. Belinho como pai é a metáfora perfeita do que existe depior no ser humano. Triste. Para ele e principalmente para sua filha.

É isso.

Ouvindo: Yo-Yo Ma

sexta-feira, 22 de abril de 2016

Sobre gostar de mim


Não valho a pena. E digo isso sem a menor auto comiseração. É algo real, palpável, principalmente para mim que me conheço a longos 43 anos. Pensar em gostar de mim, de minha cia, de minha pessoa é uma jornada que vira fardo, um caminhar com bolas de ferro presas na canela, um extenuante exercício de perda de tempo. Existem coisas muito melhores para se fazer na vida.

Já achei que quem buscasse ver sob a superfície aparente de mim fosse gostar das camadas internas. Balela que criei para mim mesmo. Quanto mais alguém se aprofunda em mim mais se decepciona e encontra ainda mais do que não gostar. Sou enfadonho, não sou leitura clássica e nem mesmo Pulp Fiction. No máximo sou Cassandra Rios, que ao escrever sobre erotismo achava ser um Nabokov de saias em busca de ela mesma escrever sua "Lolita", sua masterpiece. Só escreveu romances baratos.

E talvez na comparação acima se resuma tudo o que se precisa saber a meu respeito. Minhas referências são fantásticas, espetaculares mesmo, mas minha capacidade de equiparar-me a elas é nula. Sou uma mula que sonha em ser cavalo. Algumas mulas podem fingir que o são e até enganar algumas pessoas, mas não deixam de ser mulas. Minhas aptidões são para o transporte pesado, não para o refinamento de correr um "Grande Premio Brasil". Não sou  Secretariat , o lendário cavalo americano, sou o Pé de Pano pangaré sem brilho do desenho do Pica Pau.

Não existe tristeza nisso tudo. Constatar quem se é de fato, é libertador e ter coragem de dizer em alto e bom som é uma forma de depurar-se e tentar talvez fugir da mediocridade. Se minhas rimas não são como as de Marshall Bruce Mathers III (Eminem), que ao menos cheguem perto das produzidas por Bars and Melody.

E afinal de contas, cada um é como é. Pode até parecer uma frase tosca esta, (e de fato é), mas cada pessoa carrega, suas histórias, suas tristezas e alegrias suas conquistas e frustrações, suas razões e devaneios e tudo o mais o que compõe um indivíduo e não levar em conta toda essa carga individual que cada um carrega consigo é no mínimo injusto quando se trata de pensar o que quer que seja sobre atitudes de quem quer que for.

Não me importo com julgamentos exatamente por este motivo, mas me importo menos ainda por saber que eu mesmo me julgo constantemente e sempre sou reprovado por mim mesmo. Mais pessoas me reprovando só corroboram ainda que por motivos diferentes do meu que não tenho nada de boma  oferecer a quem quer que seja. Me aflige um pouco, por mais estranho que possa parecer, o fato de não ter nada de mal também a oferecer, porque isso me torna uma pessoa completamente "flat". Não sou bonzinho e não malzinho, logo a indiferença que me é designada pela imensa maioria das pessoas é totalmente justificada.

Não me convidem para festas, batizados, churrascos, peladas ou qualquer outro evento social. Não que eu não fosse gostar de ir, não me entendam mal. Quem me conhece minimamente sabe que fora do meu ambiente de trabalho eu sou uma pessoa extremamente tímida, não consigo me abrir e interagir, tenho medo de dizer algo e ser mal interpretado e da vergonha que me sobrevirá em seguida. Não sou cia para ninguém, nem a solidão gosta de estar ao meu lado.

Eu sei quem eu sou, e sei que a verdade tem que ser encarada de quanto em quando. Como o blog é meu, escrevo o que eu quiser e pronto. Tento me depurar as vezes, me livrar das toxinas emocionais que me arrasam. é um processo de mergulho em meu interior. Gostaria de dizer que consigo emergir renovado, mas não é exatamente isso que acontece. Eu gostaria de ser legal, de ter pessoas que gostassem de conviver comigo, que achassem isso um prazer, é besteira afirmar o contrário. Mas não sou e não tenho. A vida nem sempre me sorri e quando sorri não mostra os dentes sendo no máximo, um ensaio sobre o sorriso.

Fazer o que?

É isso.

Ouvindo: Prince

quinta-feira, 21 de abril de 2016

Jean Wyllys não cuspiu em Bolsonaro, cuspiu em todos nós!


Jean Wyllys é uma figura tão patética na sociedade brasileira que suas atitudes merecem pouco mais que uma risada rasa, um muxoxo embebido de indiferença, dado os absurdos contidos em suas palavras, gestos e proceder como um todo. Jean Wyllys é tosco e como alguém em tal condição deveria ser ignorado, mas sua tosquice as vezes extrapola e o faz passar de alguém a ser ignorado para alguém a ser combatido.

Jair Bolsonaro não é como muito pensam a antítese de Jean. Ambos são faces de uma mesma moeda.  Condenam  de forma intolerante tudo que lhes é desprezível mas querem que suas próprias idiossincrasias sejam aceitas sem limites e como grandes verdades irrefutáveis. Vivem um a fustigar ao outro como meninos bobos que são, que se provocam e estão sempre prontos a saírem as vias de fato por mais ridículo que isso seja.

São versões pioradas dos seus seguidores, que não passam losers natos que se deixam engambelar por qualquer discurso vazio e sem sentido. Tanto um quanto outro entregam exatamente o que a chusma que os segue, (uma gente barulhenta e sem conteúdo algum)  pede. A saber: histrionismo, histeria e um discurso retrógrado  que engessa o fluxo de opiniões e faz de cada palavra que é proferida por um dos dois uma verdade absoluta que deve ser seguida a qualquer preço.

Não existe o componente da tolerância nem em Bolsonaro e muito menos em Jean. Jean tenta posar de intelectual e com  sua fala pausada e bem articulada esconde ideais que fazem corar os reais democratas. Quer impor sua doutrinação sexual que não prima pela pluralidade, mas quer provar desesperadamente que o homossexualismo é a via que leva a  plena todos os seres humanos. Não existe em seu discurso espaço para a troca saudável de idéias, o debate franco, nada disso. O simples fato de ser um heterossexual e reconhecer-se como tal, soa como afronta para Jean e faz com que automaticamente a pessoa seja uma perseguidora de homossexuais que precisa ser detida.

Bolsonaro por seu turno insiste em um discurso em que se diz defensor da família brasileira. Claro, ele defende a família, desde que ela seja o que ele entende como tal. Não existe a menor possibilidade de variação na paleta de cores de Bolsonaro e se o conceito de família variar um milímetro para esquerda ou direita do que ele entende ser o centro da questão, baixa o Cel Brilhante Ustra, seu ídolo confesso e o couro come com gosto. Tortura não é crime para ele, é ferramenta de trabalho.

Acontece que para mim os dois poderiam se explodir juntos ou separados, tanto faz, mas poderiam se explodir. O Brasil passaria melhor sem eles, isso é um fato. Mas também é um fato que nem um nem outro vai se explodir, mas irão continuar a se provocar no Congresso Nacional, que tem a vergonha de ter a ambos como membros e pior, sempre nos momentos mais inconvenientes.

No dia da votação do impedimento de Dilma Roussef ao que parece Bolsonaro cutucou Jean que cuspiu em Bolsonaro. Uma cena infeliz e desnecessária que repercutiu em todo mundo e mostrou a todos o nível rasteiro da política brasileira sem, filtros ou retoques. O povo brasileiro foi cutucado por Bolsonaro e na sequência cuspido por Jean. O povo brasileiro não merece ter representantes tão vis, tão amorais e tão despreparados para ocupar o cargo que ocupam. O povo brasileiro precisa ser urgentemente liberto desta escória que povoa Brasília. Jean Wyllis precisa ser cassado, Bolsonaro idem e o Brasil, ou sua política melhor dizendo precisa ser depurado

Não merecemos a cusparada que levamos na cara de Jean Wyllys. Não merecemos.

É isso.

Ouvindo: Titãs

terça-feira, 19 de abril de 2016

Se não tem paixão, fica em casa (sobre ser Corretor de Imóveis)


Se não tem paixão, fica em casa. Se não quer fazer o melhor, nem vem. Se não é capaz de se entregar 100%, não perde tempo dando 60%. Corretores de Imóveis, os verdadeiros ao menos, são apaixonados. Nada menos que isso. Se entregam, vivem sua profissão como vivem sua vida, pois fazem de sua profissão a sua vida.

Vender imóveis é emocionar e emocionar-se. é sonhar que se esta realizando sonhos e acordar e ter o condão de realiza-los. Engana-se quem pensa que venda seja ela qual for, é tudo igual. Vender imóveis tem tantas particularidades que poucos entendem e abraçam para si como tarefa. Ganha-se muito, ganha-se pouco, ou ganha-se nada as vezes, mas isso não importa. Vender um imóvel é algo que levo tão a sério, que acredito tanto ser minha missão, que a cada venda uma onde de felicidade me percorre o corpo todo me fazendo ficar mais jovem, mais feliz, pronto para a próxima venda.

Corretagem de imóveis é suor, mas aquele suor de pingo grosso, que purifica o corpo, jogando toxinas indesejáveis para fora. é  gritar de raiva, chorar de alegria, sentir-se frustrado, pleno, corretagem é São Paulo e suas 4 estações no mesmo dia todo dia. é estar a favor do seu cliente e contra o incorporador e ao mesmo tempo inverter a equação e ainda sim ficar bem com ambos sem ser falso consigo mesmo.

O fio da navalha é nosso caminho e cair não é uma opção. Temos família, temos amigos, mas os que amam a corretagem de todo coração levam no peito uma tatuagem invisível porém indelével que nos identifica como profissionais da venda de imóveis. A felicidade de finalizar um processo de venda, o prazer que isso traz a quem ama como eu esta profissão só pode ser compreendida por um igual.

O dinheiro é só uma consequência deste processo. Pensar em dinheiro antes de pensar na venda e como ela vai se desenrolar é atropelar o processo. Só se sai bem o corretor que compreende que vender é encantar, entender e sobretudo ser parceiro do seu cliente. Sem o entendimento de que venda é ralação e que o pote de ouro é a recompensa não no fim do arco-iris mas no fim de uma jornada bem mais exaustiva, perde-se tempo e energia e não se produz resultado algum.

Amo com todas as minhas forças a profissão que abracei e tomei como minha. Sou corretor de imóveis sob o CRECI 135.060 porque não saberia e nem quero aprender ser outra coisa ou vender outro tipo de coisa. Sou feliz com meu crachá azul no peito e me orgulho do que faço dia a dia todos os dias.

É isso.

Ouvindo: Yo-Yo Ma

sexta-feira, 8 de abril de 2016

Jah, Javé, Jeová






Precisamos acabar com a desinformação. Jah, não é uma divindade separada ou diferente do Deus da cultura Judaico-Cristã ele é o Yahuah, ou Jeová abreviando, Jah. Seu nome aparece cerca de 50x e as traduções "Mundo Novo", no Brasil e "Rotherham" nos Estados Unidos preservam tanto a escrita, quanto a pronuncia enquanto a King James a mais utilizada no Tio Sam o substitui em todas as vezes por Yahuah.

Ao contrário do que o senso comum prega, o movimento Rastafári não foi fundado por Bob Marley que foi sim o seu grande propagador mundo afora, mas foi criado na década de 20 pela classe trabalhadora e camponesa da Jamaica. Trata-se  de uma mistura explosiva de Religião com posicionamento político (messiânico, na grande maioria de seus expoentes) e uso sacramentado da Maconha com indutora para o alcance de estados superiores da consciência.

A produção cultural dos Rastafáris é reconhecida como uma das mais relevantes entre as religiões organizadas mas suas crenças por difusas que são, carecem de um maior esclarecimento pois são absolutamente interpretativas e não chegam a uma linha comum que possa representar de fato o que e como creem os Rastafáris.

Sabe-se que a maconha exerce papel fundamental tanto em seus cultos quanto em seu modo de vida no dia a dia e embora não caiba aqui julgamento, talvez uma enfase maior no que poderia se chamar de  "legado espiritual" e contivesse idéias e ideais Rasta talvez tornasse o culto Rastafári menos hermético e mais atrativo aos leigos. Digo "quase" porque como disse acima, não cabe julgamento e sim aceitação e respeito.

Jah não é uma alucinação coletiva dos Rastafári, antes é a entidade a quem toda e qualquer pessoa que adota o modo Judaico-Cristão de cultuar recorre em momentos de aflição, tristeza e também a quem agradecem pelas bençãos recebidas. Pensar em Jah como um deus doidão que tem seguidores igualmente chapados o tempo todo é reduzir a preconceito rasteiro a visão de uma religião que prega o amor e respeito as diferenças em toda a humanidade. E sejamos francos: Qual religião monoteísta não se torna política em algum momento? Seja para consumo interno ou externo, a politica rege a humanidade desde sempre e isso se reflete na religião seja ela qual for pois religiões nada mais são do que o extrato da sociedade ao qual estão inseridas e isso da a justa medida das diferenças que existem entre denominações que pregam uma mensagem de forma uniforme globalmente mas que quando confrontadas com suas experiências locais pode-se verificar diferenças consideráveis tanto nos ritos litúrgicos quanto na forma de se encarar a doutrina.

Jah, enfim, nada mais é do que uma abreviação, como foi descrito acima. Os seus seguidores podem ser Batistas, Assembleianos, Adventistas, Presbiterianos e até, Rastafáris. No caso dos Rastafáris, uma religião que como disse prega o amor, a união, a bondade e a igualdade a simples utilização de um nome diferenciado que indica o mesmo Deus que eu cultuo e quase toda porção ocidental da Terra também o faz, não pode ser o ponto de partida para a intolerância gerada pela falta de conhecimento.

É isso

Ouvindo: Ponto de Equilibrio

domingo, 3 de abril de 2016

Cenouras Julienne e meu terror de um mundo certinho


Eu gosto demais de assistir Masterchef. Me faz chorar, me faz rir, me faz refletir. Mas tenho terror das tais cenouras Julienne. Desde sempre gostei de cenouras. É algo que eu  saia na rua comendo crua, mastigando cada bocado por um tempo imenso, pleno de alegria por ter algo gostoso na boca e poder prolongar a sensação pelo tempo que eu quisesse. Mas as tais Julienne me fizeram ter raiva de cenouras. é, raiva!  A vida é muito louca e quando se trata de mim é uma onda permanente de insanidade.

Sou um cara que gosta de comer. To pouco me fodendo para a apresentação do prato desde que a comida seja gostosa. Nos dias que tem comida, eu por mim, comeria com a mão, e mandaria a boa educação as favas e não quero também a boa educação de ninguém. Fazer sexo e alimentar-se são para mim momentos primitivos demais para serem regrados, para se usar tantos talheres aqui, ou pedir licença para para colocar a boca ali. Uso garfo e faca para não parecer mais retardado do que sou, mas comer com as mãos me faz pleno e transar sem perguntar se posso ou não fazer determinada coisa me faz liberto.

Dai assistindo ao tal Masterchef  descobri as tais Juliennes. Caraca!!! Pra que aquilo??? Cortar a porra da cenoura como se fossem palitos de dente??? Cacete!!! Que mundo chato do caramba a gente vive!!! Temos que ser catequisados para falar, para sentir, para agir com "civilidade e até para comer cenouras??? Prato bonito é prato gostoso! Simples assim.

Já não posso rir alto, gritar e nem falar palavrão porque é feio e socialmente inadequado. Agora tenho que comer cenoura cortada de forma simétrica? Eu quero pegar a merda da cenoura e ficar roendo ela e dai???  Eu to me lixando para o pretensa sofisticação a uma Julienne em comparação a pouca classe de uma cenoura comum. Pernalonga concorda comigo disso eu sei.

A vida tem que ser mais que isso. Não é possível que tudo tem que ser categorizado, tudo tem que ter forma e método. Por que? Não podemos simplesmente comer uma comida gostosa e depois voltarmos pra casa com a sensação de fruição plena que uma boa refeição oferece? Temos que ornar a caralha da comida com o vinho perfeito? Temos que ficar citando que o chef do cacete usou a técnica tal para extrair o melhor sabor do ingrediente x, y ou z? Foda-se o chef e foda-se a redução de conhaque ou de vinho ou de espuma de bosta que ele utilizou. Só quero comer ok?

Eu sei que geralmente eu me perco por achar demais, mas o mundo ta chato. Cada vez mais certinho. Tenho uma calça jeans que amo e que rasgou no meio da perna. Um amigo no plantão disse para mim: "Customiza ela e continua usando" Customiza? Colocar um remendo no meio das pernas é "!customizar"? Que porra de mundo é esse? Um vestido que tenha uma padronagem de bolinhas branca em um fundo azul é uma peça "vintage"? Vai cagar no mato o cacete!!! é só um vestido de uma senhora de 128 anos nada além disso.

Cenouras Julienne são para mim o fim da vagabunda! A prova de que o mundo cada vez mais caminha para a mediocridade onde pessoas inventam cortes para uma cenoura apenas para cobrar mais caro por ela e deslumbrados patetas  travestidos de seres humanos aceitam pagar porque toda manada assim o faz. Estou bem cansado de viver em um mundo assim, mas não tem outro pra eu viver, então as vezes me tranco em algum banheiro isolado e ao invés de cagar, eu grito minha revolta. Palavrões em série, gritos desconexos e um sentimento que precisa transbordar e sair de mim.

Eu tenho terror de um mundo certinho, um mundo fatiado como uma cenoura Julienne e que porra de nome é esse afinal??? Julienne??? Por que Julienne e não Marilândia por exemplo??? O mundo esta irremediavelmente chato, mas para o mundo, o chato sou eu. Quer saber? Foda-se! O mundo e tudo  o mais.

É isso.

Ouvindo: Marisa Monte

sábado, 2 de abril de 2016

O fuxico Gospel


Eu juro a vocês (embora eu não precise jurar, mas é só pra reforço de linguagem) que eu não sabia que podia existir algo assim, mas existe sim, um site chamado fuxico gospel. É, FUXICO GOSPEL!!! Especializado em fofocas, em tratar pessoas cristãs que tem algum destaque na mídia como se fossem, aquelas celebridades e pior,  sub celebridades que entopem programas como TV Fama e congeneres.  Estou pasmo, estou passado, me enquadro em todas as expressões que espanto possíveis e imagináveis, pois para mim não é possível que exista um site deste tipo, que use a palavra "gospel" rebaixando-a ao nível do esgoto mais abjeto possível e ainda monetize a questão  toda, com anúncios e ganhe dinheiro, enfim com essa bandalha.

Quem cria um site deste não pode ser levado a sério dentro do mundo cristão. Não pode. Um cristão que acessa um site com tal conteúdo não esta querendo nada além de ver a desgraça de seu irmão e se congratular com ela. Ninguém entra com olhos de amor e piedade pra ver tais "noticias" só querem talvez a confirmação que tem gente pior que a própria pessoa que está acessando tal conteúdo. Nada além disso.

Deus, que trata o nosso pecado em secreto, concedendo perdão em forma de amor incondicional (embora não nos livre das consequências de nossos erros), certamente não vê com bons olhos quando seus filhos acusam uns aos outros sob o manto da fofoca e pior, fofocando e tentando dissimular dando um pretenso cunho "jornalístico" ao ato vergonhoso que estão cometendo.

O pior é que o lema do site é " um portal com o compromisso de mostrar as verdades ocultas nos bastidores do universo do gospel" traduzindo: "Um lugar onde Satã se expressa acusando (muitas vezes sem provas) pessoas que erraram e deveriam ser tratadas com amor e não com escárnio"

Reconheço que somos curiosos por natureza e saber dos erros alheios é uma espécie de esporte praticado pela maioria dos seres humanos mas me pergunto o que a divulgação de erros de pessoas que de certa maneira influenciam a vida de outras pessoas seja com sua arte, seja com sua conduta pode trazer de produtivo? E divulgar essas  tais "verdades" trazendo lucro para os criadores do site fala muito sobre as reais intenções de quem cria tal portal não? Não consigo entender onde está a figura de Deus e de sua palavra  (gospel)  nisso tudo. Não consigo não porque eu seja burro ou limitado, mas porque não existe Deus e sua palavra em meio a  tamanho lodaçal.

Puyblicar cachês de cantores evangélicos, mostrar quem traiu quem  e como e onde foi, criar  polêmicas "palavra maldita"!!!! baratas entre pessoas que talvez nem se conheçam, tudo isso é absurdamente louco e fora de qualquer bom senso, vai completamente contra qualquer noção básica do que seja cristianismo e afunda ainda mais a noção de Igreja unida.

Sinto vergonha alheia profunda de quem acessa sites assim e por óbvio dos criadores deste tipo de site. Sinto que fazem um trabalho absolutamente do mal, encorajando a discórdia e mesmo a ira onde apenas o amor deveria ser incentivado. Triste demais. Preferia não ter escrito sobre isso.

É isso.

Ouvindo: Bruna Karla